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Helena Narrando Eu sempre imaginei que nada pudesse me derrubar depois de uma vida inteira equilibrando família, empresa, sociedade, maternidade e todas as responsabilidades que vieram junto com o nome Montezano. Eu sempre fui o alicerce, aquela que nunca fraqueja, nunca desmorona, nunca mostra cansaço. Mas desde o dia do acidente, eu tenho vivido no limite entre o que eu consigo suportar e o que ameaça me quebrar por dentro. Quando entrei na mansão naquela manhã, percebi que o silêncio da casa estava diferente. Era um silêncio pesado, denso, do tipo que gruda nas paredes e respinga no ar, deixando tudo com cheiro de tristeza. Subi direto para o quarto de hóspedes no térreo que agora era “o quarto dele”, mesmo que meu coração recusasse essa realidade e empurrei a porta devagar, anunciand

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