Rayssa . . . Sinto um incômodo chato na minha barriga, que me faz gemer baixinho de dor. É uma sensação estranha, como se tivessem mexido por dentro de mim, como se algo tivesse sido remexido de forma violenta. Abro os olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade. Viro o rosto pro lado e vejo a bolsa de soro pendurada. Então tudo volta num flash: o sequestro, os tapas, os gritos, e meu pai me trazendo desesperado para o hospital. Levo a mão até minha barriga. Ainda sinto o volume dela, graças a Deus. Mas tem um curativo. Tento me levantar, mas falho miseravelmente. Uma dor insuportável me derruba de volta no colchão, me fazendo gemer de novo. Nisso, a porta se abre devagar e minha mãe entra. O rosto dela denuncia o que tá por dentro: preocupação, cansaço, culpa. E eu me sinto m*l

