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O Deus Grego da CEO

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intro-logo
Blurb

Ares Galanis possui dois grandes problemas em sua vida que acaba superando os demais:

1° Aturar durante todo o expediente seu colega de trabalho irritante.

2° Sua chefe.

Ele não odiava ela, era o sentimento opostos. Ares possuía uma paixão tão grande por Venera Kim que ele aceitou continuar na empresa Cosméticos Kimoy pra poder continuar vendo-a e admirando a sua beleza de outro mundo. Era somente isso, mas com o tempo começou a se tornar uma necessidade protegê-la de todos que a tratava com segundas intenções.

De manhã, Ares Galanis, o adorável, educado e amável homem que todos querem como genro ou querem sentar, mas a noite, ele não era o Ares que todos gostavam e admiravam. Era uma versão "diferente" que resolvi problemas anoite afora.

Ares costuma falar pra si mesmo nas noites que não dorme muito bem que se apaixonou ao decorrer dos três anos na empresa, mas na realidade, quando a viu na bancada de entrevista e seu coração acelerou, ele soube que estaria em graves problemas quando ela o encarou.

Verena Kim, uma mulher que possui uma característica que apenas 1% das pessoas possuem, olhos violetas, e por causa disso chama a atenção de muitos homens com segundas intenções, porém não é isso que ela quer, a única atenção que deseja é de Ares Galanis, seu funcionário desde que o viu entrado na sala de entrevista e por sorte, ele passou na entrevista e começou a trabalhar no setor que ficava no mesmo andar de sua sala.

Qual é a chance disso tudo dar errado quando ela sabe muito bem o que ele sente por ela, e que o que sente é recíproco?

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Início com o pé errado
Tateei minhas mãos debaixo do travesseiro ao meu lado em busca do meu celular que despertava. Apertei o botão da lateral e me sentei na cama ainda de olhos fechados, porém bastante animado para o dia. Era início de um ano novo. Segunda semana de janeiro do ano de 2023 e eu sentia que seria meu ano com coisas boas e positivas em minha direção. Iria correr atrás e conquistar meus objetivos e metas que tinha feito para aquele ano. Sou Ares Galanis. Isso mesmo, Ares, o famoso deus da guerra da mitologia grega. Ares nasceu da nasceu da união de Zeus, de quem herdou a força, com Hera. Ele pertence à geração dos 12 grandes deuses do Olimpo e também ficou conhecido por ser muito impulsivo e, como sua denominação indica, extremamente apaixonado por guerras e batalhas. Isso porque, diferente da maioria dos outros deuses e graças aos seus impulsos violentos, Ares só encontrava a sua paz dentro de uma guerra. Minha mãe, uma pessoa apaixonada pela a mitologia grega decidiu dar o nome do deus da guerra para o seu único filho. O mais engraçado disso tudo era que eu não me parecia com nada com ele, ou me parecia, é algo complexo e difícil de se afirmar. Me sentia mais como a Fiona do filme Shrek, de dia uma pessoa e de noite outra pessoa completamente diferente. De dia o Ares Galanis, e de noite... Enfim. Sou um jovem adulto, meio russo e meio americano, mas comum. Extrovertido ao extremo, imã de homens e mulheres por causa da minha aparência e confiança em excesso. Alto com meus 1,89 centímetros, pele em certos meses branca ou parda, porém em outros bronzeada. Olhos azuis claro, quase como um oceano, lábios finos, rosados e macios, rosto marcante, um corpo definido de dar inveja e um p4u grande e grosso. Um pecado em pessoa, ou melhor, um deus grego fora do Olimpo. Levantei-me da cama estremecendo de leve quando o cômodo frio entrou em contato com o meu corpo nu. Rapidamente adentrei o banheiro e me olhei no espelho. Meus olhos azuis claros estavam inchados, da mesma maneira que meus lábios finos e meu rosto em geral depois de uma boa noite de sono após beber até morrer na noite anterior. Minha sorte era que eu estava tão acostumado que não ficava com ressaca e muito menos querendo vomitar. Peguei o elástico de cabelo que estava em cima da pia e prendi meus cabelos castanho acobreado natural, que iam até encima do meu ombro. Precisava cortar ele, sabia perfeitamente disso, porém ele só estava naquele tamanho por causa de uma maldita aposta que fiz comigo mesmo. E qual é essa aposta? Deixar de ter uma tremenda paixão pela a presidente e CEO da empresa em que eu trabalhava. Estou nessa tentava a dois anos, esse seria o terceiro. Nunca agradeci tanto a genética de o cabelo demorar a crescer! Sabia que eu só deixaria de gostar dela quando saísse da empresa, porém ver ela todos os dias me deixava ainda mais animado e com o coração batendo loucamente mesmo sabendo que ela nem sabe da minha maldita e insignificante existência. Era quase inevitável não ficar babando em seus olhos, seu corpo e seu rosto quando ela passava ou parava próximo de mim. Ela com certeza deve já ter percebido, mas nunca mencionou nada ou melhor – pior também – me demitiu. Aproveitei que já estava nu e apenas fiz xixi no vaso. Peguei um pedaço de papel higiênico para secar ele e em seguida dando descarga e descendo a tampa. Lavei minhas mãos e aproveitei para jogar uma água no rosto. Voltei para o quarto e de dentro da minha cômoda peguei uma peça de roupa para a minha corrida matinal. Com a roupa em corpo, os tênis nos pés, meu celular e meu fone de ouvido na orelha, sai do meu apartamento e peguei o elevador para o térreo. Como o habitual o mesmo porteiro ainda estava em seu turno mesmo sendo cinco horas da manhã ainda. — Bom dia! — Exclamei com um largo sorriso. — Bom dia sr. Galanis. — Retribuiu com um sorriso. — Boa corrida! — Agradeci. Conectei o bluetooth do meu celular nos fones e dei play em minha playlist enquanto caminhava para o parque que havia logo em frente ao apartamento. Começou a tocar Blinding Lights do The Weekend e eu comecei a me alongar sentindo meu corpo relaxar e estalar em determinados gestos. Aquecido o suficiente comecei a minha corrida matinal enquanto passava em minha mente o que eu deveria fazer naquele dia em específico, porém todas as vezes que pensava no trabalho, me minha vinha a presidente. Venera Kim, uma mulher com nacionalidade meio coreana e meio americana. Não sabia a altura dela, porém próximo de mim ela ficava pequena e fofa, se eu abraçasse, sua cabeça ficaria em meu peito e ela poderia sentir meus batimentos acelerados somente por ela. Pele parda em certos momentos, porém na maior parte das vezes tão branca que eu me via pensando que ela deveria fazer o filme Crepúsculo. Corpo definido e em formato violão com a barriga um pouco saliente – deixando-a ainda mais deliciosa – tão perfeito que eu simplesmente queria cair em cima deles e não sair nunca mais. Lábios grossos sempre com batons de cor nude ou rosado. Por conta da sua meia nacionalidade, os olhos eram puxados. E o que mais me tirava o fôlego, a cor dos seus olhos. Cerca de somente 1% da população tinha olhos violetas, e ela foi abençoada com essa porcentagem. Poderia olhar para eles sem me cansar ou enjoar da cor, até por que quando eu os vi, violeta se tornou minha cor favorita. Dependendo da iluminação ele ficava mais escuro, em ambientes claros se tornava um violeta tão claro que chegava que parecia que uma pessoa pegou o violeta e o misturou com branco, para chegar no tom mais claro. Literalmente, uma obra de arte, e independentemente da cor que ele ficava, arrancava bons suspiros de mim! Sim, eu sei, estou praticamente de quatro pra ela, porém conviver todos os dias com Venera Kim, sendo que me apaixonei por ela à primeira vista, torna as coisas ainda mais difíceis pra mim e em certos momentos eu me sento um lixo como homem e pessoa. O quarteirão era grande e enquanto eu via as pessoas se preparando para o trabalho, outras iniciando seu exercício matinal como eu, completei sete voltas correndo antes de voltar para o meu apartamento soando e completamente ofegante. Passei pelo o porteiro, que era outro, cumprimentando-o calorosamente e fui em direção ao elevador olhando as mensagens que meu celular tinha recebido. Boa parte era notificações das minhas redes sociais, e as que realmente eram mensagens de pessoas, simplesmente ignorei e procurei apenas para ver se meu melhor amigo tinha me enviado algo, confirmado que não, bloqueei a tela no exato momento que o elevador se abriu em meu andar. Digitei a senha e a porta do meu apartamento se abriram. Já adentrei tirando meu tênis e em seguida a minha roupa molhada. — Hoje o dia vai ser ótimo! — Exclamei pra mim mesmo indo até a área de serviço, jogando a roupa que usei e suei durante a corrida dentro da máquina de lavar, ficando completamente nu novamente enquanto ia até o banheiro. Coloquei para tocar Hearthens do Twenty One Pilots em uma altura nem muito alta e nem muito baixa enquanto tomava um delicioso banho quente que animou ainda mais meus ânimos. Optei para escovar meus dentes após tomar meu café da manhã. Sequei meu corpo e enrolei a toalha em minha cintura e outra em meus cabelos. Sai do quarto e fui diretamente até o meu guarda roupa, peguei uma cueca, uma calça social preta, uma blusa de frio com gola alta branca, e para fechar o look, um sobretudo preto pra combinar com os meus tênis. Eram os últimos dias de inverno nos Estados Unidos, não estava muito frio como no início da estação e por isso era possível seguir com o cronograma tranquilamente, mas eu não via a hora de março chegar com a primavera. Fui em direção a cozinha para preparar meu café da manhã enquanto a música soava, porém um estralo chamou a minha atenção e eu tive que baixar a música. Busquei pelo o som novamente, mas não o encontrei, foi quando eu olhei para o teto e vi que havia uma mancha nele que soou com o mesmo estalo de antes. Soltei um grito tão alto quando o teto simplesmente desabou com o peso de uma banheira que transbordava. Minha garganta doeu no mesmo momento enquanto eu olhava para cima e via a moradora olhando com os olhos arregalados para baixo. — MEU DEUS, VOCÊ ESTÁ BEM? — Gritou ela e eu apenas olhei para a banheira. — A i****a DA MINHA FILHA ESQUECEU A TORNEIRA LIGADA. MOÇO, VOCÊ SE MACHUCOU? "Não, eu não estou bem porque uma banheira caiu do teto e poderia ter me atingido.", pensei suspirando. — Estou bem sim, obrigado por perguntar! — Exclamei fazendo o meu melhor para sorrir, mas por dentro lamentava horrores, tanto pela a minha bancada nova que tinha comprado a pouco tempo e nem tinha terminado de pagar ela, quanto por agora temer morar em um apartamento. No fim das contas perdi o meu horário do trabalho e fiquei ouvindo desculpas da moradora do andar de cima para mim ao mesmo tempo que o dono daquele prédio falava que não ficaria daquela maneira, que aquilo não deveria ter acontecido e que eles iriam arrumar tudo rapidamente e me mandar para uma casa enquanto as coisas não ficam prontas. Meu celular vibrou em minhas mãos e eu olhei a tela sentindo a minha cabeça palpitar de dor. Era meu melhor amigo Daren Abasi Smith. — Só um minuto. — Afastei-me deles e levei o celular ao ouvido assim que atendi. — Pensei que tinha morrido por que não apareceu no trabalho! — Ele disse e eu suspirei alto desejando que realmente fosse esse o problema. — O que aconteceu? — Resumi o que aconteceu. Quando eu terminei, ele começou a rir, mas vendo que eu não ria também, se calou e pigarreou. — É sério isso mesmo? — Afastei a tela do ouvido e tirei a foto do caos que se encontrava meu apartamento, enviando-o. — Olha suas mensagens! — Exclamei e ouvi um ofegar de surpresa dele em segundos. — Car4lho, isso tá um caos! — Ele disse e eu concordei mesmo sem ele ver o gesto. — Senhorita Kim! — No mesmo instante meu corpo todo se arrepiou. — Cadê o sr. Galanis? — Meu coração começou a bater loucamente quando a voz suave da Venera Kim soou. — Houve alguns problemas! — Dito isso Daren começou a explicar o que tinha acontecido comigo. — Posso? — A voz dela soou novamente. — Sr. Galanis! — Fechei os olhos com força contendo o arrepio que queria subir pelo o meu corpo. — Está tudo bem por aí? Precisa de alguma ajuda em relação a advogados ou processos? — Bom dia Presidente.... — Minha voz soou rouca e eu tive que pigarrear para ela voltar ao normal. — Está tudo bem sim, não precisa se preocupar se possível irei trabalhar ainda hoje! — Arrume todos os problemas pendentes por aí, estarei esperando o seu retorno. — Ela disse e eu inspirei fundo sem saber se eu ficava aliviado por ela ter me dado carta branca ou preocupado por ter recebido uma carta branca. — Obrigada Presidente! — Exclamei engolindo o seco. — No término no trabalho vou te ajudar! — Meu melhor amigo disse e a chamada foi desligada. Fechei os olhos com força enquanto apertava a ponte do nariz sentindo minha cabeça querer explodir com toda aquela situação de m3rda — Esse ano realmente vai ser meu ano? — Choraminguei baixo olhando para a banheira que ainda estava na minha cozinha. ••• Pensei que iria demorar umas boas horas, porém tudo aconteceu tão rápido e com tanta eficiência que eu me vi surpreso. Provavelmente eles estavam com medo que eu abrisse um processo contra eles, por isso a eficiência. Minhas coisas foram todas empacotadas e levadas para o caminhão que estava aguardando em frente ao hotel. A situação foi vazada e em minutos saiu nos noticiários, e de brinde, repórteres com suas câmeras em frente ao local acabando completamente a minha paz. A empresa que comandava o hotel alugou uma casa para mim e para a mulher do andar de cima, com tudo pago desde o aluguel a conta de água e energia, enquanto o problema não fosse resolvido. Eles até contrataram um decorador de interiores pra mim com medo de que eu fizesse alguma denúncia ou processo contra eles. Minha cabeça até aquele momento pulsava tanto que eu tinha tonturas em certos momentos, e ela só piorou quando meus pais viram a notícia e começaram a me ligar horrores. Recusei as dez primeiras, mas tive que atender ao ver que não iriam desistir. — Eu estou bem, não precisam ficar me ligando dessa maneira! — Exclamei assim que atendi olhando para a fachada da casa que agora iria morar por tempo indeterminado enquanto meus móveis eram colocados para dentro da casa. — Se tivesse atendido antes, não teríamos insistido! — A voz do meu pai soou na linha ao mesmo tempo que o som de concordância da minha mãe. — Talvez eu estivesse ocupado demais pra atender vocês, não? — Indaguei olhando os detalhes azul escuro que a casa possuía da mesma cor que o teto, enquanto as paredes eram brancas com uma porta tradicional americana em uma madeira escura. Ainda não entrei dentro da casa e nem fiz questão de ir e olhar, não quando sentia que a qualquer minuto iria surtar com as pessoas e com toda aquela situação de m3rda. Havia uma garagem com portas de ferro e o meu carro já estava parado na frente dele enquanto minha moto era trazida por um guincho. Não entendia o porquê, mas eu sentia que algo iria acontecer! — Ocupado para atender seus pais que estão preocupados com você? — Meu pai disse e eu revirei os olhos ouvindo uma gargalhada de deboche dele. — Pelo menos foi para o trabalho hoje? — Sério isso? — Soltei uma risada anasalada. — Uma banheira quase caiu em cima de mim por falta de manutenção no prédio, e você está perguntando se eu fui trabalhar? — Passei a mão em meus cabelos exasperado. — É só voltar a morar conosco! — Ele retrucou e eu simplesmente desliguei a chamada e em seguida o meu celular. Senhor Anatoly Galanis e senhora Margaret Galanis, são casados a trinta anos. Eles trabalhavam na mesma empresa e no mesmo departamento, de início se odiavam, mas começaram a ver que não era ódio e sim um sentimento mais profundo que logo descobriram que eram amor. Casaram um dois depois que começaram a se relacionar, e depois de um dois veio a descoberta da minha gravidez. Atualmente estou com 25 anos de idade! O mais engraçado dessa história toda é o local em que se conheceram. Ambos trabalharam na empresa Cosméticos Kimoy, vulgo empresa que eles me fizeram entrar só porque eles trabalharam lá e criaram bons vínculos com a dona da empresa, uma velha – e que não aparenta ter a sua idade – Coreana chamada Jihyen Kim. Em certos momentos sinto que não consegui a vaga de Editor Chefe por conta própria, mas sim por que meus pais criaram uma história naquela empresa que ficou marcada no local e nas memórias da CEO, e por isso, consegui passar na frente de pessoas mais capacitadas. Eles criaram uma história na empresa, aquele era o local deles, não meu, e eu não queria o mesmo que eles. Eu só quero fazer a minha história sem a sombra dos meus pais me seguindo em todo canto em que eu vou ou olho! Poderia ter recusado a ideia dos meus pais e o cargo quando fui aceito, porém eu estava desempregado, desesperado por um emprego e com o diploma de design gráfico, que meus pais não queriam que eu fizesse, e queria que pelo menos uma vez eles pudessem sentir orgulho de mim. Fui burro e inocente de ter aceitado! O guincho chegou e eu observei de longe mesmo o motorista descer a minha moto, porém, no momento em que desviei o olhar o barulho de algo caindo soou. Meu coração se apertou e eu realmente quase chorei quando vi o motorista olhar de olhos arregalados para mim. — Hm... Ouve um probleminha aqui! — Fechei os olhos com força e olhei para o céu nublado assim que os abri. — Parece em breve vai nevar! — Murmurei com a voz rouca e como previsto um floco de neve caiu no meio da minha testa. ••• Fechei a porta em minhas costas assim que todos foram embora. Encostei nela e escorreguei até sentar no chão sentindo meus olhos ardendo. Aquele tinha sido um dia de m3rda, e olha que ele estava apenas começando, pois ainda era uma da tarde. As paredes eram todas brancas enquanto o chão era de uma madeira bem escura. Uma escada levava ao segundo andar, onde estaria os quartos e os banheiros. A sala estava do meu lado esquerdo. A televisão estava na parede de cor cinza enquanto embaixo estava uma mesa retangular de uma madeira clara. Os sofás de cor preta estavam dispostos ao redor de uma mesa de centro também de madeira clara. Do lado direito estava a cozinha. A cozinha e a sala eram separadas por uma simples e quase imperceptível elevação Levei as mãos aos meus olhos no mais puro gesto de desespero e preparação para subir as escadas e guardar minhas roupas no guarda-roupa. Soltei um longo suspiro e me levantei do chão, mas antes tirei o meu sapato – mania que meus pais aprenderam por andar com pessoas asiáticas e me ensinaram – e dei uma olhadinha na cozinha que estava no meu lado direito. Eram os meus móveis. Uma geladeira preta da mesma cor que o fogão e o micro-ondas, não havia mesa, mas apenas uma ilha de mármore preto com quatro banquetas brancas ao redor dela. Nem me dei o trabalho de olhar com mais atenção nos detalhes, pois a ilha que havia ali nem se comparava com a minha bancada que eu ainda estava pagando. Desfazendo o laço da minha gravata, subi as escadas que dava em um corredor. Havia três portas. Uma no final do corredor e duas em ambos os lados. Abri uma delas encontrando meus móveis do meu quarto. Deixei-a aberta e abri a da frente percebendo que era um quarto de hóspedes, deixando a do fim do corredor por último, que assim que abri a porta vi que se tratava do banheiro. Retirei a camisa social que estava usando e coloquei minhas mãos para trabalhar assim que voltei para o quarto com suíte, percebendo que não iria precisar do meu guarda-roupa, pois naquela casa havia um closet. Abri as caixas em que as roupas estavam e totalmente desanimado comecei a guarda elas no closet enquanto me preparava para mover o guarda-roupa até o outro quarto que usaria como o quarto da bagunça. Fiquei tão interditado que nem vi as horas se passando enquanto arrumava e limpava toda a casa e a bagunça que aquela mudança de última hora tinha trazido. Tomei um banho e troquei a roupa que estava vestido por limpas, secas e cheirosas. A vontade de chorar tinha passado, porém eu ainda estava bastante triste e desanimado por tudo que tinha acontecido e pela as palavras do meu pai que só se importou se eu estava no trabalho ou não. Peguei meu celular em cima da mesa de centro e me sentei no sofá enquanto pressionava o botão para ele ligar. Mal tinha ligado e as notificações começaram a chegar em boas quantidades. Liguei meu wi-fi e mais mensagens e notificações chegaram. Havia mensagem dos meus pais, como esperado, e de alguns amigos fora e dentro do trabalho. Selecionei as que eu iria responder e a primeira delas foi a do meu melhor amigo Daren Abasi Smith. Ignorei os xingamentos direcionados a mim por ter desligado o celular e respondi somente a última que perguntava a localização da minha nova residência provisória. Percebendo que não iria ter a confirmação do recebimento da mensagem, bloqueei o celular e caminhei em direção a cozinha em busca de algo pra comer mesmo que estivesse com zero fome. No final, acabei não comendo absolutamente nada! ••• Não demorou muito para que batidas suaves soassem na porta enquanto eu desfrutava de cereal com leite como meu jantar naquela noite. Meu cenho se franziu automaticamente ao notar que as batidas eram suaves demais para ser do Daren. Caminhei em direção a porta e a abri. Meus olhos se arregalaram quando encontrei a minha chefe, vulgo mulher que sempre aparece em meus sonhos nada inocentes, olhando pra mim com um sorriso de lado. Pisquei várias vezes pensando que estava sonhando acordado, mas não, ela ainda continuava ali parada e me olhando atentamente. — Sr. Galanis! — Ela disse. — Cheguei em m*l hora? — Olhou para baixo e eu segui o olhar. Corei no mesmo instante ao perceber que estava sem camisa na sua frente. — Não, não. — Dei espaço para ela entrar. — Por favor, entre! — Aproveitei enquanto ela olhava ao redor e peguei minha blusa em cima do sofá, vestindo-a. — Sinto muito pelo o seu apartamento, Daren me contou que você o comprou recentemente. — Sequei minhas mãos suadas na minha calça moletom. "Como ela sabia do endere...", não completei a linha de raciocínio, pois soube no mesmo instante que Daren tinha enviado para ela a localização. — Teve uma boa viagem até aqui, senhora? — Fechei os olhos com força xingando-me mentalmente por ter dito aquilo. Ela riu e eu corei ainda mais. — Estamos fora do trabalho, então sem formalidades. — Exclamou. — Apenas Venera, sem senhora, chefe e essas coisas. — Me desculpa, é que eu estou surpreso... — Encarei-a vendo sua sobrancelha se arquear. — Entende? — Negou enquanto o canto dos seus lábios subia em um breve e contido sorriso, mostrando que sim, sabia sim, mas estava brincando comigo. — A respeito do seu apartamento, entrarei com um processo contra eles por causa dessa ocorrência. — Arregalei os olhos surpresa por ela ter feito isso por conta própria. — Afinal, foi uma imprudência com os inquilinos essa falta de manutenção e que poderia matar um a qualquer momento! Ela estava tranquila colocando a cesta que estava em suas mãos em cima da bancada. Sequei novamente minhas mãos na calça moletom. Não havia motivo pra ficar tão nervoso assim, mesmo ela sendo a mulher que tanto deseja, ela mesmo havia dito que não era preciso formalidades, ou seja, eu podia tratar ela como uma... Amiga?! — Sabe que é necessário, não é mesmo? — Indaguei aproximando-me dela tentando o máximo possível mostrar que ela não me deixava nervoso ou ansioso. Parte da minha fala era pro processo e a outra parte pela a cesta pra celebrar a "casa nova". Venera me olhou assim que eu parei ao seu lado. Aqueles olhos violetas se fixaram nos meus e ela se permitiu sorrir, fazendo os olhos diminuírem. — Obrigado pela a atenção e por tirar um tempo pra vim aqui! — Exclamei pegando a cesta e colocando na bancada. — Hoje o trabalho foi pouco! — Murmurou com a voz levemente rouca. — Quer algo pra jantar? — Virei-me e no mesmo instante ela desviou o olhar de mim. — Sou muito bom na cozinha! — Seus lábios se abriram e ela falou algo, mas eu não consigo ouvir. — Não! — Falou em voz alta dessa vez. — Só vim entregar a cesta mesmo. Obrigada pelo o convite! — Caminhou até a porta e eu acelerei para a seguir também. — Eu que agradeço pela a visita! — Encostei no batedor da porta fazendo-a se virar em minha direção. Não falamos absolutamente nada, mas o seu olhar se fixou nos meus com tanta intensidade que fez com que borboletas se instalasse em minha barriga que desceram em direção ao meu p4u. Rapidamente seu olhar desceu em direção aos meus lábios e eu tive que segurar para não a beijar sem sua permissão naquele momento. — Nos vemos amanhã no escritório, sr. Ares Galanis. — Sorriu e se virou em direção ao seu carro. — Faça uma boa viagem, srt. Venera Kim! — Acenei e ela retribuiu antes de adentrar o carro. Quando o carro sumiu da minha visão me permitir respirar e relaxar. Meu coração batia loucamente e a minha boca estava seca, enquanto sentia meu p4u endurecendo. — Porr4! — Passei a mão em meus cabelos com o coração batendo loucamente no peito.

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