Mago narrando Assim que cheguei no posto com o chefe desacordado no banco de trás, eu já pulei pra fora do carro e gritei pra todo mundo ouvir. — Rápido, car.alho! — berrei, quase rasgando a garganta. — Traz maca, traz tudo! Ele tá perdendo muito sangue, por.ra! As enfermeiras correram, os médicos apareceram meio atordoados, e eu fiquei ali, parado, sem saber se ajudava ou se saía do caminho. Só conseguia ver o corpo dele sendo levado, a roupa toda ensanguentada, o rosto branco, e aquilo me dava uma sensação horrível. Eu já tinha visto morte demais, mas o chefe? Não. O chefe não podia ser mais um corpo coberto por um lençol branco. — Fica aqui, e qualquer policial que tentar entrar, você mete bala, tá me ouvindo? — falei pro vapor que tinha vindo comigo, segurando firme no ombro dele.

