Tito . . . Quando eu digo que sei tudo o que acontece na minha favela, é porque eu sei. Nada passa batido. Eu tenho 35 anos na cara, quase 15 no crime, e tu acha mesmo que eu não percebo quando estão vacilando comigo? O bagulho era só que eu não tinha certeza. Era só uma desconfiança, e eu não podia sair matando o cara sem estar certo de nada. Por isso deixei que o filho da p**a se entregasse sozinho, porque não tem jeito: quando a pessoa é burra o suficiente pra tentar me passar a perna, ela também é burra o suficiente pra se entregar. Fui no morro do Preventório já com a intenção de buscar mais aliados. Não ia fazer o bagulho de qualquer jeito. Não queria colocar a vida da Rayssa em risco, muito menos a da minha família. Eu sabia que, se saísse da favela, o cara ia agir pelas minhas c

