ISABELA NARRANDO Eu ainda estava de frente ao espelho do quarto dele, segurando o vestido preto que a Dona Helena tinha me dado, completamente sem acreditar que aquilo estava acontecendo. O tecido era macio, meio acetinado, colado no corpo sem ser vulgar. Quando eu vesti, ele abraçou minha cintura como se tivesse sido feito sob medida, marcando minha b***a, minha coxa grossa, tudo no lugar. E a sandália? Era simples, preta, baixinha, mas me deixava com o pé bonito, delicado — totalmente diferente do croc rosa que eu vivo usando pela casa. Soltei o cabelo, ajeitei os fios com os dedos e dei um sorrisinho pro espelho. — Caraca… — murmurei baixinho. — Eu até pareço gente rica. Sai do banheiro e quando olhei pro Davi pra ajudar ele, ele ficou me olhando com aquela cara de bicudo dele, mas

