Capitulo 1
Jesus narrando
17 anos depois....
Meu padrinho Moret me passou o morro a pouco tempo, ele era meu por direito e eu herdei ele do meu pai, que faleceu quando eu era muito pequeno ainda, acendo um baseado e encaro a foto dele na parede, eu cresci sem pai, eu me viro para outra parede onde tinha as fotos dos culpados por isso.
Eu me aproximo lentamente daquele quadro preto que eu tinha colocado a foto de cada um deles, e eu iria me vingar pela morte do meu pai.
Rd dono do morro da rocinha, Ph seu sub, Bn dono do morro do alemão, Perigo do morro da maré e por último e não menos importante, Jn o sub do morro da maré, eu iria me vingar pela morte do meu pai.
— Jesus – Minha tia Sabrina fala entrando – o que é isso na parede?
— Você reconhece? – eu pergunto
— Esquece isso – ela fala e olha paras minhas mãos, eu estou segurando a foto de Jn.
— Larga isso – ela fala tirando da minha mão e jogando a foto no lixo – esquece, essa vingança.
— Eu não vou esquecer.
— Moret, esqueceu.
— Ele não deveria ter esquecido, por causa deles meu pai foi morto.
— Faz anos isso, mais de 17 anos – ela fala suspirando.
— Pode passar o tempo que for, eu jamais vou desistir de vingar a morte dele.
— E o que você pretende fazer, agora que está no comando, ir até lá e começar uma guerra?
— Ainda não – eu falo e ela me encara.
— Você está ficando maluco, o que você quer é loucura de mais. Para com isso.
— Eu não vou desistir e agora que eu estou no comando, eu vou até o final.
— Maldita hora que Moret te passou esse comando de morro – ela fala – eu ordeno que você para.
— Eu não vou parar – eu respondo – porque eu sou dono daqui e ninguém manda em mim, eu vou até o final. Eles mataram o meu pai e Moret deixou escapar que eles também eram culpados pela morte da minha mãe biológica.
— Moret não sabe o que fala, você não pode confiar nele.
— Por que não? – eu pergunto – ele comandou o morro todos esses anos e você sempre confiou nele.
— Eu sou sua tia, eu te criei.
— E eu amo a senhora, tenho respeito e muito. Só que você não vai mandar e muito menos me dizer, o que tenho ou deixo de fazer, por favor vai embora.
Ela me encara e eu sei que ela estava louca para falar alguma coisa, mas ela não falada, ela apenas saiu de dentro da boca e eu me sento na cadeira, bolando outro baseado. Eu encaro a fotos deles todos novamente, quando eu vi o meu pai morto, eu poderia ser muito pequeno, mas eu lembro muito bem do que eu vivi, foi a pior cena da minha vida.
Tinha muito barulho de tiros e eu fiquei assustado e sai correndo para procurar por ele e eu encontrei o sub da maré, ele me pegou no colo, eu vi meu pai morrendo e todos ali sem ajudar ele, ele me entregou para minha tia que saiu correndo e depois disso eu não consigo lembrar de mais nada, eu só consigo lembrar do momento da morte do meu pai.
— Sua tia veio conversar comigo, ela está preocupada – Moret fala entrando.
— Deixa-a – eu respondo pensativo.
— Por mais que a gente tenha nossos homens fortalecidos, a gente precisa continuar com o mesmo comando do seu pai, um morro silencioso onde ninguém prever nossas atitudes.
— Eu vou preservar a forma que meu pai trabalha.
— Estou sem agir contra eles anos, o que faz com que eles não desconfiem de nós.
— Eles vão demorar desconfiar.
— O que você mandou fazer?
— Algo que vai dar um susto neles – eu falo
— Como assim?
— Eu descobri que eles mudaram a rota deles, logo depois que você anunciou que seria inimigo deles, eles começaram usar outra rota para cargas pesadas e valiosas, deixando apenas alguns refugos para nossa região.
— Eles tentaram nos enganar?
— Conseguiram enganar você durante anos, não é mesmo? – ele me encara – eu entrei no poder e descobri isso.
— E o que você mandou fazer? – ele pergunta e eu abro um sorriso para ele.
— Uma surpresa – eu falo dando um leve sorriso e ele me encara com um olhar estranho.
— Jesus - ele fala – eu não sei mais o que pensar, você mandou geral que achava que era x9, os corpos estão apodrecendo no meio da quadra, a população está meio assim com a sua chegada, você precisa dar um jeito.
— Por enquanto, vai continuar assim. Eles precisam entender que tem uma nova pessoa comandando.
— Você precisa entender que essas pessoas são moradores do morro e que elas devem confiar em você e não te temer.
— Se elas são pessoas inocentes, pessoas do bem, porque ter medo? Se não fazem nada de errado, não vão morrer
— Isso é loucura – eu bolo outro baseado.
— Você quer? – eu pergunto estendendo para ele.
— Você não está me levando a sério.
— Escutei isso hoje do IT.
— E o que era a surpresa que ele disse que você preparou para o morro do alemão? – ele pergunta
— Ué, surpresa – eu coloco o baseado na boca, pego um bolo de dinheiro e começo a colocar mais maconha nas cédulas para bolar novamente.
ALGUMAS HORAS ANTES....
IT e os outros vapores encaram as roupas que eu tinha entregado para eles usarem na missão que eu tinha dado, a gente iria roubar a carga que o morro alemão estava trazendo da Bolívia, levando a carga para um galpão que pertencia ao nosso morro, que ficava um pouco distante do morro, fazendo com que eles não desconfiasse que era a gente já no começo.
— Vamos ter que usar essas fantasias ridículas?
— Não podemos ser descobertos.
— Isso aqui é s*******m de mais, você tá vendo isso?
— A carga vai para o morro do alemão, precisamos surpreender eles com uma tática.
— Essa é a tática? – ele pergunta
— Escutamos muitas histórias sobre o dono do alemão, como ele se chama mesmo?
— Bruno – IT que era um dos meus homens de confiança fala.
— Bruno, conhecido como Bn. Vamos ver como ele vai reagir. – eu falo
— Isso é loucura, é suicídio. Quem vai levar a gente a sério vestido com isso? – ele pergunta rindo
— Eles vão, vocês vão ver.
— Sério? – It pergunta ainda mais indignado para mim.
— Veste e vamos, vocês vão se atrasar para missão – eu falo para eles. – Bn vai gostar – IT me encara, se não fosse para desestabilizar alguém, eu não me chamava Jesus.