Ela pega um pano, detergente e começa a esfregar o balcão. Duro, rápido e com movimentos precisos. Mas ela está ficando na mesma área, presa num ponto que ela está esfregando repetidamente. — Porque eu não quero pensar sobre ele ter ido embora. Porque quando vou para o hospital e sinto aquele fedor horrível de anti-séptico e entro no seu quarto, sei que ele não vai sorrir para mim, nem me abraçar, nem me chamar do seu anjo. Porque ele está lá, mas não realmente. Porque quando leio para ele, toco na sua mão e choro, acho que ele não me ouve. Se o fizesse, ele voltaria. Ele disse que não me deixaria sozinha, que não era a mamãe. Mas ele não cumpriu a promessa. Ele me abandonou como ela fez, e agora, ele não está aqui. E dói demais pensar nisso ou nele ou que os meus pais me odeiam tanto qu

