DAVÍ NARRANDO Eu fiquei encarando a tela do celular por uns bons segundos depois que ela sumiu pela porta. O quarto tava silencioso demais, grande demais, vazio demais. A televisão ligada na Netflix sem eu ver nada, a luz apagada, só o abajur aceso… e uma sensação estranha no ar, como se a presença dela ainda estivesse ali, enchendo o espaço todo mesmo depois de ir embora. Aí ela solta aquilo no w******p: “Pensei que fosse o motorista.” E meu sangue ferveu. Não sei o que me irritou mais: ela achar que o motorista estaria puxando assunto com ela, ou o simples fato de ter outro homem na equação — mesmo que fosse só pra dar carona. Por um motivo que eu não queria admitir, só incomodou. Só isso. Incomodou. Peguei o celular e fiz o que sempre faço quando algo cutuca o ego: fui atrás da in

