•6•

565 Words
Depois de todo aquele estardalhaço em frente a minha casa eu fiquei pensando como eu iria explicar pros meus pais se alguém comentace alguma coisa com eles, depois de hoje todas as minhas dúvidas que eu tinha sobre eu ser gay foram respondidas, sim, eu sou gay. Fico pensando em várias maneiras de me explicar, meu maior medo era meus pais concordarem com tudo que essa cidade pensa sobre mim, sobre eu ser um desgosto pra minha família e ser repugnante por gostar de homens, eu não precisava de mais ninguém para me odiar, principalmente eles, já vi muitas famílias por aí que eram felizes e tratavam o filho como príncipe, mas foi só ele dizer ser gay que o amor acabou, e eu tinha medo disso, meus pais eram um amores mas isso não aliviava a tensão. - Oi meu bêbê - Diz minha mãe me dando um beijo e me tirando dos meus devaneios. - Oi mamãe - Digo sentindo que ia chorar a qualquer momento, aquela pressão estava sendo horrível. - Nossa meu filho, quanto tempo você não me chama de mamãe? Oque aconteceu? – diz ela se sentando ao meu lado. - Eu preciso falar uma coisa pra vocês, cadê o papai? - Nesse momento meu coração começou a bater loucamente. - Ele acabou tendo que ficar de plantão no hospital, oque ta acontecendo meu anjo? - Diz ela preocupada, eu não era de demonstrar quando tinha alguma coisa me aflingindo, e me ver tão aberto assim fez ela se espantar um pouco. - É... Eu queria falar com os dois juntos, mas eu não posso esperar até amanhã, mãe, você sabe que eu nunca demonstrei interesse em relacionamento não é? - Ela assentiu demonstrando estar focada - E tem um motivo... É... Eu não tenho interesse em meninas. - E oque quer dizer meu amor? - Pela sua expressão, ela já sabia, só queria que eu confirmace. - Mãe, eu sou gay, me desculpa - Digo e começo a chorar, todo aquele medo, todas as lembranças de toda humilhação que eu sofri por ser assim estavam me sufocando. - O meu amor, não chora, eu to aqui, não tem o porque se desculpar, e eu já sabia - Diz ele destribuindo beijos pelo meu rosto me trazendo um alívio e fazendo meu coração esquentar. - Como? – pergunto enquanto sentia minha respiração acalmar, limpo meu rosto com a mão e olho pra ela. - A neide, nossa vizinha veio conversar comigo antes de eu entrar e me disse tudo que aconteceu mais cedo, falando que você era sem vergonha, e uma mãe sempre sabe - Diz ela em uma calma que me assustava. - E? - Pergunto pra ela curioso. - E eu quase dei na cara dela, ninguém chama meu filho de sem vergonha, não importa se você fica com homem ou com mulher – diz indignada. - Obrigado mãe - Digo e lhe dou um abraço apertado - Mas oque você acha que o papai vai dizer? - Meu amor, nós somos seus pais, indenpendente do que aconteça, nós iremos te amar. - Eu espero - Sussurro baixinho e continuo alinhado nos braços dela recebendo carinho. - Vem, vamos tomar café. Depois de tomar café junto com ela eu fui pro meu quarto com um alívio enorme por ela me apoiar, contei tudo que aconteceu pro dani, desde quando o alan me deixou aqui até a conversa com minha mãe, eu ri pela primeira vez depois do acontecido, ele me mandou várias mensagens explicando como bater em alguém por ser fofoqueira demais.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD