2— Fiquem a vontade, vamos sentando – Raul fala – Estou feliz por essa noite, tenho certeza que essa união irá nos trazer muitos frutos.
— Eu concordo – Meu pai fala – E Vicente também, não é mesmo?
— Claro – eu falo aceitando a taça de vinho que uma moça muito sorridente e delicada oferece – Será um grande avanço para as empresas.
— Maya está um pouco assustada com a ideia do casamento, mas tenho certeza de que quando se conhecerem, vocês vão se dar muito bem. – Raul fala.
— Sua filha é uma jovem muito bonita, já vi ela em alguns chás beneficentes – Minha mãe fala – Será uma ótima esposa e uma nora espetacular.
— E quem sabe mais para frente não vem os netos – Meu pai fala rindo e eu o encaro com um olhar de desaprovação.
Todo mundo aqui sabe que esse casamento é por contrato para unir duas empresas, para que ninguém saia perdendo, não existe a possibilidade de filhos ou até mesmo um relacionamento saudável entre nós dois, seria algo que seria apenas por contrato e para alimentar os olhares dos curiosos.
Olho para escada e vejo aquela moça descendo por ela, com um vestido azul que marcava seu corpo, não poderia se negar que ela era bonita, os seus cabelos negros batendo na altura da b***a, os seus olhos castanhos que destaca em sua pele clara, ela nos encara.
— Deixa eu apresentar a minha filha – Raul fala se aproximando dela – Essa é a Maya – ele pega na mão dela e eles vem mais perto de nós – Esse é Raul e Sara os seus futuros sogros e esse é Vicente Miller.
Ela para na minha frente me olhando de cima á baixo, o seu olhar era penetrante e eu a encaro.
— Boa noite Senhorita Maya – Eu falo dando um belo sorriso para ela.
— Acredito que não seja um boa noite para ninguém aqui – Ela responde e eu arqueio a sobrancelha para ela, ela encara o seu pai que o encara com raiva escancarado em seu rosto.
— Acredito que os dois vão ter muito o que conversar essa noite – Meu pai fala – Por que você não nos mostra Raul o lindo jardim de sua falecida mulher e deixamos eles conversarem?
— Para que? – Ela pergunta – Esse casamento é um contrato, precisamos apenas sorrir enquanto estiver com outras pessoas, não é mesmo? Acredito que você não queira casar comigo e eu muito menos com você, então não sei por que toda essa cerimonia, é só dizer sim em frente as câmeras, tirar fotos bonitas em uma falsa lua de mel. Não é mesmo papai? – ela encara ele.
— O seu humor é uma graça minha filha – o pai dela fala.
— Então vamos jantar para que isso acabe logo de uma vez – ela fala se dirigindo a sala de jantar.
O pai dela, o meu pai e a minha mãe ficam totalmente sem reação e eu apenas respiro fundo vendo que esse casamento seria a maior furada da minha vida.