DAVI NARRANDO A Isabela tinha acabado de subir pra trocar a roupa e o silêncio voltou pra mesa. Só eu e minha mãe ali, um encarando o prato, o outro tentando fingir que não percebe que o clima tá diferente desde cedo. Meu celular vibrou na mesa. Tum. Tum. Tum. Três notificações seguidas. Eu nem precisava abrir pra saber de quem era. Bianca. Óbvio. Usando o cartão, tentando provocar, testando o meu limite que aliás não existe mais há muito tempo. Eu respirei fundo, peguei o celular com dois dedos como se fosse alguma coisa suja. Minha mãe olhou do meu prato pra tela. — Eu não entendi — ela começou, ajeitando os óculos — por que até agora você não bloqueou esse cartão na raiz. Eu ri pelo nariz, sem humor nenhum. — Porque eu vou fazer pior. Ela franziu a testa. — Pior do que ti

