Nunca estive melhor!

972 Words
Assim que Zeddy se levanta ele me diz algo, mas... Eu não pude ouvi-lo. Eu não podia ouvir o que ele havia dito porque um zumbido muito alto vem a minha cabeça enquanto o buraco de bala se fechava. Eu caio de joelhos gritando e Zeddy vendo aquilo correu até mim e me abraçou... A única coisa que eu consegui ouvir de sua voz foi... “Eu vou cuidar de você!” Então eu acabo desmaiando novamente. Quando eu acordo eu me vejo deitada novamente na cama e tudo parecia ter sido um pesadelo... Teria sido muito bom se eu não visse o meu sangue espalhado no chão por causa do tiro na cabeça que eu mesma me dei. Eu bocejo e me espreguiço pois estranhamente me sentia muito melhor. Eu olho de um lado para o outro me perguntando onde estaria Zeddy, e foi aí que eu escuto barulhos de disparos do lado de fora. Eu me levanto e corro para fora do quarto, e assim que eu saio eu vejo Zeddy correndo e disparando para trás. Eu apertei mais os meus olhos e logo avistei três transformados que o perseguiam. Eu digo para mim mesma: - Esse desgraçado, eu deveria deixá-lo morrer... Mas por quê não consigo fazer isso? Assim que Zeddy passa por mim ele grita: - Freya, corre!!! Eu o ignoro e quando os transformados se aproximam, eu agarro um deles e soco seu peito atravessando-o com a minha mão nua, em seguida eu o decapito com a minha outra mão. Os outros dois me ignoram e vão direto para Zeddy, mas eu arranco o braço do transformado que havia pego e uso sua lâmina para decapitar os outros dois em um golpe, em seguida eu esquartejo os três usando apenas as mãos... Quando eu termino eu me vejo coberta por uma quantidade absurda de sangue. Eu olho para as minhas mãos e para o meu corpo coberto de sangue e percebo uma coisa... Eu nunca tinha me sentido tão viva... Eu podia sentir o poder percorrendo todo o meu corpo, era como se... Como se eu fosse invencível e pudesse fazer aquilo o dia todo. Zeddy com os olhos arregalados pergunta: - Como... Como você se sente? Eu olho para ele com um sorriso no rosto e digo: - Eu nunca estive tão bem em toda a minha vida, Zeddy! Eu caminho de volta para o quarto deixando os cadáveres esquartejados para trás em uma enorme poça de sangue. Eu me viro e vejo Zeddy me olhando da porta, ele parecia estar com medo. Com um sorriso eu digo: - Eu nunca tive tantos motivos para matar uma pessoa igual eu tenho para matar você, mas se eu já não o fiz então você não precisa se preocupar! Zeddy entra no quarto e joga uma mochila em cima da cama. Eu pergunto: - O que é isso? Ele se senta na velha cadeira ofegante e diz: - Água... Um pouco de comida e remédios também! Eu abro a mochila e confirmo os itens, então pergunto: - De onde você conseguiu? Zeddy: - Nós não estamos sozinhos nesse fim de mundo... Existe muita gente exilada por aí. Eu consegui essas coisas de um cara que foi devorado justamente por aqueles transformados que estavam me perseguindo! Eu olho para Zeddy dizendo: - Você viu uma pessoa morrer e apenas pegou as coisas dela e fugiu? Zeddy olha nos meus olhos e diz: - Não foi bem isso, eu já ia matá-lo... Os Transformados apenas me pouparam o trabalho de sujar as mãos! Eu fico surpresa com o que Zeddy acabava de dizer, então eu pergunto: - Ia mesmo matá-lo? Por quê? Zeddy: - Porque era preciso... Era ele ou a gente! Eu caminho até Zeddy e digo: - Esse não é você... Zeddy! Ele sorri puxado e diz: - Você parou de me chamar de recruta... Essa não é você... Freya! Eu dou uma gargalhada e digo: - Você me pegou... Agora olha nos meus olhos e diga... O que você vê de diferente em mim? Zeddy sorri e diz: - Seus belos olhos azuis! Eu fico confusa, então digo: - Azuis? Meus olhos são castanhos! Zeddy: - Eles foram castanhos, agora estão azuis... É um azul tão claro que é quase transparente, assim como os olhos daquele cara! Eu suspiro e pergunto: - Me diz... Ao menos estou bonita? Zeddy sorri e diz: - Uma linda mulher n***a de olhos azuis! Eu fico corada então me afasto um pouco pensando comigo mesma: *Nossa que resposta direta... Droga acho que ele me fez corar! * Zeddy sorri balançando a cabeça e começa a retirar as ataduras de onde sua mão havia sido arrancada. Depois de olhar aquilo, perguntei: - Você vai me dizer o que foi isso? Ele sorri e diz: - Não se preocupe com isso, foi quase instantaneamente, eu não senti quase nada! Depois que ele termina de tirar as ataduras eu vejo que na verdade o que ele tinha dito era mentira, pelas marcas no seu ferimento eu pude ver que seja lá o que ou quem tenha arrancado aquela mão, foi de forma violenta e brutal. Zeddy se levanta e vai até a mochila, eu me sento na cama e pego a mochila dizendo: - Deixa eu te ajudar com isso! Zeddy: - Certo... Eu olho para ele e digo: - Senta aqui, não vou conseguir tratar isso com você de pé! Zeddy cora e diz: - Mas assim... Me sentar do seu lado? Eu acho que--- Eu interrompi sua fala dizendo: - Deixa de frescura, eu sei que estou suja de sangue, mas você não vai conseguir fazer isso sozinho! Zeddy sorri e diz: - É, você tem razão! Então ele se senta ao meu lado e eu começo a tratar o seu ferimento.
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