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A stripper

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opposites attract
blue collar
drama
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Blurb

Ela esconde segredos sob a pele. Ele carrega crimes nas mãos. E quando seus mundos colidem, nada permanece seguro.

Elisa faz o que precisa para sobreviver — dançar, mentir, fingir que não tem medo. No palco, ela é outra pessoa. Fora dele, é uma mãe desesperada tentando proteger o filho de um passado que insiste em voltar.

Domic nunca erra, nunca hesita. Dono da boate, envolvido com negócios que ninguém ousa questionar, ele vive nas sombras. Mas tudo muda quando seus olhos se voltam para Elisa — uma mulher que deveria ser só mais um rosto, mas se torna um risco.

Quando o ex de Elisa ressurge disposto a tudo, inclusive tomar o filho dela, Domic se vê forçado a agir. E nesse gesto, revela que sabe muito mais sobre ela do que deveria.

Entre ameaças, segredos e verdades que podem destruir tudo, A Stripper é uma trama de tensão e desejo onde ninguém é totalmente inocente — e o amor pode ser a arma mais perigosa.

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capítulo 1
Meu nome é Elisa. Tenho 24 anos e já vivi mais do que muita gente de 40. Aos 17, eu acreditei que tinha encontrado o amor da minha vida. Jonas era tudo que eu sempre sonhei — carinhoso, atencioso, e com promessas doces demais pra alguém tão jovem. Dizem que o amor cega, e comigo não foi diferente. Entreguei corpo, alma e coração. E em troca, ganhei o vazio de um desaparecimento repentino e c***l. Duas linhas vermelhas no teste de farmácia mudaram minha vida. A felicidade que imaginei se tornou medo, vergonha e desespero. Quando contei pro meu pai, esperei um olhar de apoio. Recebi um tapa no rosto. Ele gritou. Me chamou de vergonha. Me chutou pra fora de casa como se eu fosse lixo. Passei noites chorando em um colchão velho na casa da minha amiga Júlia, que m*l tinha espaço pra ela mesma. Mas foi ela quem me segurou firme quando tudo desabou. Quando Gael nasceu, minha vida mudou de novo. Era como se uma luz tivesse se acendido no meio do caos. Ele era tão pequeno, tão indefeso... e só tinha a mim. Conseguir um emprego com um bebê nos braços foi quase impossível. Ninguém quer uma mãe solo recém-parida, ainda menos uma que m*l conseguiu terminar os estudos. As contas começaram a se empilhar. A fome chegou. — "Amiga... não julga, tá? Mas eu trabalho numa boate. Eles estão precisando de gente lá. Se você quiser, posso te levar." Júlia nunca me forçou. Mas eu vi nos olhos dela a única chance de sobrevivência que tínhamos. Aceitei. Me tornei stripper. No começo foi humilhante. Senti vergonha, medo. Os olhares, os toques, as palavras sujas sussurradas no escuro. Mas todo dia, quando eu voltava pra casa e via o Gael dormindo, com o rostinho tranquilo... tudo valia a pena. Sete anos se passaram desde então. E mesmo com todos os tropeços, nunca caí de vez. Meu filho é minha força, minha âncora, meu mundo. Mas naquele dia comum, algo começou a mudar. Era uma quarta-feira qualquer. Levei Gael até o ponto do ônibus escolar, como sempre. Um beijo na testa, um aceno. Ele se foi, e eu voltei pra casa pra descansar antes do meu turno noturno. Almocei com Júlia, rimos das bobagens da madrugada passada na boate, e decidimos ir ao centro da cidade. Comprar umas roupas, distrair a cabeça. Na praça de alimentação, enquanto Júlia fazia o pedido, senti um olhar queimar minha pele. Levantei os olhos, devagar. Na mesa da frente, um homem. Lindo. O tipo de beleza que incomoda. Cabelos loiros levemente bagunçados, olhos azuis profundos demais pra serem ignorados. Ele me encarava. Não de forma vulgar, mas como se me conhecesse. Como se estivesse me procurando há tempos. Meu estômago revirou. Afastei o olhar. "Não, Elisa. Você não precisa disso. Nunca mais." Mas alguma coisa naquele olhar me prendeu. Um mistério. Um perigo. Ou talvez... um recomeço. Eu só não fazia ideia de que aquele olhar seria o início da parte mais intensa e confusa da minha história. Não consegui evitar. Mesmo tentando me concentrar no celular, meu olhar fugia para ele como se tivesse vida própria. O homem parecia não se incomodar com minha desconfiança. Muito pelo contrário. Era como se estivesse acostumado a ser temido, notado, respeitado. Seus olhos não eram apenas azuis. Eram frios. Perigosos. Como o mar durante uma tempestade. Quando Júlia voltou com nossas sobremesas, eu tentei disfarçar. — Amiga… ele ainda tá te encarando — ela sussurrou com um leve riso. — E olha que tem coragem pra isso, viu? Porque esse homem tem cara de que já matou uns três antes do café da manhã. — Exagerada — murmurei, tentando rir. Mas, no fundo, sentia o coração apertar no peito. Era medo… e algo mais. Terminamos de comer rápido, e eu insisti pra irmos embora logo. Não queria chamar atenção. Não queria confusão. Já bastava o passado. Já bastava Jonas. À noite, o calor da boate era sufocante. As luzes vermelhas criavam sombras distorcidas, o som da música vibrava nas paredes e nos corpos, e o cheiro de cigarro misturado com perfume barato invadia cada canto. Me vesti para o turno: salto alto, short preto justo, top brilhoso. Na frente do espelho, prendi o cabelo num coque alto e forcei um sorriso. A stripper que olhava de volta pra mim não era a Elisa mãe, nem a Elisa que sonhava em fazer faculdade um dia. Ela era uma máscara. Uma sobrevivente. Naquela noite, algo estava diferente. Os seguranças estavam mais tensos, atentos. As meninas cochichavam no camarim com olhares nervosos. Júlia veio até mim e baixou o tom de voz: — O chefão tá aí hoje. — Que chefão? — perguntei, franzindo a testa. — O dono. O verdadeiro dono. Ninguém sabe direito quem ele é. Só que quando ele aparece, todo mundo anda na linha. Dizem que ele só aparece quando algo importante tá acontecendo… ou quando tá atrás de alguém. Um arrepio correu pela minha espinha. — Você já viu ele antes? — Nunca. E nem quero. Quando subi no palco naquela noite, senti algo estranho. Os holofotes me cegavam parcialmente, mas lá no fundo, em um dos camarotes privados, havia uma silhueta. Um homem de terno escuro, com um copo na mão e um olhar firme demais pra ser só mais um cliente. Mesmo sem ver seu rosto direito, eu sabia. Era ele. O mesmo homem da praça de alimentação. Meu coração bateu mais forte, e eu quase perdi o ritmo da dança. Por que ele estava ali? Me seguiu? Era só coincidência? Ou… ele era o tal dono da boate? Tentei afastar os pensamentos. Mas algo me dizia que minha vida estava prestes a mudar outra vez. Mais tarde, já no camarim, sentei pra descansar e conferir o celular. Uma mensagem anônima apareceu: Você dança bem. Mas ainda esconde sua verdadeira força. — D. Travei. Meu sangue gelou. Mostrei pra Júlia. — Caramba… — ela sussurrou, olhando pra mensagem. — Isso é sinistro. Quem é D? — Não faço ideia. Pode ser um cliente qualquer, tentando ser poético. — Mas até eu duvidava do que dizia. A sensação de estar sendo observada não passou o resto da noite. Quando saí pra fumar um cigarro no beco dos fundos, ele estava lá. Em pé, encostado na parede, como se já soubesse que eu sairia. O mesmo homem. Agora mais perto. Mais real. Não tinha como negar. Ele era assustadoramente bonito. Barba por fazer, terno sob medida, postura de quem comanda tudo ao redor. Mas era o olhar… o olhar dele que fazia tudo ao meu redor desaparecer. Ele deu um passo na minha direção. — Elisa. Meu nome nos lábios dele soou estranho. Como se fosse uma senha. Como se ele soubesse mais do que deveria. — Me conhece? — perguntei, firme. Ele sorriu, de canto. Frio. Enigmático. — Ainda não. Mas vou conhecer. Meus instintos gritaram para eu correr. Mas minhas pernas não se mexeram. — Quem é você? Ele não respondeu. Apenas virou de costas e entrou pela porta lateral da boate, como se aquela pergunta não merecesse uma resposta. Como se ele tivesse o tempo todo do mundo para me mostrar, aos poucos… quem ele realmente era. Mais tarde, no quarto do meu pequeno apartamento, sentei na beirada da cama do Gael e observei ele dormir. Sua respiração tranquila me acalmava. Mas, no fundo, havia uma sensação diferente em mim agora. Algo estava se movendo. Algo antigo. Algo perigoso. A vida me ensinou a confiar apenas no que posso tocar. Mas aquele homem... Ele carregava um mundo que eu não conhecia. Um passado feito de segredos, violência e poder. E, mesmo sem entender por quê, eu sabia que aquele mundo estava prestes a se misturar com o meu. Do outro lado da cidade, longe das luzes da boate e do cheiro de suor e cigarro, em um escritório escuro no topo de um prédio, ele observava a noite cair pela janela. A cidade brilhava como uma mentira bem contada — bonita por fora, podre por dentro. Ele tirou o paletó, afrouxou a gravata e serviu um uísque com gelo. O som do líquido preenchendo o copo quebrou o silêncio abafado do ambiente. Na parede, várias telas mostravam imagens de segurança: a boate, corredores, entradas, saídas. Câmeras que ele mesmo mandou instalar para vigiar cada centímetro do império que construiu com sangue. O nome dele? Ninguém dizia em voz alta. Nos corredores escuros do submundo, o chamavam apenas de Dominic. Filho bastardo de um traficante com uma dançarina de rua. Cresceu vendo a mãe apanhar e o pai cheirar cocaína na frente de capangas. Aos 11 anos, segurou uma arma pela primeira vez. Aos 15, deu seu primeiro tiro — e matou. Aos 19, já controlava metade das rotas ilegais da cidade. Mas Dominic não era só um criminoso qualquer. Ele era estratégico. Frio. Inteligente. Não gritava, não ameaçava. Olhava. E quando olhava, todos sabiam que algo terrível podia acontecer. O medo não vinha do que ele fazia — vinha do que ele era capaz de fazer.

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