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CAPÍTULO 5 Carol NARRANDO Eu encaro o morro e vejo minha mãe e meu pai lá embaixo, vejo Mateus soltando pipa na laje com outros garotos e vejo Pedrinho no telefone, que deveria está falando com Joana, que não dava a mínima para ele. — Pai, mãe – eu falo me aproximando — O que foi? – Meu pai pergunta – aconteceu algo Carol? — Não, eu só queria ir no baile hoje. — Nem pensar – ele fala, — Rd – minha mãe fala — Baile não é lugar para você. — Porque a Joana pode ir e eu não? — A joana é maior de idade. – ele responde — Quando ela tinha minha idade, ela ia – eu bufo. — O pai dela é o Perigo – ele fala – preciso ir – ele me dar um beijo na testa e sai. — Mãe, você precisa conversar com ele. — Eu falo com ele mais tarde – ela fala – eu preciso ir para ong, você quer me ajudar? – eu n**o – deveria ocupar sua cabeça com algo sabe, estudar, pensar em uma faculdade. — Você fala isso porque quer me comparar com Joana. — Eu nunca comparo os meus filhos e você sabe disso – ela fala sorrindo – você que fica com essa paranoica, sua irmã nem mora mais aqui com a gente. — Ta bom – eu respondo — Malu – Julia fala – Oi Carolzinha. — Oi tia Julia – eu respondo para ela — Vamos indo – minha mãe fala para tia Julia Elas param para conversar com Pedrinho e vejo que ele tinha uma arma na cintura, ele tinha começado ajudar no morro a alguns meses e estava firme e forte, enquanto o i****a do Mateus só pensava em empinar pipa e não queria nem pensar em seguir os passos do nosso pai, eu até achava que ele puxava para outro lado. — Oi Carol – Pedrinho fala me encarando — Oi, você falou com minha irmã hoje? — Não – ele responde — Eu queria falar com ela, mas ela não me atende. — Joana sempre ignorando os outros – ele fala. — Ela está te ignorando? – eu pergunto — Sabe como ela é – ele sorri – eu preciso ir, muita coisa para resolver. — Você sabe se ela vem para o baile? — Não me disse nada – ele responde subindo. Pedrinho não me dava muita conversa , mas para Joana ele dava era tudo e enquanto ela apenas esnobava ele, ela sempre disse que não levava ele a sério, porque achava ele imaturo de mais, já eu achava ele perfeito, mas ele me ignorava o tempo todo, era como se eu não existisse para ele, na vida dele. JOANA NARRANDO Eu penso em avisar meu pai, mas desisto quando as alunas começam a chegar, aquela mulher continua no studio observando tudo, eu apresento ela para as meninas e começo a dar a aula, tanto meu pai, como minha mãe ou tio Rd sempre me disseram que eu tinha que criar uma raiz fora do morro e me deram a idéia de montar meu studio aqui fora, eu sempre gostei de dançar desde pequena e isso me deixava muito alegre, eu usava um outro sobrenome, assim como identidade e documentos falsos também, tinha um apartamento aqui fora que eu m*l usava, ele estava completo, eu não trocava o morro da maré ou da rocinha por nada nesse mundo. Se ela veio até aqui, é porque eles desconfiaram de algo, e eu dei bandeira perguntando sobre a fantasia, eu sei, mas eu acredito que isso seria um ponto positivo para mim. Eu finalizo as aulas e eu me aproximo dela. — Então, gostou da forma que eu trabalho? — Eu gostei -e ela sorri – e acho que seria legal implantar algo diferente lá no morro da fé. — Estou a disposição. — Você teria coragem? – ela pergunta — Eu não fujo de trabalho, eu preciso trabalhar na verdade, tenho contas para pagar e eu amo as crianças, amo dar aulas para elas e acredito que todas precisam ter algo para incentivar elas a serem melhores. — Você pode passar lá no morro então para acertar os detalhes – ela fala. — Com você? – eu pergunto – quando você quiser. — Não é comigo, seria com Jesus mesmo – ela fala – é ele que acerta tudo pessoalmente. — Sem problemas, só me dizer o horário que ele está disponível para conversar sobre esse assunto – ela me encara. — Eu te mando mensagem – ela fala – é o número do cartão, não é mesmo. — Isso mesmo, eu vou ficar aguardando – eu falo – preciso me organizar. — Fica tranquila – ela fala – eu entrarei em contato. Ela se despede e sai do studio, eu observo ela entrando no carro e vejo que ela tira foto do studio antes do carro andar, no começo fiquei bem tranquila, depois me bateu uma tremedeira nas pernas e novamente pensei em ligar para o meu pai, mas desisti, queria ter tudo pronto e organizado para falar com ele. Eu não queria dar bandeira. Eu chego em casa e encontro Marcela na cozinha, ela sorri assim que me ver. — Andou por onde Joana, não te vi – ela fala – seu pai disse que estava com ele e depois você sumiu - eu dou um beijo em sua bochecha. — Tinha compromisso no studio e esqueci, precisei correr. — Como está o studio? — Indo bem – eu respondo – acredito que daqui a pouco pegarei uma nova turma e ai o trabalho será dobrado. — Parabéns – ela fala sorrindo – você é muito esforçada. Seu pai também comentou que você quer ajudar ele mais aqui, será que você vai conseguir lidar com essa vida dupla? — Você acha que Lucca um dia vai assumir o morro? – eu pergunto e ela me encara. — Eu espero que não – ela fala sorrindo – eu acho que a sua mãe espera a mesma coisa de Mateus e principalmente de você. — Eu vejo meu pai desde pequena, desde quando ele fingiu está morto, lidando com tudo isso, ele tem um amor por essa vida e ele me passou isso – eu falo – é ironia não é Marcela, ele querer me ver longe? — Ele quer te proteger – ela fala. — E quem protege ele? – eu pergunto e ela me encara. — O d***o, só pode – ela comenta e eu abro um sorriso para ela. — Eu vou tomar um banho – eu falo — Não demora, a janta está quase pronta – ela fala e eu assinto. Meu pai não poderia negar que toda essa adrenalina estava no meu sangue, eu puxei a ele , eu entro dentro do meu quarto e vou até a janela observar o morro. E sim, eu sonho com o dia que eu vou comandar esse lugar!! CAPÍTULO 6 Joana NARRANDO Meu celular tinha diversas ligações de Pedrinho e até mesmo de Carol, eu largo o celular encima da cama e vou para o banho, quando volto ele está tocando e era minha mãe. — Oi mãe – eu falo assim que atendo — Filha, você não me atendeu hoje mais cedo. — Eu não vi o celular tocando, tudo bem? — Sim – ela responde – quando você vai vir aqui? — Esse final de semana, eu vou – eu falo sorrindo — Você vem para o baile? — Não sei – eu respondo – vou ver se a Alicia vai. — Ta bom, me avisa – ela sorri. — Te amo mãe , beijos. — Te amo também. Eu olho para porta do meu quarto o meu pai parado me encarando, ele me encara com um olhar estranho e eu devolvo para ele o mesmo olhar. — Deveria denunciar pelo roubo do meu carro – ele fala – eu te dei um para você não pegar mais o meu e nem mesmo me deixar apé por ai. — Foi m*l, eu tinha um compromisso e lembrei na hora. — E sai u daquela forma? – ele pergunta sentando na cama e me encarando. — Estava atrasada – eu sorrio e ele me encara. — Conta outra, quer mentir para mentiroso? Onde você foi Joana? — Lugar nenhum, quer dizer, fui até o studio de dança – eu falo e ele me encara. — Quer ver minha identidade? — Porque? — Para ver se eu nasci ontem – ele fala. — Fala sério, você não confia em mim mesmo – eu suspiro – estou falando para você que eu sai para ir no studio. — E você acha que eu não tive sua idade? Que não acompanhava as coisas do meu pai no morro? Você é que nem eu quando adolescente. — E isso é r**m? – eu pergunto – é r**m eu ser que nem você? – ele me olha de cima a baixo. — Você é jovem, bonita, tem uma vida toda pela frente. Não viveu nada ainda da sua vida para querer escolher seguir o meu caminho. — E se eu quiser seguir, você não vai me deixar? – eu pergunto — Não é o que eu quero e nem a sua mãe. — Eu já tenho mais de 20 anos, sou adulta e responsável por mim – eu falo – eu cresci pai, você e minha mãe precisam aceitar isso. — Confesso que não é fácil – ele fala – não é fácil, escutar isso. — Fica tranquilo, eu sei o que faço da minha vida – dou um beijo em sua testa. — Não me esconda nada – ele fala – ouviu, Joana? — Sim, senhor – eu respondo para ele. Eu saio do quarto deixando meu pai lá, ele me conhece como ninguém, por isso queria evitar olhar fixo para ele, até por que ele ficou bem desconfiado com meu sumiço do morro do alemão, ele deve imaginar que eu estava aprontando algo, que eu estava fazendo algo e por isso eu tinha que ficar na minha, eu não queria que ele desconfiasse de nada por enquanto, eu queria mostrar para ele que eu era capaz de muita coisa. — Joana – Tio Jn fala quando me vir entrando na boca. — Você está de ronda hoje. — É seu pai quis ficar com a Marcela. — Cadê Beatriz? – eu pergunto — Em casa – ele fala – quer falar com ela, passa lá. — Não, quero falar com você. — Comigo? – ele pergunta me encarando — Você estava no dia que o Plutão morreu, não? – eu pergunto e ele me encara. — Plutão? – ele questiona — Sim. — Estava, eu vi a hora que ele morreu, estava até com Jesus – ele fala — O filho dele? — Isso – ele afirma – por que Joana? — Nada, não. É para o meu TCC – eu sorrio. — O que tu ta aprontando? — Você sempre me ajuda sabe Jn, eu te ajudei a ficar com a Beatriz. — Você era uma criança – ele fala — Mas fui que eu apresentei vocês – ele balança a cabeça. — Fala. — Você promete que não conta para o meu pai? – eu pergunto — Fala – ele responde — Promete – eu falo — Prometo – ele responde — Promessa é dívida viu – eu falo sentando-se na frente dele. — O que você está fazendo? — Eu fui até a confecção que estava escrita na fantasia – eu falo e ele me encara – e advinha onde é? Morro da fé. — Eu não acredito que você fez isso, isso é perigoso de mais. — Fica tranquilo, ninguém desconfiou de nada – eu evito falar sobre aquela mulher ter ido no Studio. – Você acha que eles iriam querer briga com a gente? — Faz tempo que eles recuaram, logo depois da morte do Plutão, Moret o atual dono de lá, queria vingança – ele fala. — Ai que tá, ele não é mais dono – eu falo. — Não? – ele pergunta — O novo dono é Jesus – eu respondo e ele me encara. — Filho de Plutão – ele fala. — Ele pode tá querendo se vingar pela morte do pai agora que assumiu o morro – eu falo. — Isso é perigoso – ele fala - eu vou ir atrás disso. — Não conta nada para o meu pai que eu te falei. — Se você me prometer Joana que não vai mais ir lá e não vai me se envolver com isso e que vai deixar que eu resolvo tudo, ok? — Tudo bem – eu respondo para ele – eu prometo que não vou mais ir atrás. — Então, eu não conto para o seu pai. Eu gostava de conversar com Jn, desde pequena sempre tive um carinho por ele e ele por mim, eu sei que se eu falasse para o meu pai, eu não iria poder continuar indo atrás desse assunto, agora falando para Jn deixaria ele alerta para qualquer coisa e poderia continuar tentando descobrir um pouco mais, para trazer as provas para o meu pai. Eu recebo uma mensagem no meu celular e era de um número desconhecido, era um áudio, eu acho estranho, coloco no ouvido e escuto. — Oi, aqui é Sabrina, tia do Jesus no morro da fé. Você consegue passar aqui amanhã a tarde? Ele se interessou pelo seu projeto. Desculpa Tio Jn, eu acho que vou ter que quebrar a promessa que eu te fiz de não me envolver com esse assunto. Eu abro um sorriso após responder, que eu iria! CAPÍTULO 7 Joana NARRANDO Eu estou no meu quarto quando sinto um barulho na sacada, quando me aproximo da porta era Pedro Henrique. — Você é louco? O que você está fazendo aqui? – eu pergunto abrindo a porta e ele entra, eu fecho a porta e as cortinas – Se meu pai pega você aqui. — Cansei de você ignorar a sminhas mensagens – ele fala – eu quero saber o que está acontecendo com você. — Não está acontecendo nada Pedro, a gente tinha acordado que não teria cobrança porque a gente estava apenas ficando. — Então, você tem outro? – ele pergunta — Eu não tenho outro, eu não tenho ninguém – eu afirmo. – VocÊ tem que parar com isso, nos combinamos que não teria marcação. — Eu não estou marcando nada – ele fala – eu só queria saber se você está bem, eu me preocupo com você. — Você é maluco Pedro. — Por você Joana – ele fala se aproximando. — A gente é primos, se nossos pais descobre. — Deixa eles – ele fala – o que importa é o que a gente vive. Ele se aproxima me pegando pela cintura e a gente se beija, suas mãos passeia pelo meu corpo e eu correspondo o seu beijo, ele beija meu pescoço e eu suspiro com os seus toques, era errado, ele era meu primo por parte de mãe, mas ele era perfeito na cama, por mais que fosse imaturo, na cama ele se superava. Ele me beija mordendo os meus lábios, eu pulo em seu colo e ele me leva para cama, eu fico sentada na beirada e abro o seu calção, eu olho para ele com um sorriso e ele me encara balançando a cabeça, eu passo a minha língua pela cabecinha do seu m****o lentamente, passando a minha língua girando, depois vou descendo a minha boca e vou chupando ele, eu olho para ele e ele fecha os olhos, eu mordo lentamente o seu m****o e depois começo a mamar ele gostoso, ele entrelaça as suas mãos na minha cabeça, ele se segura para não gozar no meu rosto, eu pego a camisinha na gaveta e coloco a camisinha em seu p*u. Eu fico de pé na cama e ele me encara, eu abro um sorriso e começo a tirar a minha roupa lentamente para ele, ele me agarra pela cintura e beija meu pescoço, depois sua boca começa a passear por todo meu corpo, sua mão encosta na minha i********e e eu abafo o meu gemido para que ninguém escute, por mais que a casa do meu pai fosse com proteção de barulho, era melhor evitar que eles escutasse algo, ele começa a meter dentro de mim e beijar meu pescoço, ele metia gostoso e eu rebolava em seu p*u. Ele beijava meu pescoço enquanto eu arranhava as suas costas, eu entrelaço as pernas na sua cintura e a gente se beija. (...) Eu acordo com o sol entrando no quarto e vejo que ele está do meu lado. — Você precisa ir – eu falo — Que horas são? — Está amanhecendo o dia. — Meu Deus – ele fala dando um pulo e se vestindo — Vai antes que meu pai acorde. — Você não acha que devemos assumir? — A gente não namora, a gente transa Pedro – ele me encara – não inventa moda – eu me aproximo dele encostando a minha boca na dele . — Por que você faz isso comigo? – ele pergunta me segurando pela cintura – me provoca e depois me joga de escanteio? — Eu sempre fui clara sobre isso, eu não quero relacionamento sério. — Você quer assumir o morro do seu pai e está focada em ganhar a confiança dele – ele fala — Você é esperto , mais esperto do que bom de cama – ele me encara e eu sorrio – vai – eu empurro ele. — Não me ignora – ele fala antes de sair. — Vai – eu falo e ele abre a porta da sacada. — Sério, não me ignora – ele fala sorrindo. — Melhor não se apaixonar – eu falo – eu não sou bela recatada , moça para casar – ele balança a cabeça e pula a sacada. Eu me aproximo da sacada vendo ele correr em direção ao seu carro que estava mais para longe, Jn de braços cruzados na frente da boca encara a cena e depois me encara. — Bom dia padrinho – eu grito para ele. — Bom dia Joana – ele responde e eu faço sinal de silêncio. Se meu pai sabe ou não, ele nunca disse nada sobre isso, nunca mencionou o nome de Pedro Henrique e se o pessoal da rocinha soubesse, minha mãe e tia Julia já teriam surtadas juntas, a única que eu sei que sabe é Carol, Alicia e o Jn que era meu cumplice. Eu arrumo uma roupa para ir até o morro da fé, pego a minha mochila e desço, encontrando meu pai tomando café. — Vai sair? – ele pergunta — Preciso resolver umas coisas da dança. — Está focando na dança de novo – Marcela fala. — Dança é a minha paixão – eu sorrio – quero fazer uma apresentação bem legal com as crianças. — É bom que você ocupe sua cabeça com outras coisas – Meu pai fala – fora do morro. — O senhor é bem irônico – eu falo beijando sua cabeça – está ficando cada dia mais careca, será que é os 50 anos chegando? – ele me olha. — Quem está chegando no 50 anos? — Ué, é so olhar sua identidade para ver se você nasceu a quase 50 anos atrás – ele me encara e Marcela começa a rir. — Se cuida – Marcela fala — Depois vou na Rocinha – eu falo – vou posar lá. Meu pai assente com a cabeça e eu saio, pego meu carro e vou até o meu apartamento que tinha fora do morro, se alguém tivesse me seguindo hoje, me pegaria aqui no apartamento e não dentro do morro, confesso que no começo eu fiquei com medo de ir até o morro da fé, de ser uma armadilha, mas se eu fui até lá, eu iria de novo e iria seguir o meu plano, não iria desistir agora. Jesus, seja quem você for, eu serei mais esperta que você.
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