Capitulo 1
Ando pelos corredores da escola, estou indo para o refeitório. Tive aulas extremamente chatas. Ao meu lado está minha amiga Bree e o irmão mais velho dela Marcos. Sentamos em uma mesa e começamos a comer nosso lanche.
–Falta pouco para o ano letivo acabar, vocês tem idéia de que curso vão fazer?– Pergunto para termos algum assunto.
–Eu e Bree vamos para uma academia de heróis– Responde Marcos comendo seu Hambúrguer.
–O problema é saber para qual vamos, há muitas academias de heróis aqui em Los Angeles, é difícil escolher uma– Bree completa.– você Thamy? Sempre soubemos que quer ser heroína, mas vai para qual academia?
–Não sei.– Respondo enquanto coloco uma batata frita na boca.– Mas não é como se importasse muito. Não importa a escola e sim o herói.
Continuamos a conversar sobre os planos para o futuro. Marcos e Bree sabiam exatamente o que queria e quando queria, tinham planos de vida cuidadosamente planejado. Já eu, nunca fui de criar planos, sempre da algo errado.
–Vocês não me esperaram.– fala Yuki, meu irmão gêmeo ao sentar do meu lado.
–Você é muito lerdo, não tenho culpa– Respondo por Bree e Marcos, os mesmos só deram uma leve risada.
Yuki e eu somos gêmeos, mas somos iguais apenas na aparência e alto QI o que é normal na nossa família. No resto somos completamente diferente, ele é mais emotivo e eu sou mais controlada com os sentimento.
–Não tem como comer isso. A carne está muito fria, o pão está duro e a batata frita tem muito olho– Fala uma garota que eu desconheço, ela está a algumas mesas trás de mim, percebi que ela sempre reclama de tudo– Meu pai não paga um absurdo a essa escola para não termos nem comida decente.
Reviro os olhos, essa garota me irrita. A observo atentamente. Ela continua a reclamar e reclamar.
–Vou calar a boca dela.– Falo já sem paciência.
–Irmã, não faça nada– Meu irmão coloca a mão em meu ombro.
–Vai lá garota, explode a cara dela– Marcos da um sorriso me incentivando, Bree bate no mesmo.
Dou um sorriso demoníaco e retiro uma pena das minhas asas, meu irmão tenta pegar a pena cinza de minhas mãos, mas eu a solto e a faço flutuar até a mesa da garota.
–Takashi Thamy, não se atreva a...– Meu irmão tenta me impedir
–EXPLODA!– Grito fazendo minha pena explodir
Olho para a garota que estava caída no chão com o rosto coberto de comida, a mesa começa a pegar fogo, mas Bree usa sua individualidade para jogar água na mesa assim apagando o fogo.
Não preciso dizer que eu fui parar na diretoria, não é mesmo? Mas valeu muito a pena.
Já na volta para casa meu irmão ficou falando que meu ato foi imprudente e que eu poderia ter ferido outras pessoas, eu quase me joguei do carro em movimento.
Sai praticamente correndo do carro assim que o motorista estacionou próximo da garagem.
Entrei em saca sendo seguida pelo meu irmão. Ele não reclamava mais, isso é bom.
–Takashi Thamy, precisamos conversar mocinha– Minha mãe surgiu do nada, sua cara não era nada boa, o que me deixou um pouco preocupado. –Yuki, você pode subir, mas desça logo, o almoço será servido daqui a pouco.
Meu irmão apenas confirmou com a cabeça e subiu escada a cima. Eu segui minha mãe até o escritório dela, onde ela praticamente morava, depois que meu pai morreu em uma luta contra um vilão, minha mãe teve que administrar as empresas, com ajuda dos meus irmão mais velhos, que também são gêmeos.
O escritório da mãe é grande e espaçoso, tem uma mesa com a cadeira dela e mais duas para quem quer que ela esteja conversando, neste caso eu. Tem um grande sofá perto da parede ao lado de uma grande janela que tem vista para o jardim, um tapete grande e peludo no meio da sala, algumas estantes com livro entre outras coisas.
–Soube o que você fez hoje. Thamy, essa já é a terceira reclamação que eu recebi essa semana. E hoje é terça feira.
Não falo nada, apenas escuto minha mãe, aprendi que não posso argumentar contra ela ou ficaríamos o dia nesse impasse.
–Mas esse não é o motivo de ter te chamado aqui– ela suspira e eu levanto uma sobrancelha. –Eu andei falando com seus irmãos mais velhos, eles concordaram em você e Yuki morarem com eles, assim vocês podem estudar na mesma escola em que toda família Takashi estudou. A U.A, a melhor academia de heróis do Japão.
Isso não me surpreende, várias gerações da minha família estudaram na U.A, porque seria diferente comigo e meu irmão?
–Tudo bem, tanto faz. Não importa a escola e sim o herói. Mas por que meu irmão não está aqui? – Perguntei entediada, acho que Yuki deveria está aqui também.
–Ele já sabe– levanto uma sobrancelha surpresa, como ele soube primeiro que eu? –Para ser sincera, achei que seria mais difícil.
–Essa é a visão que você tem de mim? A garota revoltada que explode ou esmaga tudo- falo séria, minha mãe me olha séria. Eu levanto e caminho até a porta.
–Thamy, cuide do seu irmão quando estiverem fora. Ele ainda não se recuperou do... –ela fala preocupada, mas eu interrompo seu discurso
–Eu sempre cuido dele. Não é como se fizesse diferença está aqui ou no Japão. –Falo sem olha para ela e saio dá sala indo para meu quarto.
Já no meu quarto, coloco minha mochila em uma poltrona, retiro meu uniforme, coloco um roupão de banho e vou para o banheiro. Ligo a água e deixo a banheira enchendo, volto para o quarto, me sento em uma das poltronas e espero a banheira encher.
Já de banho tomado e vestindo meu pijama, me jogo na cama, no criado mudo, pego o controle da TV e coloco em um filme aleatório.
Não desci para o almoço, muito menos para o jantar, estava concentrada em estudar para as provas, não que eu precise estudar. Por isso uma empregada veio deixar minhas refeições aqui no quarto. E sim, passei o dia de pijama, já que não sai do quarto.
Estava sentada na cama jogando alguns jogos, passei a maior parte do tempo estudando, então decidi "senta o aço" nem que seja por meios de jogos.
Vejo a porta do meu quarto se abrir, olho e vejo meu irmão, olho as horas em meu celular que estava ao meu lado, são 00:09 as horas passaram rápido. Desligo a o jogo e guardo os controles.
–Teve outro pesadelo? – pergunto o óbvio.
Há um mês, meu irmão e a ex namorada foram sequestrados por vilões que queriam a grana da minha família. Meu irmão ficou desaparecido por quase uma semana, minha mãe teve que fazer uma troca, 25 milhões pela vida dos dois. Apenas 25 milhões não seria nada para a família Takashi, minha mãe não pensou duas vezes antes de sacar o dinheiro e ir ao local de troca –com super heróis com ela claro– meu irmão saio vivo, mas algo deu errado e a namorada dele foi assassinada.
–Sonhei com a morte dela de novo– responde.
Chamo ele fazendo movimentos com a mão, logo ele deita na cama junto comigo, ao meu lado.
–Por quê? Não poderia ter sido eu no lugar dela? – meu irmão começa a chorar.
Se fosse por outros motivos, eu daria um soco e o mandava crescer, só que não posso nessa ocasião. Puxo meu irmão para ficar por cima de mim, com a cabeça apoiada em meus s***s. Passo uma mão ao redor de seu corpo, com a outra acaricio seu cabelo.
Não falo nada, até porque não sou boa com as palavras, eu posso muito bem piorar a situação. Sinto as lágrimas do meu irmão molhando meu pijama. Dou um beijo no topo da cabeça dele, ficamos assim a noite toda.
Acordo com meu irmão ainda por cima de mim, desgrudo do abraço dele e coloco um travesseiro no meu lugar, acaricio o cabelo do meu irmão, dou um beijo na testa dele e enfim levanto.
Ainda é bem cedo, posso deixá-lo dormir por um tempo. Pego meu roupão de banho e vou para o banheiro, ao contrário de ontem, não tomo banho demorado de banheira, apenas um banho rápido. Coloco uma toalha em meu cabelo e dou um nó em meu roupão. Escovo meus dentes. Saio do banheiro e vejo que Yuki ainda dormia. Vou para meu closet.
Difícil escolher algo em meio tantas opções, coloco um vestido preto sem detalhes ou estampa, não longo nem curto, coloco uma bota preta que vai até a cima do joelho, por último minhas luvas também pretas.
Sento em frente à penteadeira, retiro a toalha de meu cabelo. Escovo meu cabelo e os deixo solto, coisa que raramente faço. Gosto de deixá-lo solto quando uso roupas pretas, destaca a coloração platinada de meu cabelo.
Volto para o quarto, me sento no sofá e pego um livro em cima da mesa de centro e começo a ler.
Meu quarto não é muito grande, tem apenas minha cama que é de casal, um sofá, duas poltrona, mesa de centro, uma mesa para estudos um pouco grande, já que tinha que caber meu caderno, livros e ainda meu computador, acima da mesa de estudos está uma prateleira com os livros da escola. No meio do quarto tem um tapete grande e peludo, onde eu gosto de deitar e ler, tem a porta do meu banheiro e closet. A decoração é toda em Branco, preto e alguns detalhes em vermelho. Pode parecer grande, mas o do Yukine é bem maior.
Falando no Yukine, acho que ele está tendo outro pesadelo, já que está se mexendo mais que o normal. Fecho meu livro, levanto e vou até ele
–Yuki? – chamo baixinho assim que cheguei perto da cama– Yukine? Está acordado?
Sento na cama ao lado dele, o mesmo já está acordado, ele colocou a cabeça em minha coxa, eu não estava brincando quando disse que ele é emotivo de mais, o observo e vejo uma lágrima cair.
–Outro pesadelo? – pergunto a mesma coisa de ontem a noite
–Não, foi o contrário, foi um sonho lindo- suspiro com a resposta. Começo a fazer carinho no cabelo dele, peguei esse hábito depois que a Ivy, ex do meu irmão morreu.
–Se foi um sonho lindo, porque choras? – pergunto
–Choro porque sei que nunca vai se realizar– fiquei sem palavras.
Ver meu irmão assim me deixa desconfortável, ano passado perdemos nosso pai, e á algumas semanas ele perdeu a namorada.
–Sabe, eu aceitei ir para o Japão sem brigar ou discutir com a mamãe– meu irmão me olha surpreso. – Eu amo morar aqui. Mas você só vai se eu for, esse lugar não te faz tão bem como antes. Você se sente sufocado, cada lugar, tanto dessa casa como da cidade te faz lembrar dela. Acho que ir para o Japão será bom para você.
–How quem é você? O que fez com minha irmã? – Ele fala divertido
–Cala a boca, seu figurante de merda– falo séria
–Aqui está ela, acho melhor eu ir para meu quarto, já tomei muito do seu tempo. Te devo uma!– ele fala levantando e enxugando o rosto.
–Você me deve bem mais que uma. – respondo e ele sai do quarto.
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Duas semanas se passaram voando, a semana de provas foi tranquila, como esperado eu e meu irmão obtivemos notas máximas. O que não tem nada anormal.
Quando me dei conta já estava com as malas pontas, arrumando a pequena bolsa que levarei junto comigo colocando apenas o essencial, usando minha individualidade toquei em minhas roupas e acessórios deixando do tamanho de roupas e acessórios de bonecas, assim caberia mais coisas em minha mala.
Também ajudo meu irmão com minha individualidade, o fiz prometer que ele faria as coisas voltarem ao tamanho normal quando estivermos no Japão.
Sobre as nossas individualidades, minha família contem individualidade que passam de geração em geração, todos os Takashi tem asas com penas que explodem e uma força monstruosa. Nossas asas ficam escondidas e só aparece quando precisamos, sabe as "Winx" então e tipo isso, só que as asas parecem de um pássaro de grande porte e sem o show de luzes, só desaparecem e aparece quando queremos. Mas não levo as asas e a força como individualidade, já que nascemos as tendo, considero individualidade o poder que ganhamos com quatro ou cinco anos. Eu consigo deixa as coisas pequenas quando as toco, já meu irmão é o contrário, ele deixa as coisas maiores. Não controlamos direito, então nos usamos luvas.
Teve uma vez que eu tinha ido para escola sem meu irmão, ele teve que ir ao médico. Toquei sem querer na professora quando estava sem luvas, a transformei em uma criança de uns 5 anos, como meu irmão não estava tivemos que esperar o efeito do individualidade passar, ela ficou como criança por três horas.
Nossa mãe disse que é bem perigoso usar nossas individualidades em humanos, então evitamos o máximo possível ficar sem luvas.