Capítulo 4

1120 Words
Flávia narrando: — que? — eu vi você caçando a chave... e você ainda não poderá sair desde que eu perceba que você realmente não vai fugir. — olha, por mais que eu queira, não posso! Acha que não vi os inúmeros seguranças do lado de fora? — sim... tem razão. Mas de qualquer forma eu prefiro assim. — ele pressiona seu corpo contra o meu. — eu to com fome! — me irrito — será que não posso nem levantar pra comer? — pode... pode... mas você vem comigo.— ele se levanta. Tira a chave de dentro da cueca e abre a porta. — você é nojento. — digo vendo onde a chave estava. — você não disse isso quando meu p*u estava dentro de você. — ele pisca me deixando com raiva. Chegando na cozinha em me sentei de frente ao balcão. Apoiei a cabeça e la fiquei. — o que vai querer? — ele pergunta se virando e poxa vida, ele era gato. Não queria admitir, mas que homem, que homem! — Eu... não sei... um sanduíche talvez. — volto a encarar o chão. — por essa você não esperava, né? — o que? — pergunto. — ter alguém fazendo um lanche assim pra você a essa hora. — não mesmo, ainda mais alguém com você! — dou de ombros. — o que sabe sobre mim? — ele me pega com força. — nnnada, eu não sei nada. — ora, não se faça de boba. Diga, o que sabe? — ele me encara. — então me solta! Que eu digo. — tá — ele se afasta — diga. — que você é agiota... perigoso... galinha... — que? Galinha? — ele cruza os braços. — sim, já estou sabendo que você pega todo mundo, e francamente que nojento! — menina, eu sou solteiro. Alias, era... porque agora eu tenho você né... — ele ri e se aproxima de mim. — eu não sou nada sua... só estou cumprindo minha parte. — me afasto. — ainda! e que parte boa, me diz? Dormir com alguém como eu. — ele ri e se gaba. — como assim ainda? eu não sou vagabunda! Não entendo porque escolheu ferrar com a minha vida. — não grite! E eu não estou ferrando com a sua vida, seu pai que ferrou a dele, e respingou em você, eu fiz o certo. — ele se altera — Ele perdeu, perdeu você. E se quer saber a verdade, quem ferrou você foi eu... e que ferrada boa. — ele diz com malícia. — seu nojento! — saio dali abandonando meu lanche. Corro pro primeiro quarto que vejo e me tranco. — Flávia!! abre essa droga de porta. — não!! Vai se ferrar! — começo a chorar outra vez. O que seria de mim? Meu Deus que vida! — abre, agora!! Ou eu derrubo isso. — não... me deixa em paz... me deixa dormir! — digo chorando. — não deixo não menina, se afasta se não eu vou derrubar!!! — o que tá havendo aqui patrão? — um dos seguranças entra. — a garota se trancou aí, por acaso tem outra chave? — não, Sr. As outras chaves ficam com o Henrique e ele só vem amanhã de manhã. — que droga! Flávia você não vai se safar dessa!! — ele dá um soco na porta e sai. — choro por mais um tempo e depois vou até a janela. Chego e vejo que bem ali tem um segurança. Eu estava cercada e não conseguiria fugir. Meu ódio era tanto que não conseguia me controlar. Soquei tanto aquele travesseiro que fiquei com dó do coitado. Eu demorei, mas dormi. Acordei com a cabeça e o corpo bem doloridos. Demorei a entender onde estava. Comecei a me lembrar do dia anterior e de toda intensidade que passei. Foi meu primeiro dia com ele, e a primeira noite foi bem pesada. Eu ainda estava bem dolorida da relação s****l. Suspirei depois que me lembrei que a noite não havia acabado nada bem. Eu provavelmente serei punida de alguma forma por ter enfrentado ele. A porta se abriu e era Henrique. — Flávia... — oi... eu posso sair? Estou com fome. — digo de uma vez. — não você não pode. Felipe me disse o que aconteceu ontem. Você ainda não entendeu né? — não mesmo. Ele pode me dizer absurdos e eu não posso achar r**m? — você pode achar o que quiser, mas não pode agir como quiser. Entendeu a diferença?! — Argh... que saco. Será que posso falar com ele? — não. Ele já saiu pra resolver algumas coisas, provavelmente só volta a tarde. — resolver... ele saiu pra cobrar mais vítimas... — digo. — esse é o trabalho dele. E você devia temer ve-lo agora. Olha, seu café da manhã será só isso. — ele me entrega uma vitamina de morango. — o que? Tá maluco? Eu vou morrer de fome! — digo. — você se comportou m*l ontem, e não terá o luxo que teria se tivesse dormido com ele. — aí me poupe. Eu transei com ele, não era isso que ele queria? — eu não quero saber. Mas você tem que fazer o que ele quer, ou... as consequências virão. — ele me encara. — aí que ódio! Que ódio. — reclame o quando quiser, e tome sua vitamina. — ele me entrega. — e Eliza, pode vir aqui depois? — não sei... talvez. — por favor! Já me basta ficar aqui o dia todo. — eu vou ver, mas não prometo. — ele sai e fecha a porta. Fiquei ali entediada. Esse quarto também possuía banheiro, então depois de um tempo aproveitei e tomei um banho enquanto a água caia eu fechei os olhos escutei um barulho e me cobri. A porta do banheiro se abre bruscamente. — Ahhh!! — eu grito. — ei!! Sai desse chuveiro logo, você tem que vir comigo. — era Felipe, apesar da forma grosseria ele me olhou de cima abaixo. — eu tô tomando banho, e pare de me olhar assim! — nada que eu não tenha visto ontem, inclusive, você parece ter memória curta, cuidado como fala comigo. — olha... é sobre isso que eu tinha que falar com você. Mas o Henrique disse que você só viria a tarde. — eu pedi pra ele te falar isso. Mas vamos, se seque logo. — tá... tá... — digo e me viro de costas. Volta encara-lo e vejo que nesse exato momento ele olhava minha b***a. — tarado. — digo e ele ignora saindo do quarto. Olho sobre a cama e lembro que não tinha uma roupa limpa. Droga, como eu ia sair dali agora?
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