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Antonio Narrando - Continuação Era impressionante como aquela casa tão grande, tão imponente, tão cheia de luxo conseguia parecer sufocante quando a dor morava ali dentro. Encontrei a Helena sentada no sofá enorme da sala, com as mãos unidas no colo, o olhar perdido em algum ponto da parede. Ela parecia uma mulher que tinha envelhecido dez anos em uma semana. Tirei o paletó devagar, como sempre fazia quando chegava do trabalho, dobrei e deixei sobre o encosto do sofá. Sentei ao lado dela sem dizer nada por alguns segundos, respirando fundo, tentando organizar o que eu ia dizer. — E aí? — ela perguntou, a voz baixa, mas cheia de ansiedade. — Você conversou com ele? — Já. — respondi. Ela virou o rosto pra mim imediatamente. — E aí, Antônio? O que ele disse? Passei a mão no rosto, can

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