O silêncio daquela noite era diferente. Não era pesado como em outros tempos, nem opressor como nas noites em que Elisa dormia com medo do futuro. Era um silêncio calmo, quase acolhedor. A mansão estava mergulhada em penumbra, exceto pelo abajur suave aceso no canto da sala. Gael já dormia havia quase uma hora, depois de insistir para que Dominic lesse duas histórias em vez de uma.
Elisa observava da cozinha, encostada no batente da porta, com um copo de chá morno entre as mãos. Vê-los juntos assim ainda parecia surreal. Gael rindo, aninhado no peito de Dominic, como se já o tivesse escolhido como pai. E Dominic... ele parecia se transformar quando estava com o menino. Era como se o lado frio e calculista simplesmente desaparecesse, dando lugar a um homem de verdade, um homem com sentimen
