A DANÇARINA E O EMPRESÁRIO ARROGANTE.

CAPÍTULO 2

******RAVI******

Depois de fuder com uma das dançarinas, eu dei dinheiro a ela e mandei ela sumir do meu apartamento. Por um instante, enquanto estava com trepando com a dançarina, minha mente vagou para a selvagem dançarina mascarada, a pantera.

No dia seguinte, acordei, realizei minha higiene pessoal e dirigi-me à empresa. Estava com uma dor de cabeça insuportável.

Minha secretária me chamou, mas preferi não interagir com ela e segui diretamente para minha sala. Em seguida, alguém bateu à porta; eu autorizei a entrada e era um dos meus amigos que está colaborando conosco em algumas atividades externas à empresa.

Donatello: E aí, Ravi, que cara é essa?

Ravi: O i****a do meu irmão me levou a boate litte club ontem, e conheci uma dançarina incrível, mas a atrevida não quis nada comigo, me rejeitou.

Donatello:Essa não é sua boate?

Olha só, o empresário Ravi caindo de amores pela dançarina.

Ravi: Ficou louco Donatello?Não estou caindo de amores por ninguém.

Achei que ia ser algo novo, mas essa moça ainda vai implorar para estar na minha cama, anota o que estou dizendo.

**JADE**

Saí correndo da boate e peguei um táxi. Preciso admitir que aquele homem era uma verdadeira tentação. Saí dos meus pensamentos quando o táxi chegou à minha casa.

Jade: Obrigada, moço. Tenha uma boa noite.

Entrei em casa e me deparei com a minha mãe, Dona Flávia.

Flávia: Que hora é essa de chegar, Dona Jade? E tire logo essa roupa!

Jade: Calma, mãezinha, já vou. Mas antes, me dá um beijo.

Flávia: Vai tomar um banho e trocar essa roupa imunda! Você sabe que não gosto desse seu trabalho.

Minha mãe se virou, me dando as costas. Ela é uma mulher sofrida; meu pai desapareceu depois que ela teve meu irmão Joaquim. Desde então, vivo por eles. Já procurei emprego em vários lugares, mas a maioria só quer se aproveitar de mim. Sinto nojo só de lembrar. O único que me estendeu a mão foi o Diogo, e ele aceitou as minhas condições. Ou era isso ou nada, e lá estou eu. Mas minha mãe ainda não se conforma com o meu trabalho. Não posso fazer nada por enquanto; até conseguir algo melhor, tenho que ficar lá. É por isso que uso a máscara, para que ninguém saiba quem sou e para não dar mais motivos de desgosto a ela.

Eu saio dos meus pensamentos quando meu irmão Joaquim me chama.

Desço e ele vem me abraçar.

Jade: Oi piralho! Como está indo na escola?

Joaquim: Tudo certo! Estou confiante de que serei aprovado este ano.

Jade: Isso é ótimo! Estude bastante para se destacar na vida.

Flávia: Venham, meus amores, a comida vai esfriar.

Jade: Já estamos indo, mãe.

Segurando a mão do Joaquim, nos dirigimos à mesa. Noto que minha mãe está pálida e, preocupada, corro até ela e a ajudo a se sentar.

Jade: O que aconteceu, mãe?

Flávia: Nada, filha, está tudo bem. Acho que minha pressão só baixou.

Jade: Tem certeza, mãe? Acho melhor eu te levar ao médico.

Flávia: Não, filha. Eu não quero ir ao médico, já estou me sentindo melhor. Você sabe que essa doença me deixa cansada.

Jade: Tem certeza, mãe? Não quer ir ao médico para ver se precisa de outro remédio?

Flávia: Estou bem, filha. Não é necessário gastar mais comigo. Vamos jantar agora. Me conte como foi na boate. Alguma novidade?

Jade: Nada de novo, mamãe. Foi tudo tranquilo.

Procuro não compartilhar muitos detalhes com minha mãe para que ela não se preocupe, pois ela está enfrentando um diagnóstico de câncer de mama. Para ajudá-la, trabalho todas as noites em uma boate, onde recebo uma boa remuneração, além de um adicional por horas extras, o que me permite cobrir os custos dos medicamentos dela.

**RAVI**

Ravi: Donatello, solicitei ao meu irmão que procurasse a dançarina, mas tenho consciência de que ele não irá, temendo que eu cause sofrimento à garota. Gostaria que você investigasse a vida dela.

Pego um cigarro, acendo e começo a fumar.

Donatello: É só me passar o nome e as características que eu trago pra você hoje mesmo, Ravi.

Ravi: Esse é o problema, não sei o nome da garota. Só sei que mencionaram quando ela se apresentou como Pantera e estava usando uma máscara que cobria o rosto, deixando apenas os olhos à mostra. Vá até a casa noturna e pergunte ao Diogo quem é ela.

Peça também para ele o relatório sobre ela desde quando a contratou.

Donatello, peça à minha secretária Cassandra que agende uma reunião com aqueles nossos amigos que ainda me devem uma quantia em relação às drogas que foram transportadas para outra cidade.

Donatello: ainda não recebeste o pagamento?

Se não fosse pela sua ajuda, eles certamente não teriam conseguido enviar tanta carga de drogas para fora daqui. Você, como um empresário de grande porte, se arriscou bastante e eles não reconhecem o valor disso.

Ravi: Eu não preciso do dinheiro deles, sou milionário e tenho tudo o que desejo. No entanto, não gosto de ser tratado como o****o . Se não pagarem hoje o que me devem, precisarei tomar algumas providências. Avise ao Diogo que a boate estará fechada esta noite para uma reunião particular. Gostaria apenas de uma dançarina para animar nossa noite: a pantera.

Donatello: você vai expor ela a vários homens envolvidos com o tráfico? Isso é uma situação arriscada; se ela souber demais e nos denunciar, pode ser perigoso. Você sabe que nessas reuniões sempre há o risco de algo dar errado, Ravi.

Ravi: Ela me deu um tapa no rosto, e é justo que ela saiba que a boate onde ela dança é do mesmo homem que ela agrediu. Hoje, ela vai descobrir isso, e se a situação se tornar perigosa para ela, é uma responsabilidade dela. Uma dançarina que se apresenta para vários homens precisa estar ciente dos riscos que pode enfrentar. Ela decidiu não passar a noite comigo, e vou fazer com que ela entenda que não se pode brincar comigo.