A noite caiu com uma calma estranha, como se o mundo tivesse parado por um instante para respirar com mais leveza. Pela primeira vez em dias, a casa parecia inteira. Dominic havia voltado. Estava machucado por dentro, é verdade, mas havia retornado. E só isso já era um milagre para Elisa.
Gael dormia abraçado ao seu dinossauro de pelúcia. Luna estava no berço, balbuciando entre sonhos e movimentos inquietos. Júlia havia se retirado cedo, percebendo no olhar de Elisa algo que só as amigas de verdade entendem: ela precisava dele. Inteira.
Dominic saiu do banho usando apenas uma toalha amarrada na cintura. Os cabelos úmidos pingavam gotinhas pelo peito firme, marcado por pequenas escoriações e hematomas discretos. Mas seus olhos estavam fixos nela. Intensos. Vorazes. Cheios de uma fome que
