Prólogo

629 Words
Ei filhão levanta! -Ah não pai, me deixa dormir. Miguel tentava arrancar o seu pequeno de 10 anos da cama, super feliz pelo dia agradável que se iniciava lá fora e de poder passar o dia inteiro com seu filho agradecendo a Deus. -Não filho, vamos logo eu preparei um dia cheio de surpresas! —Bernardo totalmente rendido, se levanta sobre protestos fazendo seu pai rir e segue para o seu banho enquanto seu pai já havia arrumado tudo para o passeio. - Vamos filhão!... Anda. –Miguel gritava da sala para seu menino que logo aparece com a roupa que seu pai havia escolhido -Pai hoje é domingo. –Falou Bernardo enquanto bocejava -Ei carinha sabe aonde vou te levar? -Aonde papai? -No zoológico e seus avós também vão para lá! –Aquela noticia fez Bernardo ficar entusiasmado, fazendo o pequeno sair todo feliz e entrar no carro do papai. Miguel todo sorridente seguiu seu lindo menino, reparando que ele estava atraindo olhares. Mas não se importava, pois só tinha olhos para seu filho e mais ninguém. Miguel tinha 35 anos, jovem e bonito, mas tinha uma cicatriz enorme, que era a marca de um acidente que havia sofrido com sua mulher, Emily. Emily e Miguel resolveram sair numa noite para comer. O que era para ser uma noite feliz foi destruído por um carro, atropelando Emily que não resistiu e faleceu , deixando Miguel e Bernardo. Após essa noite, ele fechou seu coração e prometeu cuidar só do seu filho. No caminho, Bernardo cantava animado sua música favorita como de costume, mas o que ele não sabia é que naquele dia a historia ia se repetir um pouco diferente. -Papai... Socorro... Papai. –Um menino de olhos azuis chorava inconsolado ao lado do corpo do pai sem saber o que fazer, com a perna desfigurada e seu pai desacordado. Ele não entendia o que havia acontecido. * * * - Como estão meus meninos? —Um casal de senhores chorava a procura de notícias de seu neto e filho, despreocupados com a chuva que caía fora daquele hospital. -Bernardo é o caso mais sério. Ele fraturou a perna esquerda e acabou de passar por uma cirurgia... Só podemos aguardar. -E meu menino? –Perguntou a mãe de Miguel, se desmanchando em lágrimas. - Miguel é um homem forte, só teve uma pequena hemorragia na cabeça, mas já foi controlada. Por causa do susto, decidi deixá-los dormindo. MESES DEPOIS - Isso, mais uma vez meu querido. –Disse Miguel entre risos. —E acabou. - Não aguento mais isso! Quando vou voltar a andar papai? —Aquelas palavras de Bernardo fizeram Miguel pensar que ele nunca foi um bom pai e que falhou achando que poderia cuidar do seu menino sozinho. Achou que ele nunca precisaria de uma mãe e pior, se sentiu Impotente sem saber o que falar. Mas foi salvo pela fisioterapeuta de seu filho: -Beezinho... Posso te chamar assim? Que tal você ir ate meu consultório? Tenho uns adesivos muito legais do Cat Noir! -Você vai me dar? - Claro! Eu também sou fã dele. Mas com uma condição - Os olhos do menino brilharam de alegria. Ele tinha muitos bonecos e roupas de seu personagem preferido, mas mesmo assim se encantou com aquela doce mulher. -Qual? -Que vamos ser grandes amigos e que você não vai desistir. Pode ser? -Sim tudo bem! –Enquanto fazia o pequeno menino sorrir, ela vai empurrando a cadeira de rodas da criança em direção ao seu consultório, fazendo Miguel abrir pela primeira vez seus olhos para uma mulher em anos. Jacqueline atraiu o olhar de Miguel e o amor e carinho de Bernardo. Um pensando quando poderia correr novamente, outro pensando que enfim estava na hora de amar.
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