ISABELA NARRANDO Eu tava quietinha ali na mesa, tentando me concentrar no meu café, no pão, em qualquer coisa que não fosse o climão que a Bianca tinha deixado só de existir naquele ambiente. Eu mastigava devagar, respirando fundo, porque eu ainda não sabia qual era exatamente o meu lugar naquela casa… mas já tinha certeza absoluta de que aquele café da manhã era território minado. Quando ela deu as costas pra gente, eu quase suspirei de alívio. Mas aí… PÁÁÁ! A porta bateu com tanta força que eu levei um susto tão grande que o copo escorregou da minha mão. O café quente virou direto nas minhas pernas. — Ai! Ai, ai, ai, ai! — eu pulei da cadeira na mesma hora — Tá quente! Tá quente! A cadeira arrastou pra trás, eu fiquei meio sem saber pra onde ir, levantando o tecido da calça pra ve

