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Redescobrindo eu e você

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Blurb

Duas mulheres, dois filhos, anos de vidas compartilhados e um único problema... O casamento de Michelle Amorim e Nathalia Banin está chegando ao fim após a rotina ter encontrado o lar das mesmas, sempre acompanhada por muitos conflitos e a dúvida se ambas ainda se conheciam e se amavam como no principio. Os pais de Michelle morreram pouco tempo depois que as duas mulheres casaram-se. Nenhum dos Amorins mais velhos tiveram o prazer de conviver com os dois netos. Por sua vez os pais de Nathalia permanecem vivos e muito presente no dia a dia das duas. No entanto a presença da família Banin, ou melhor, da matriarca Banin, definitivamente não é algo favorável ao convívio de Michelle e Nathalia e essa foi a principal razão para chegarem aonde chegaram hoje.

No entanto o destino não cansa de surpreendê-las e quando elas acreditavam que tudo estava resolvido uma noticia inesperada faz com que seus caminhos se cruzem novamente. Será o destino capaz de reviver o amor adormecido? Será o amor capaz de curar feridas abertas? Serão feridas abertas capazes de tornarem-se apenas cicatrizes? E as cicatrizes tornaram-se apenas uma história a ser contada?

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1 CAPÍTULO
Pov Nathalia Flash Back on – Você sabe qual é o seu problema Nathalia Banin? Michelle questionou enquanto estávamos esparramadas na grama em frente a um lago que costumávamos ir desde o primeiro momento que nos conhecemos, no parquinho que ficava ao lado. Aquele era o nosso lugar. Ali encontrávamos paz, falávamos sobre tudo e podíamos ser o que quiséssemos. O que acontecia ali ficava ali, esse era nosso acordo. Nós estávamos embaladas pela melodia da música impossible que tocava em um dos nossos celulares. O tempo estava limpo e nós olhávamos fixamente para o céu azul que possuía imensas nuvens com diversos formatos diferentes, era meio que um ritual nosso aproveitar algumas tardes naquele lugar visualizando formas imagináveis que aquelas nuvens davam vida. O lugar era calmo e dono de uma paisagem linda, lugar apropriado para distrair mentes perturbadas pelos dramas da juventude. – Sim, eu sei. Meu problema é você me perguntar a toda hora se eu sei qual é o meu problema. – Respondi a ela, minha melhor amiga e, infelizmente, minha crítica mais severa. Michelle sorriu e negou com a cabeça. – Errou de novo! – Revirei os olhos já imaginando as próximas palavras que ouviria. –Você é o tipo de garota que segue ao pé da letra a dieta do chá gelado. E o pior: é sempre sabor de limão, nunca pêssego ou morango. Seu sorriso debochado era um ótimo motivo para me fazer desistir daquela conversa naquele exato momento, o único problema é que Michelle tinha o péssimo dom de me deixar curiosa, e pior, de me encaixar nas suas loucuras mais absurdas, então, de todas as possibilidades, qual escolhi? Isso mesmo, continuei dando moral para embarcar naquela conversa sem sentido de chá gelado. – Ok, você venceu. Pode me explicar o que quer dizer com isso? Michelle sentou-se animadamente fixando seus olhos nos meus, o brilho que emanava daqueles castanhos achocolatados era realmente algo que penetrava na alma de qualquer ser humano normal. Eu não sabia explicar, mas compartilhar do olhar intenso de Michelle era como encontrar uma paz indescritível. Apesar do seu jeito meio sem jeito, seu lado louco ou até mesmo das suas rebeldias, Michelle transmitia para mim uma sensação que jamais encontrava em outro alguém. Com ela eu me sentia livre e ao mesmo tempo protegida. Com Michelle eu era mais do que aquilo que eu poderia imaginar ou querer. Com ela eu era sempre um pouco mais e isso me dava segurança para encarar qualquer perrengue. – Veja, Nat. Quando vamos ao mercado, temos muitos tipos de bebidas para escolher. Mesmo para quem procura um simples chá, é possível escolher entre dúzias de sabores diferentes. Ela filosofava e eu me desesperava. Eu nunca conseguiria acompanhar aquele raciocino quando a única coisa que vinha na minha cabeça era o fato de que eu sequer gostava de chá. – Só uma observação... – Ela me olhou feio quando interrompi seu momento. – Só queria lembrar que eu não gosto de chá gelado. Aliás, eu não gosto de chá nenhum. – Dei de ombros para a cara feia da outra. – Nat, não importa isso agora, ok? Só foca na minha lógica. Que garota difícil! Falei para meus neurônios e voltei a dar atenção aquela maluca. – Ok, voltemos ao chá gelado. – Dei de ombros. Se eu não apressar a Mi enquanto ela fala é bem provável que iria enlouquecer antes dos trinta anos. Nossas conversas eram sempre assim, muito sem sentido e por mais que eu me esforçasse a parecermos normais, a Michelle não parecia muito favorável a essa ideia. – Então por que você nunca escolhe sabor maçã, por exemplo? – Antes que pudesse formular qualquer resposta ela mesmo adiantou-se em responder. – O fato é que você nunca varia. Não diz: "Ei, maçã pode ser interessante. Acho que vou experimentar". Em vez disso, segue sempre a mesma dieta de chá gelado e faz dele a sua única companhia. Em qualquer situação, você escolhe sempre o caminho mais seguro. Tem medo de arriscar em tentar coisas novas. – Ok, Michelle, eu desisto. Seja clara! – Cansei de tentar compreender onde ela queria chegar com aquela conversa. – Você tem vivido a sua vida toda baseando-se em uma única experiência amorosa, seguiu apenas um caminho, e só aquele caminho. Tudo isso por quê? Sua mãe não te deixa viver. Ela pensa que estamos no século passado onde os pais podem escolher por nós aquele com quem vamos casar. Mas e se seu futuro não for o Higor? E se vocês não forem um do outro a metade da maçã que você sequer ousou experimentar? E se sua felicidade não depender dele como a dieta que você faz questão de seguir? Demorou mas finalmente chegou ao ponto. A verdade é que Michelle não se conformava de me ver namorando o mesmo garoto desde os meus quinze anos de idade, quando minha mãe praticamente me jogou nos braços do filho da sua melhor amiga. A família do Higor sempre foi dona de grandes riquezas, pessoas cultas e tradicionais, ou seja, o padrão exato que minha mãe admirava. Na época eu tinha apenas 15 anos, mas ela já planejava todo um futuro para mim e o garoto do qual era descrevia como o futuro marido ideal e nesse futuro incluía um grande casamento com direito a mídia e filhos.   Para Michelle aquela era uma clara relação fadada ao fracasso, ou pior, uma relação que sequer existia tendo em vista que já havia entrado na rotina, segundo suas palavras. Tudo bem que meu namoro realmente não era o maior exemplo de fogo e paixão, eu até gostava do Higor, ele era legal comigo, sempre me respeitou e apesar de sentir que alguma coisa faltava naquela relação eu não conseguia me ver com outro garoto, eu sequer tinha oportunidade de pensar nisso, minha mãe não permitia e agora com meus 20 anos ela não parava de tocar em um único ponto que chegava a me dar calafrios: o bendito noivado. No entanto, apesar de tudo a Michelle não era o maior exemplo para me criticar, ao contrario de mim ela vivia se agarrando com várias garotas por ai. Sim, Michelle sempre foi assumida no que diz respeito à sua sexualidade e isso nunca foi um problema para mim. Na verdade era um problema sim, eu não gostava nem um pouco de ver como ela conduzia suas relações amorosas, gostava menos ainda de ver aquelas... bom, não sei como definir o perfil das garotas com quem Michelle ficava, mas definitivamente sempre existia algo que eu não gostava nelas. O fato é que minha amiga nunca havia se entregado à uma paixão de verdade, teve alguns namoros completamente frustrados pela sua falta de compromisso e fidelidade e se por um lado eu reprovava aquilo tudo, por outro algo dentro de mim vibrava com cada término, nenhuma delas eram boas o suficiente para Michelle, era merecia alguém melhor. – Você não é o melhor exemplo para me criticar no quesito relacionamento. Você vive cada dia com uma garota diferente, é isso que chama tentar coisas novas? Desafiei minha amiga que tinha sua atenção presa à mim. Eu gostava desse lado atencioso de Michelle, fazia me sentir importante para ela, que minha opinião importava mesmo quando eu discordava de algo. – Pelo menos eu arrisco – Ela deu de ombros. – Do que você tem medo, Michelle? Por que nunca se entregou à um amor de verdade? Aquela era uma curiosidade que carregava comigo, mas sempre que tocava no assunto, Michelle encontrava uma maneira de desconversar e não responder com clareza, o que só alimentava minha curiosidade, afinal, o que pode fazer uma pessoa tão determinada e intensa não responder algo do gênero? Como de costume minha pergunta deixou a outra visivelmente desconfortável, mas dessa vez ela silenciou e fitou o nada. Ponto para mim. Aproveitei que ela estava vulnerável e continuei com os questionamentos. Michelle sempre fugia e, por mais que eu buscasse entendê-la, minhas tentativas eram anuladas por um bloqueio que ela mesma fazia questão de impor, era como uma barreira onde a palavra amor não pudesse ultrapassar. – Você sempre fala de arriscar, mas não age como fala. A verdade é que às vezes eu sinto que existem coisas que você esconde de mim, coisas as quais podem comprometer essa imagem de durona que você faz questão de mostrar a todos. – Fui firme nas palavras atraindo sua atenção novamente para mim, mas dessa vez me surpreendi com sua expressão séria e pensativa. – Não seja louca, não tenho nada a esconder. – Ela levantou-se com pressa batendo a poeira da b***a. – Vamos embora, já está escurecendo. Levantei-me com rapidez e tomada por um instinto até então desconhecido a segurei com certa força causando surpresa não apenas em Michelle, mas em mim também. Mas naquele momento nada importava, eu estava determinada à confronta-la. Por alguma razão inexplicável aquele parecia ser o momento. – Por que sempre foge? O que me esconde? Michelle fitou meus olhos de uma forma que jamais vi antes, ou fiz questão de não ver. Era um misto de admiração, ternura, desejo e paixão. Uma parte de mim entrou em desespero com aquele olhar. Eu queria fugir dali e fingir que a outra parte não sentiu um frio na barriga, que borboletas não voavam por dentro do estomago quase como dando cambalhotas, eu queria fazer de conta que não recebi a visita de um sentimento que jamais tinha vivenciado e que me fazia questionar em silêncio e desespero: por quê? Por que com ela? Por que para ela? Não, não, não, não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Na verdade talvez sempre aconteceu e eu sempre ocultei, mas agora, diante daquele olhar, como eu poderia continuar fantasiando ou escondendo? Lentamente Michelle se aproximou de mim, sua mão alcançou minha nuca deixando ali um carinho gostoso, sua testa foi colada na minha e sua respiração misturou-se com a minha que a essa altura já estava alterada. Meu corpo tremia com um misto de medo e desejo. O sussurro que veio depois foi o bastante para os limites serem quebrados. – Dessa vez você acertou! – Suas mãos faziam linhas imaginarias subindo pelo meu braço com delicadeza. – Acertou quando disse que fujo, quando afirmou que me sinto solitária em todos aqueles braços desconhecidos. Você acertou quando disse que tenho medo. – Seus dedos alcançaram meus lábios desenhando-os e aquele toque me fez fechar os olhos involuntariamente. – Só tem uma coisa que você errou... – Fez uma pausa e essa atitude atraiu novamente meu olhar para ela. – Errou quando disse que nunca me apaixonei de verdade. É Nathalia, eu sou completamente apaixonada por alguém que não me nota, que não me deseja, que não percebe o quanto estou sempre aqui por ela. Sou perdidamente apaixonada por alguém que não se arrisca, e sabe do que mais? É torturante sentir o cheiro e não poder tê-la. – Michelle passou a ponta do nariz pelo meu pescoço me deixando imóvel, mas meu corpo me traiu e arrepiou-se imediatamente com o contato. – É crueldade vê-la nos braços de outro quando na realidade gostaria que fosse nos meus. É dilacerante ter como amiga quem desejo como mulher. – Ela afastou-se de mim e dessa vez seus olhos não fugiram dos meus, ela parecia decidida a dar sequencia aquelas informações que estavam me deixando atordoada, não apenas pelo o que ouvia, mas pelo o que estava sentindo ao ouvir. – Você erra todos os dias em não perceber que é a dona dos meus últimos pensamentos quando vou dormir e dos primeiros quando acordo. Viu? Eu estou me arriscando, arriscando em perder o pouco que tenho de você, mas estou confessando que sou completamente apaixonada por você senhorita Banin. Michelle encurtou a distância que existia entre nós e sem se importar com as pessoas à nossa volta me beijou como se dependesse daquele beijo para viver. Me beijou me fazendo renascer em seus braços. De repente não era mais eu ali, sem demora me vi envolvida por aquele beijo e correspondi com a mesma intensidade que me era oferecido. Nos lábios de Michelle eu me encontrei, renasci e mesmo confusa não poderia negar, aquele era meu lugar. Flash back off  Aquele foi o primeiro beijo, a primeira declaração, o primeiro descompasso de coração. Naquele dia muitas dúvidas surgiram em minha cabeça e inicialmente não foi fácil aceitar a única certeza que aquele beijo me trouxe: eu pertencia à Michelle e ela à mim, mas eu não estava preparada para aquele momento ou talvez para o que ele iria me trazer. Mas o tempo e a persistência da outra logo me fizeram aceitar e enfrentar todos os obstáculos que vieram pela frente, que aliás não foram poucos.  Minha família não aceitou a novidade. O começo foi um inferno principalmente quando o assunto era minha mãe, que aliás fazia questão de demonstrar sua revolta com o final do meu relacionamento com Higor. Apesar de tudo eu e Michelle nos casamos, mesmo contra a vontade dos meus pais. Juntas vivemos os melhores anos das nossas vidas. Planejamos muitas coisas e realizamos com louvor quase tudo, nos tornamos mulheres bem sucedidas. Michelle tornou-se uma publicitária reconhecida e eu conquistei o sonho de ser pediatra. Minha profissão era uma das minhas maiores paixões, porém exigia muito de mim, do meu tempo e consequentemente da compreensão da minha esposa. Após três anos de casamento surgiu nosso primeiro bem mais precioso: Gustavo ou Guto para os mais íntimos. Dois anos depois veio o Benjamim para nos transbordar de felicidade, ambos agora tem sete e cinco anos respectivamente. Era tudo perfeito, nossos filhos, nossas conquistas, nossa família, nosso amor. Nós quatro juntos formávamos a família perfeita. No entanto, como nem tudo são flores, brigas surgiam a todo instante. Quando o assunto era minha mãe, dona Ana Tereza, que não fazia questão de esconder que era contra a nossa relação, a situação ficava pior ainda. Para ela Michelle não possuía nenhuma qualidade, por isso ela optou por não conviver com minha esposa. Sequer deu uma chance para que isso pudesse acontecer. A única coisa que ela aceitou do meu casamento foram nossos filhos. Minha mãe sempre foi louca pelos netos e fazia questão de ser presente na vida das duas crianças, o problema era Michelle não aceitar toda aquela presença indesejada, e no fim eu sempre ficava entre minha esposa e minha mãe, era uma guerra constante que me matava por dentro. Eu amava as duas e não sabia como resolver aquele impasse sem fim. Depois de alguns anos de casamento se deteriorando, o pior dia chegou. Depois de mais uma briga exaustiva, Michelle saiu de casa sem rumo. Era sempre assim, brigávamos e ela saia sem dizer para onde ia, já estava virando rotina, mas naquele dia meu peito apertou, algo dentro de mim dizia que uma tempestade estava chegando ao meu lar, e de fato ela chegou. Quando Michelle retornou estava mais que decidida, ela queria o divórcio e, por mais que meu coração apertasse em pensar nisso, eu não consegui fazê-la mudar de opinião. No começo eu até tentei reverter aquela situação, mas me sentia psicologicamente exausta. Sim, eu amava Michelle acima de tudo e todos, mas não me sentia capaz de salvar meu casamento. Se eu não poderia fazê-la feliz que a deixasse ir. Agora estávamos a cerca de sete meses vivendo em processo de divórcio doloroso, onde não somente os sentimentos estavam machucados, mas nossos filhos sentiam todo esse momento com uma intensidade que talvez nenhuma de nós duas sentíamos. – Filho, acorda. Estamos atrasados garotão. Era sempre um sacrifício acordar Guto, mas naquela manhã as coisas estavam ainda mais complicadas, o garoto parecia determinado a não facilitar em nada minha vida. – Anda logo Guto, sua mãe está esperando e eu ainda preciso ir para o hospital. – Que saco, quando isso vai acabar? – Sua voz de frustação e irritação chamou minha atenção imediatamente. – Isso o que, filho? Perguntei observando ele sentar na cama coçando os olhos. Gustavo é meu filho mais velho e o que de fato é muito parecido comigo. Quando resolvemos fazer nossa segunda inseminação optamos por um doador que possuísse as mesmas características físicas que Michelle e o resultado não foi diferente, nosso segundo filho era a cópia da mãe, em especial os olhos. Olhar para Benjamim ultimamente era a única possibilidade de me deixar mais próxima da minha ex esposa. – Você e a mamãe... Eu e o Ben não conseguimos mais passar um tempo com vocês duas juntas. Isso é injusto! – Sua voz finalizou com um fio de tristeza que cortou meu coração. – Filho, já conversamos tanto sobre isso. Infelizmente a vida de adulto é meio bagunçada, eu e sua mãe não podemos mais conviver na mesma casa como um casal e agora você e seu irmão tem duas casas. – Eu não entendo vocês adultos...  – Acenou negativamente com a cabeça. – Passam tanto tempo nos ensinando a não brigar e sempre respeitar a família, mas no final são vocês que bagunçam tudo. – Gustavo, as coisas não são assim. Nós duas continuamos nos respeitando e nutrindo carinho uma pela outra, apenas o sentimento que existia entre mim e sua mãe não é o mesmo de antes. O amor de casal não existe mais. – Tentei argumentar de forma que não ferrasse ainda mais o psicológico do meu filho. – Sabe de uma coisa? Vocês não sabem o que é amor, se soubessem seriam capazes de ver o quanto estão machucando a mim e ao Ben. Se amar for isso eu prefiro não descobrir esse sentimento nunca. Gustavo praticamente berrou e saiu em direção ao banheiro batendo a porta com força. Fui pega de surpresa com aquela reação, meu filho nunca havia alterado a voz nem comigo e nem com Michelle, sempre foi um garoto amoroso e educado e vê-lo agir daquela forma era algo completamente novo. Fiquei olhando para a porta por onde Gustavo havia passado me deixando em choque e só depois de alguns segundos fui capaz de ter uma reação. Meus olhos passearam pelo quarto e pararam em uma foto onde Michelle sorria alegremente com nosso filho nos ombros enquanto Ben sorria no meu colo. Fui em direção ao porta retrato e pela primeira vez em meses me permiti chorar. – Nós éramos tão felizes. Onde erramos, Michelle? Quando nos perdemos? 

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