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Até que a Verdade os Destrua

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intro-logo
Blurb

Ela queria morrer. Ele a salvou. Mas não por misericórdia… e sim por vingança.

Isadora passou a vida fugindo das cinzas de um passado que a destruiu. Aos quinze anos, viu sua mãe definhar sob as mãos de um homem poderoso — e em um ato de desespero, incendiou a casa que se tornou o túmulo dela.

Agora, adulta e quebrada, Isadora tenta acabar com a própria vida… mas é salva por um estranho tão belo quanto perigoso.

Dante Moretti não é um herói. Ele é o herdeiro de um império de sombras, e a única razão para manter Isadora viva é fazê-la pagar pela noite em que seu pai morreu nas chamas.

Presa entre o ódio e o desejo, entre a culpa e a sedução, Isadora descobre que a maior tortura não é a vingança dele… mas a atração incontrolável que a consome sempre que ele a toca.

Quando a verdade sobre o pai de Dante vier à tona, ambos terão que escolher: deixar que o passado os destrua… ou se render ao fogo de uma paixão proibida.

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Prólogo
Isadora Vescani tinha quinze anos e já carregava nos olhos uma melancolia que não combinava com a pouca idade. Era o tipo de menina que não ria fácil, mas, quando ria, parecia devolver cor ao mundo. Criada apenas pela mãe, cresceu aprendendo que a vida raramente era justa, mas que ainda assim era preciso lutar para continuar de pé. Sua mãe, Marina Vescani, era uma mulher bonita de um jeito discreto, com olhos que guardavam mais segredos do que palavras podiam revelar. Marina sempre fora mãe solteira. Dizia à filha que o pai havia ido lutar em alguma guerra no Oriente Médio antes de sequer saber da sua existência, e que jamais voltara. Era uma história contada com suavidade, mas carregada de uma dor silenciosa que Isadora percebia mesmo sem compreender totalmente. Não ter um pai nunca fora exatamente uma ferida aberta para a menina. Marina era tudo: mãe, amiga, confidente. As duas viviam em um pequeno apartamento alugado em um bairro esquecido da cidade, onde a água escorria pelas paredes nas noites de chuva e os móveis tinham mais marcas do tempo do que de uso. Ainda assim, para Isadora, aquele era o único lugar no mundo que realmente significava lar. Naquela tarde de outono, o vento estava frio demais para a blusa fina que Isadora usava, mas Marina insistira que a acompanhasse até a casa do patrão. — É rápido, querida — disse a mãe, ajeitando os cabelos da filha com delicadeza. — Quero apenas entregar minha carta de demissão. Isadora franziu a testa, surpresa. — Demissão? Mas você sempre disse que esse trabalho era o que nos mantinha. Marina sorriu de um jeito triste, como quem sabe que está escondendo mais do que revelando. — Nem todo trabalho vale o preço que cobra da gente. Você ainda vai entender. Isadora não perguntou mais nada, mas um peso se instalou em seu peito. Ela conhecia a mãe o suficiente para saber que algo estava errado. O carro que veio buscá-las não parecia um simples transporte de empregados. Preto, vidros escurecidos, motor silencioso — como se tivesse sido desenhado para passar despercebido. O motorista não trocou mais do que duas palavras durante o trajeto, e Isadora, inquieta, passou o caminho observando os prédios da cidade darem lugar a ruas mais largas, até que surgiram muros altos cobertos de hera. Quando os portões de ferro se abriram, ela prendeu a respiração. A mansão que surgiu diante de seus olhos era enorme, imponente de um jeito quase opressor. Janelas altas refletiam o céu cinzento, e colunas de mármore sustentavam a entrada como se fosse um templo antigo. Para Isadora, que só conhecia a precariedade de seu apartamento, aquilo parecia pertencer a outro mundo. — Você… trabalha aqui? — ela perguntou, a voz embargada. Marina desviou o olhar. — Trabalhei — corrigiu, e dessa vez o tom foi firme. Entraram. O ar lá dentro tinha cheiro de madeira polida e flores caras. O piso era de um mármore claro que refletia seus passos como se estivessem andando sobre gelo. Quadros enormes enfeitavam as paredes, retratos de homens de olhar austero, que pareciam julgar qualquer intruso que ousasse atravessar aquele espaço. Um funcionário alto, vestido de preto, pediu para que Isadora esperasse em uma sala lateral. — Apenas um momento, senhorita. Sua mãe já volta. Ela assentiu, embora não gostasse da ideia. Marina lhe lançou um último olhar de aviso, um olhar que dizia fique quieta, não se meta em nada, e desapareceu por uma porta ao fundo, acompanhada pelo homem. Isadora ficou sozinha. A sala em que a deixaram era grande, mas abafada, como se o ar ali fosse mantido preso de propósito. Havia móveis caros, uma estante com livros de lombadas douradas e, em um canto, uma máquina de triturar papéis. Sobre a mesa, pilhas de documentos esperavam para ser destruídos, a maioria já cortados em tiras finas. Ela tentou se distrair, mas a curiosidade latejava dentro dela como um vício. Sempre fora assim: não conseguia ficar parada sem querer entender o que havia ao redor. Aproximou-se da mesa, passando os dedos sobre as folhas. Algumas já estavam pela metade dentro da picotadora, outras aguardavam. Foi então que algo a fez parar. Um papel solto, fora da pilha, como se tivesse sido esquecido. Ela o puxou. O título no cabeçalho era frio e burocrático: Registro de Entrada. Logo abaixo, o nome: Usone Hashida. Idade: 17 anos. Origem: uma pequena ilha japonesa. Condições: saudável, olhos escuros, cabelos negros. Observações: “obediente, mas resistente em certas situações”. Isadora franziu a testa, sem entender. Quanto mais lia, mais seu estômago se revirava. O documento descrevia detalhes da vida da garota, como se fosse uma ficha de inventário. Fotos estavam grampeadas ao papel — imagens da adolescente em roupas comprometedoras, os olhos arregalados em medo. No rodapé, um carimbo vermelho. Uma única palavra: ELIMINADA. O coração de Isadora disparou. As mãos tremeram tanto que quase deixou o papel cair. Um arrepio gelado percorreu sua espinha, como se alguém tivesse aberto uma janela para deixar o inverno entrar. “Que lugar é esse?” — pensou, engolindo em seco. Ela precisava encontrar a mãe. Agora. Correu até a porta e girou a maçaneta. Estava trancada. O pânico começou a se instalar. Bateu. Chamou pelo funcionário. Nada. Quando finalmente a porta se abriu, não esperou explicações: saiu correndo pelos corredores, ignorando os gritos atrás de si. O instinto dizia que algo terrível estava acontecendo — e ela não ia ficar parada esperando para descobrir. Os passos ecoavam, o coração martelava no peito. Virou um corredor, depois outro, até se perder dentro daquele labirinto de mármore e silêncio. Foi quando encontrou uma porta entreaberta, atrás da qual piscavam pequenas luzes coloridas. Entrou. Era uma sala de câmeras. Telas alinhadas mostravam cada canto da mansão: salões, corredores, entradas… e, em uma delas, o rosto da mãe. Isadora parou de respirar. Marina estava sentada diante de um homem de costas largas, a expressão dela era de desespero. A câmera não captava o som, mas os olhos marejados da mãe diziam tudo. Ele a segurava com brutalidade, aproximando-se de um jeito que fez o estômago de Isadora se revirar. O mundo parou. O sangue gelou. E foi nesse instante que a alma de Isadora se quebrou. Mais homens chegavam e invadiam suam mãe de formas que Isadora nunca pensou serem possíveis. E ela pode ver, quando sua mãe já não demonstrava nenhuma reação naquele quarto escuro. O coração de Isadora parecia martelar nos ouvidos. A sala de câmeras desapareceu ao seu redor; tudo o que ela via era a tela que mostrava a mãe. Marina continuava a ser penetrada e abusada, os homens avançavam sobre o corpo morto como predadores. As pernas da garota fraquejaram. O instinto era fugir, se esconder, fingir que não tinha visto nada. Mas o amor que sentia pela mãe era maior do que o medo. Marina era sua única família, sua âncora no mundo. O que seria dela sem ela? As mãos tremiam tanto que Isadora precisou se apoiar na mesa cheia de botões e fios. Foi então que percebeu: a sala estava cheia de cabos elétricos expostos, luzes piscando, painéis aquecidos. O ar ali dentro era pesado, carregado de eletricidade estática. Uma ideia nasceu — insana, desesperada, mas única. Ela correu até um galão de água encostado na parede, provavelmente usado para abastecer a máquina de café. Pegou-o com esforço e começou a despejar o líquido sobre os cabos que se enroscavam pelo chão. O estalo foi imediato: faíscas saltaram no ar, pequenas serpentes de luz azul que queimaram sua visão por um segundo. O cheiro de queimado encheu a sala. Isadora recuou, ofegante. Uma centelha havia caído sobre um monte de papéis esquecidos ao lado dos painéis. E, como se o destino estivesse apenas esperando por aquele gesto, a chama começou a se espalhar, tímida no início, depois voraz, lambendo o papel, subindo pelas pilhas de documentos. O fogo ganhou força. O pânico ganhou corpo. Isadora arregalou os olhos, mas em vez de fugir, avançou. Pegou outra pilha de folhas e jogou contra as faíscas, como quem alimenta um monstro faminto. O calor começou a aumentar, o ar se tornando pesado de fumaça. Naquele momento, ela queimaria o inferno inteiro. Em questão de minutos, a mansão perfeita e intocável começou a se transformar em labirinto de fumaça e labaredas. Alarmes dispararam, portas bateram, gritos ecoaram pelos corredores. Homens correram em todas as direções, tentando conter o caos, mas o fogo se multiplicava mais rápido do que podiam acompanhar. Isadora tossia, os olhos ardendo, mas continuava em frente. Correu de volta pelos corredores, o rosto molhado de lágrimas e suor, guiada apenas pelo desespero de alcançar a mãe. Mas cada porta que abria revelava apenas fumaça, móveis queimando, o rugido s***o das chamas engolindo tudo. A casa parecia se transformar em uma criatura viva, feroz, determinada a devorar tudo e todos. Quando finalmente alcançou o salão central, o calor era insuportável. Viu silhuetas correndo, homens gritando ordens... As paredes estalavam, o teto gemia. O mundo inteiro parecia prestes a desabar sobre sua cabeça. E, em meio ao caos, ela fez o que qualquer adolescente faria quando o instinto de sobrevivência fala mais alto: correu. Correu sem olhar para trás, sem pensar, apenas correndo em meio à fumaça e às chamas, procurando uma saída. Encontrou uma janela entreaberta no fundo de um corredor lateral. Forçou a madeira com toda a força do corpo pequeno, tossindo, os olhos quase cegos pela fumaça. Quando a janela finalmente cedeu, ela se jogou para fora, caindo sobre a grama úmida do jardim. O ar frio da noite invadiu seus pulmões como uma punhalada. Tossiu até quase vomitar, mas estava viva. Atrás dela, a mansão ardia como um gigante em chamas. Labaredas subiam até o céu, pintando a noite de laranja e vermelho. O fogo rugia como uma fera liberta. Isadora se encolheu atrás de uma moita, ofegante, abraçando os joelhos contra o peito. Os gritos continuavam, agora misturados ao som distante de sirenes que se aproximavam. Ela sabia que nunca mais veria a mãe. Naquela noite, aos quinze anos, Isadora Vescani morreu junto com a mãe. Só que o corpo dela continuou vivo — e seria para sempre assombrado pelas cinzas. Fim do prólogo de Isadora.

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