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INVASÃO DE i********e

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Blurb

A vida de Alessandra Ferraz é movida de golpes e muitas falcatruas, ela se vê em um mundo que o interessante é ter dinheiro e poder, e para conseguir isso ela irá planejar o maior golpe de sua vida. Camila Colins será sua maior e última vítima.

De um lado uma mulher sedutora, que chama atenção por onde passa, do outro uma mulher linda, mas sua timidez a impede de usufruir de seu poder de beleza. Alessandra verá que nem tudo na vida sai com planejado, principalmente quando o coração começa a tomar a decisões.

Um romance que não é baunilha, uma dominação que não é castigo, mas uma submissa que irá se submeter.

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FASE 1 - I O início
Narrado por Alessandra   Viver na margem de uma sociedade preconceituosa é basicamente a entrada para o inferno. Ser mulher, pobre e lésbica é pedir para não estar no inferno, mas o que eu poderia fazer? Essa sou eu, minha essência, minha vida. Meu pai sempre me disse que os vencedores mais fortes, eu não entendi o que ele queria dizer, pode me julgar, mas eu só tinha sete anos. O homem que deveria ser meu herói era um malandro de esquina, vivia dando golpes em mulheres ricas, usar sua beleza e carisma para isso, e como idiotas caiam direitinho, pelo menos que é herdeiro dele, beleza, carisma e simpatia, e convênios, uma malandragem também. O Brasil é um país agradável de viver, para quem tem dinheiro e poder, é claro, esse é o meu meta, esse é o meu sonho, e como eu só sei fazer uma coisa da vida, você segue os passos do meu pai, mas dessa vez, grave ou golpe da minha vida, com o alvo ideal, com dinheiro e consequentemente com o poder. Bom, eu chamo Alessandra Costa Ferraz, tenho vinte e cinco anos, natural do Brasil, Rio de Janeiro, cidade da malandragem. Meu pai chama Caio Ferraz, tem quarenta e nove anos, já não tem o mesmo charme de antes, mas aqui ou ali ainda consegue alguma i****a para tirar dinheiro. Minha mãe faleceu quando eu tinha cinco anos, vítima de câncer de mama. Sou branco, cabelos brancos, negros, olhos claros, um metro e setenta e quatro de altura, e um corpo para parar o trânsito, isso não é modesto, é verdade, eu sei quem é bonito, sei usar essa realidade para quem eu quero, e nesse momento eu quero obter uma maneira de me aproximar da mulher. Ela é o meu alvo, ela é a minha vítima, mas será a última, com ela eu poderei orgulhar meu pai, ter uma vida que eu sempre desejarei. Meu objetivo hoje é descobrir se ela gosta de mulheres, depois disso é só sair para uma conquista.   Narrador               Camila Colins Albuquerque, jovem de vinte e dois anos, cabelos cacheados e castanhos, com um tom de pele que faz menção ao n***o de seu pai e brancura de sua mãe, uma mestiça, morena para nomear, de olhos castanhos, um metro e sessenta e nove de altura, magra, uma mulher bonita aos olhos de todos. Filha única, herdeira de uma fortuna que não pode ser enumerada. A mesma perdeu seus pais e irmão quando tinha dezesseis anos, em um acidente de carro, depois disso passou a viver sua vida de forma isolada, dedicou-se aos estudos, fez faculdade de administração. Quando completou dezoito anos passou a trabalhar na empresa de sua família, que agora é dela, que até então era presidida por seu tio André, irmão de sua mãe, o mesmo passou a ajudar a sobrinha, deixá-la ciente dos acontecimentos da rede de calçados Colins Calçados CC, essa que é a maior do Brasil e quinta maior do Mundo. Sua prima Carla, uma linda ruiva de vinte e quatro anos, estudou moda, é a designer oficial da empresa, talentosa, tanto que seus desenhos são cobiçados por outras grandes marcas, mas ela é exclusiva da CC.             Após terminar a faculdade, Camila dedicou-se exclusivamente aos negócios, entrou de cara no papel de empresária, do qual exerce com maestria, o mercado a tem, apesar da pouca idade, tornou-se respeitada no meio, esse respeito fez com que a imagem de mulher fria, calculista e sem coração se empregasse, mas ela prefere assim, deixar seu verdadeiro eu exposto não é uma opção, apenas pessoas de sua família, a senhora Marta, que chama de babá, sabem da sua fraqueza, que é a solidão, o medo, e insegurança. Por conta disso a mesma nunca teve um relacionamento sério, não abre seu coração a ninguém, ela na verdade é frágil, sensível, carente. A perda de sua família foi um golpe muito grande, nunca superou, por isso a exclusão se fez a melhor opção para ela. Festas só quando se tratam de negócios, sua cobertura de luxo de dois andares é grande o suficiente para nunca esbarrar em qualquer pessoa, assim é sua vida, uma completa solidão. Pelo menos até hoje, pois sua prima a obrigou a acompanha-la em uma festa, fazer Camila sair de sua prisão interior, conseguiu, estão na boate, o som alto, pessoas se “comendo” com a boca, drogas, bebidas, e as duas sentadas à mesa na área vip. - Vamos, Camila, se anime. - Carla, você sabe muito bem que eu nem queria vir. - Mas veio, então, por favor, mude essa cara porque aquele gatinho ali está te encarando desde a hora que chegamos. - Carla, pare com isso, eu não estou interessada. – Camila não olha para o lado. - Pare você, ele é lindo, e está vindo para cá. - O que?             Nesse momento o tal “gatinho” chega até elas. - Oi. Boa noite. - Oi, me chamo Carla, essa é minha prima, Camila, e está louca para tomar alguma coisa. - Carla! – A morena a repreende, em vão. - Não se preocupe, ela é tímida. - Bom, sobre a bebida eu posso resolver, mas sobre a timidez... Chamo-me Lucas. – Ele fala, estendendo a mão para Camila. - Oi, Lucas, prazer, Camila. - Bom eu me retiro, segurar vela não é o meu forte. - Carla, não ouse sair daqui. – Camila está evidentemente assustada e incomodada. - Calma, gatinha, eu pagarei sua bebida. – A mulher não sabe por que, mas a voz de Lucas a deixa enojada. - Viu só, Camila, está em boas mãos. – Carla fala e sai rapidamente de perto do casal. - Você é linda, sabia? – Para Lucas aquela será uma conquista fácil. - Obrigada. - O que quer beber? - Na verdade nada, estou só na Coca-Cola, eu trabalho muito cedo. - Sério? É uma pena, porque gostaria de aproveitar a noite com você. – O rapaz loiro diz se aproximando mais do que devia de Camila. - Pare. – Ela tenta o empurrar, mas ele é mais forte. - Ah, qual é, gatinha? Vamos aproveitar. - Lucas tenta beijá-la.             Camila se ver desesperada, gritar é em vão, procurou por Carla e nada, o rapaz irá beijá-la a força. Até que... - Amor, tudo bem aqui? – Uma mulher entra em cena, segurando na cintura de Camila e fazendo o homem se afastar. - Oh, sim, querida, o Lucas estava conversando. – Camila resolve entrar na atuação, nesse momento só quer se livrar do inoportuno, por isso se deixa ser abraçada pela desconhecida. - Desculpe-me, ela não me disse que estava acompanhada, e nem que é gay. – O rapaz diz, até envergonhado. - Tudo bem, vamos, amor? A mulher diz, segurando a mão de Camila e a puxando para longe. Elas se encaminham para o outro lado da área vip e ocupam outra mesa. Até que a mulher solta a mão de Camila.   Narrado por Camila   - Desculpe, eu vi que estava em apuros, a coisa que mais odeio são homens metidos a garanhão que não sabem como tratar uma mulher de verdade. – A linda mulher finalmente fala. - Oh, tu...tudo bem, eu que... que agradeço. Gaguejei, agora em um lugar com mais luminosidade pude observar a beleza da desconhecida, ela é linda, cabelos negros, olhos claros, pele branca, de um sorriso encantador e um corpo que... Céus, desde quando eu observo corpo de mulher? - Bom, como eu sou diferente dele, e sei como tratar uma mulher tão bela como você, perguntarei primeiro, você deseja beber algo? Ah, e antes que me esqueça, prazer, me chamo Alessandra, Alessandra Ferraz. Ela fala ao estender a mão, é impressão minha ou ela está flertando comigo? Pare Camila, olha para essa mulher, ela nunca irá querer algo com você, e mais, quem disse que eu quero algo com ela? - Prazer, Camila Colins. – Falo e retribuo seu aperto de mão, lançando um sorriso. - Você fica ainda mais linda sorrindo, sabia? – Ela me diz e fico sem graça, ela realmente está dando em cima de mim. - O... Obrigada, você também é muito bonita. - Nada comparado a você. E então quer beber algo? – Até a voz dela é sexy. - Eu realmente não quero, estou só na Coca-Cola, mas obrigada. - Tudo bem, então acompanharei você. - Não precisa, percebi que estava bebendo uísque. - Eu insisto, nunca deixaria uma dama bebendo sozinha. – Ela diz e me lança o mesmo sorriso sedutor de antes.             Durante alguns minutos um silêncio constrangedor se manifesta entre nós, ela insiste em beber apenas o refrigerante, o que de certa forma me agrada, ter alguém bêbado é péssimo, e uma desconhecida gostosa será pior ainda. Espera, o que? Gostosa? Eu estou reparando que ela é gostosa? - Camila... Camila... - Oh, desculpe, sim? - Você está bem? Eu te chamei e você não respondeu. - Sim, sim, eu só me perdi em pensamentos. – Pensamentos insanos sobre o quanto você é gostosa. Caramba, o que está acontecendo comigo? - Ok, e então, o que você faz da vida, quantos anos tem? - Eu sou empresária, e tenho vinte e dois anos, e você? - Ah, eu tenho vinte e cinco e sou autônoma, na verdade vivo muito viajando, minha mãe faleceu quando eu tinha cinco anos, ela era policial, então eu recebi uma boa quantia em dinheiro, quando fiz dezoito peguei e soube onde investir, assim me sustento, desses investimentos, resumindo, não preciso trabalhar, apenas ser inteligente. - E muito modesta também. – Eu falo, baixo, mas infelizmente ela me ouve. - Não ser modesta não é um defeito, reconhecer o seu valor é uma qualidade, eu sei que sou inteligente, bonita também, porque eu não iria falar em voz alta coisas que eu escuto o tempo todo? Ela diz ao me encarar com aqueles olhos maravilhoso, cheios de segurança, muito diferente de mim. - Desculpe, não quis ser inconveniente. - Não se preocupe, sua beleza me faz esquecer de qualquer coisa que seja desagradável. - Ok, Alessandra... – Preciso acabar com isso. - Só Ale se preferir. – Ela me interrompe. - Certo, Ale, você está sendo muito gentil, mas tenho que ir, minha prima sumiu e... - Seria aquela ali se agarrando com aquele cara? – Ela fala e aponta para o lado. Carla está se “comendo” com um moreno. - Oh, meu Deus, essa garota não tem jeito, é uma irresponsável mesmo. - Você tem alguma coisa contra beijos, Camila? Eu os considero uma das coisas mais agradáveis do mundo, ainda mais quando se faz com uma pessoa que sabe o fazê-lo e quando levam para a segunda fase, ah, isso é inevitavelmente tentador.             Caramba, aquele olhar. Realmente está falando de sexo? E para mim!? - Oh, não, nada contra sexo, só não acho certo ficar se agarrando com uma pessoa desconhecida em uma boate. - Então você não se agarraria comigo só por não me conhecer? - Eu... Eu... – Ela me deixa terrivelmente nervosa. - Calma, estou brincando, não que eu não gostaria de me agarrar com você, mas nunca faria isso sem sua permissão. - Eu não tenho nada contra me agarrar com você, eu só não gosto da ideia de trocar saliva com alguém que nunca vi, e provavelmente nunca mais verei. – É de fato estranho pensar em beijar outra boca de uma pessoa que não conheço. - Eu te entendo, mas para que uma simples ficada em uma festa qualquer se transforme em um relacionamento, deve haver um primeiro passo. – Ela fala se aproximando de mim no sofá. – E para que você pense em ter um segundo encontro deve haver o primeiro. – Ela está muito próxima. – Então como eu disse, nunca faria nada que não queira, portanto, essa é a hora de me parar, porque nesse momento eu quero muito te beijar, e se não me impedir  irei te mostrar que trocar saliva pode ser muito mais do que imaginou com alguém que sabe beijar.             O ego dessa mulher é altíssimo, mas ela sabe disso. Eu não sei o que eu estou fazendo, mas eu quero realmente beijá-la. Ela está olhando fixamente para meus lábios, e eu para os dela. Eu quero senti-los, e vou. Alessandra espera que eu faça algum movimento, então resolvo não resistir aos meus instintos. Coloco minha mão em sua nuca e a puxo para mim, de onde tirei essa ousadia? Não importa, seus lábios são doces, macios, perfeitos, aos poucos o simples tocar de bocas se transforma, ela coloca suas mãos em minha cintura e puxa-me ainda mais para si, estou quase em seu colo, Ale passeia sua língua por meus lábios, pedindo permissão para adentrar, eu prontamente dou. Deuses e mais Deuses! Essa mulher sabe usar a língua, isso é viciante, imagina o que ela pode fazer em outras partes do corpo? Pare Camila, você não é assim, pare com isso. Meus pensamentos pervertidos foram interrompidos. A falta de ar já se faz presente, por isso ela separa nossas bocas. - Nossa, eu sabia que você poderia ser uma delícia, mas não imaginava que seria tão viciante. Ela diz e depois beija mais uma vez meus lábios, feroz, selvagem, daqueles que melam a calcinha te deixando muito excitada. Depois de um tempo ela se afasta novamente. - Vamos sair daqui. – Seus olhos hipnotizantes me encaram. - Para onde? – O que? Eu realmente estou cogitando sair com essa desconhecida? - Não sei, para onde se sentir segura. Poderia ser meu apartamento, mas você decide. - Pode ser o meu, é aqui perto.             Ela não responde, apenas se levanta e me puxa em direção a porta. Eu devo estar louca, estou saindo da boate com uma desconhecida para t*****r. Isso é muita loucura! Saímos do lugar, pegamos um taxi, onde não paramos de nos beijar dentro do automóvel. Logo estamos em frente ao meu prédio. Essa será a noite mais louca da minha vida, e o mais incrível é: estou adorando.

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