cap 01 sou teu padrinho
Rayssa . . .
Rayssa: Ô, manhê, olha só a Rafaela me enchendo o saco aqui, cara! – gritei, me levantando da cadeira de praia, já que eu tava pegando uma marquinha bem gostosinha aqui na laje de casa.
Rafaela é minha irmã mais nova, tem 3 anos. Ô bichinha chata, viu? Adora comer o juízo que eu já nem tenho. Igualzinha à Dona Andressa, vulgo minha mãe, minha melhor amiga e meu amor todinho. E chata pra c*****o? É, pra c****e. Mas eu amo demais e não vivo sem!
Rafaela: Vai tomar no cu, pilantra! – falou tudo errado mais que deu pra entender, ela saiu correndo pra dentro de casa, gritando pela minha mãe.
Tô te falando, essa garota não presta, cara. Meu pai e minha mãe que lutem, porque quando crescer vai ser terrível. Essa daí é a própria secretária do capeta, mermão. Sabe fazer o inferno todinho na sua vida.
Já falei com minha mãe pra parar de xingar perto dela, mas tu acha que ela escuta? Porque ela não! Paga de Kátia e fala que isso é coisa de criança, que já já ela para. Ram... ela que pensa.
Aumentei a caixinha de som no último volume e coloquei o óculos de sol na cara. Sabadou desses e eu aqui já retocando a marquinha pra mais tarde, que hoje tem bailezim com as colegas. Meu marido Retzinho vai brotar hoje no baile, e a mãe tem que tá gostosa, né? Vai que rola uma oportunidade, não posso desperdiçar, garota.
Rayssa : Viciante tipo a droga mais pura, mistura de fofura com p*****a na cara dura, questão de honra te quebrar na cama, te deixar nua de corpo e alma, não é marra, é postura...
Cantei enquanto passava minha misturinha de água, sal grosso e soro fisiológico no corpo. Isso aqui salva vidas. Amo demais pegar marquinha com essa mistura, pega melhor do que não sei o quê. Arde pra c*****o, mas vale super a pena no final. Coloquei o pote com a mistura em cima do tijolo e deitei virada, com a b***a pro alto. Tô muito branca, preciso de uma corzinha, que isso.
Fechei os olhos e fiquei cantando baixinho a parte da Poesia Acústica do meu maridinho, vulgo Xamã. Amo demais esse homem, cara. Tô doida pra chegar logo novembro, ele vai vim no baile de comemoração ao aniversário do dono daqui, que é meu padrinho de consideração .
Falando nele, avistei meu pai e ele descendo o morro, e já dei logo um sorrisão. Sempre fui apaixonadinha no meu padrinho, desde que eu tinha uns seis anos, ou menos. Óbvio que nunca rolou e nem vai rolar nada — até porque ele é meu padrinho e nunca vai me olhar com outros olhos — mas isso não me impede de gostar dele e ficar desejando de longe.
Se pá, meu maior sonho é sentar pra aquele homem, mas ele e meu pai são como irmãos. Fora que ele é casado, não tem filhos, mas é compromissado... e meu padrinho.
Meu pai tava conversando com ele sobre não sei o quê. Por onde passavam, as pessoas falavam com eles. O que um fuzil não faz, né? Meu pai tava com o dele atravessado nas costas. Meu padrinho também tava com o dele — dourado, todo de ouro. Acho lindo, principalmente porque tem o vulgo dele bem grande escrito com umas pedrinhas de diamante.
Meu pai é braço direito do meu padrinho. Minha mãe não gosta nada disso, mas fazer o quê? Já conheceu ele nessa vida, teve que aceitar assim mesmo.
Acenei pro meu pai, que acenou de volta e me chamou com o dedo. Larguei tudo e fui correndo lá pra baixo do jeito que estava. Meu pai me olhou feio assim que viu o que eu tava vestindo, mas nem liguei. É só um biquíni, cara, dá em nada não.
Ricardo: Rayssa, tá malucona tu? Fica andando assim por aí, garota? Vai colocar uma roupa! – revirei os olhos, rindo debochada, e ele me deu um tapa na testa, mas nem doeu. – Cadê tua mãe e tua irmã?
Rayssa: Lá dentro. – Apontei pra casa e ele assentiu, entrando. Meu padrinho tava mexendo no celular, respondendo alguém por áudio. Acho que era a nojenta da mulher dele.
Mulher não me desce. E nem é só porque eu gosto dele — é porque ela é nojenta mesmo. Não gosta de mim e nem da minha mãe, e a gente nem sabe por quê. Vive vindo aqui atentar nosso juízo, tomar no cu. Já passei a visão pra ela: o dia que eu me embucetar de verdade, vou pegar ela no p*u e não vai ter Tito nem ninguém.
Rayssa: Fala mais com tua afilhada não, Marlon? – chamei pelo nome só pra provocar. Ele odeia e fica boladão, mas eu gosto dele assim, bem putinho mesmo.
Tito: Falo não, abusada! – revirei os olhos rindo e ele me abraçou, beijando minha cabeça. – Tá toda bonitona, hein? Tu não era assim, cara. Cadê a vara p*u que eu conheci? – falou me analisando, mas nem foi na maldade, tá ligado? Queria eu que fosse, né...
Rayssa: Sempre fui, você que nunca notou. – Joguei essa e ele riu, negando. No fundo ele sabe que eu sou apaixonadinha nele, só se faz de Kátia pra não perder a postura. – Minha mãe tá fazendo almoço lá dentro. Lasanha de frango.
Tito: Opa, vou brotar já. Só vou pegar a mulher lá em casa, já é? – ele coçou a cabeça e eu revirei os olhos. Ele sabe muito bem que eu não gosto dela e fica de graça, i****a demais. – Faz essa cara não, fica mais feia ainda, pô.
Rayssa: Tomar no teu cu, vai, Marlon. – Virei as costas pra ele e saí rebolando, mas o ridículo puxou meu braço me trazendo de volta. – Qual foi?
Tito: Mais respeito com teu padrinho, hein, mandada do c*****o! – me deu um tapa na testa e eu retribuí com um tapa forte no braço dele, mas logo saí correndo pra dentro de casa.
Subi correndo pro meu quarto e tranquei a porta. Acho que minha calcinha tá molhada... vou precisar me aliviar. Impossível também não ficar com um t***o de um homem desses a poucos metros de mim. Que isso... ser gostoso assim deveria ser pecado, cara.