EPISODIO DOIS

1070 Words
Ele é o amigo do meu pai, o homem mais poderoso do mundo. Ele é filho de um senador, mas não e apenas isso. Ele é muito mais do que isso. Ele é dono de metade do mundo e come o restante no café da manhã. — Ai está você! Eu congelo, e aperto a mão no telefone. Será que eu ganhei o presente de aniversario que eu pedi? É claro sim. É ele. Eu posso sentir o calor do seu corpo e o cheiro da sua colônia. Um pouco almiscarada, e um pouco picante. Um pouco...errado tambem. Eu não deveria reconhecer ele pelo seu cheiro ou estar esperando por ele, ansiosamente. Eu não deveria estar com as minhas orelhas quentes e com a veia do pescoço latejante, só porque eu ouvi a sua voz. Uma voz que eu comecei a sonhar apesar de saber, que nunca poderia ser minha. Só minha. E agora, ele está atrás de mim. E isso significa que ele pode ver o meu telefone. Eu aperto o meu telefone contra o meu peito, mais logo vejo que é uma má ideia, porque agora eu estou pensando, em como seria, ter ele entre meus seio*s, e o meu coração parece que vai explodir. Minha reação vai descendo até a minha virilha, e não há nenhuma maneira de pará-la. Meus lábios se juntam, e a minha expressão fica congelada como um cervo que está preso entre o rifle e a parede. Mas, em vez de comentar sobre a sua foto no meu celular, ele dá um passo na frente do meu balanço, ficando na minha frente como uma por*ra de um deus. Ele parece uma estátua de Adonis com o seu olhar frio. Eles o chamam de Brian Weaver filho. Que é o segundo nome de Nate, por sinal, um dos mais procurados advogados de todo o mundo. Ele é Nate, apenas para poucas pessoas. Eu nunca conheci o gelado doutor Brian que todos falam. Para mim, ele sempre foi o tio Nate. Bem, era. Por que não é assim que eu quero mais. Nate. Eu me repreendo. É Nate. – Não se preocupe. Eu não vou espiar as suas conversas com seu namorado. Meu coração bate tão forte que parece que vai explodir no meu peito. Eu sinto que vou vomitar, ou desmaiar ou talvez ambos. Claro que não tem a ver com sua presença, quando eu pensei que ele não iria vir, é mais sobre o que ele disse. O namorado. Tipo, ele quer dizer que é meu namorado, pois eu estava olhando para ele. Bem, isso não é exatamente o que ele quis dizer, mas no meu cérebro, foi. Eu inclino a minha cabeça para trás para ver ele inteiro. Embora eu duvido que haja qualquer quadro de imagem que ele possa caber. Quanto mais velha eu fico, mais consciente eu me torno da sua imponente presença, o personagem silencioso que fala através de ações mais do que palavras. Eu também já começo a ver por que ele é o parceiro perfeito para o meu Pai. Eles são iguais na forma, mas Nate é ainda mais difícil de ler. Devido à sua rígida atitude, eu tenho que ser mais cuidadosa em decifrar qualquer alteração em suas expressões faciais. É branco agora, o que poderia significar um monte de coisas. Ele está com raiva? Desaprovando? Ou talvez ele esteja apenas indiferente, como ele e na maioria do tempo. Eu não consigo parar de olhar para ele, estudando, analisando o seu rosto, como se eu não visse ele há muito tempo. Eu estou gravando tudo na minha memória, como ele enche o seu terno perfeitamente ou como ele parece majestoso nele. Eu não posso parar de olhar para suas espessas sobrancelhas e cílios, a leve barba cerrada cobrindo sua mandíbula, e como alguns fios do seu cabelo loiro escuro que beija a testa dele com cada rajada de vento. E por um pequeno momento, eu desejo ser o vento. Mas o que eu realmente não consigo parar de olhar, são os seus olhos escuros que parecem quase pret*os agora. Os olhos têm uma linguagem própria que eu nunca consigo entender, por mais que eu tente. Um idioma que eu estive tentando desesperadamente falar por um tempo. Eu aperto o telefone mais forte contra o peito, tentando encontrar a coragem que eu preciso. — Eu não tenho um namorado. Finalmente eu digo. — Uma coisa a menos para o Rei se preocupar. Ele responde secamente. Eu mordo meu lábio inferior, incapaz de esconder a decepção em como ele descaradamente ignora minha declaração e empurra tudo para o meu Pai. Nate não é o tipo de homem que qualquer pessoa gosta e eu não sou exceção. Eu esperei pelo meu aniversário de dezoito anos, para gritar que eu sou uma mulher agora. Que eu quero que ele me veja como uma. É provavelmente por isso que eu pergunto para ele. — Você acha que eu deveria ter um namorado? — Esse não é o meu négocio, garota. — Eu...eu não sou uma garota. Seus lábios se contorcer. — Você se parece com uma. Por*ra. Eu sabia que ele ainda pensava em mim como se eu fosse uma menina. Ele não percebe que eu cresci? E que estou olhando para ele? — Eu estou fazendo disso o seu negócio. Eu insisto. —Então, o que você acha? —Sobre? — Devo ter um namorado? —Não. Meu coração quase rasga a minha caixa torácica e salta para dançar. Ele disse que eu não deveria ter um namorado. Isso não pode ter um sentido, certo? — Por que não? Eu tento soar normal, mas eu não posso controlar o tremor no final. — O rei não iria gostar. Oh. Então voltamos para o meu pai novamente. — E você? — Eu? — Você gostaria que eu tivesse um namorado? Ele faz uma pausa, em seguida, diz. — Gostaria de ser neutro. Direto. É claro, que ele ia dizer algo assim. Por que o rei da selva vai olha na direção de um filhote quando ele tem inúmeras leoas ao seu lado? Eu sinto um aperto no meu peito, com esse pensamento. Esse seria o momento perfeito para me encher com sorvete de baunilha ou um milkshake enquanto eu me escondo no armário. — Feliz aniversário, Candy. Ele pega no seu bolso uma pequena caixa azul e joga para mim.
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