Prólogo
— Para Lindsay, a maior de todas as vagabundas que eu conheço!— minha melhor amiga Carrie grita, segurando seu drink de morangos silvestres.
— v*******a, parabéns por ter conseguido a conta Sealion. A maioria da empresa queria, mas você, e só você, conseguiu — diz Madonna, outra amiga e colega de trabalho.
— Obrigada. É a minha maior conta até hoje, e sinto que é apenas o trampolim para coisas maiores— Com apenas dois anos na Melissa Corporation , percebo que ainda tenho muito terreno a percorrer, mas espero um dia ser a pessoa certa no mundo da publicidade de Seattle. Tomo um gole rápido da minha bebida e noto um cara olhando para mim do bar.
— Parece que alguém tem um admirador— Madonna sussurra, mas alto o suficiente para Carrie ouvir.
— m***a. Esse é um admirador que você não se importaria de ter — Carrie diz enquanto eu torço o nariz em confusão. — Lindsay, esse é George Vedder, um dos empresários mais bem sucedidos do mundo. Ele também é um dos solteiros mais gostosos. Você pode ficar online e ver com quem ele está trepando. Dizem as boas línguas que ele é mais habilidoso no quarto do que na sala de reuniões.
— f**a-se— Madonna murmura, mordendo o canudo.
— Madonna, você está babando— eu rio. — Eu admito que o cara parece bonitinho...
— Cachorrinhos são bonitinhos — Carrie zomba. — George Vedder é um deus do s**o. O senhor disse do p*u rosa, o homem que causa nuvens por onde passa por que a calcinha úmida das mulheres que o cercam ficam tão quentes que evaporam, olhe ao redor, você nota a fumaça, incluindo a minha, só queria sentar nesse macho uma única vez.
— Carrie— eu gemo, batendo minha mão no meu rosto.
— A minha também, amiga!— Madonna geme tão alto que as pessoas ao nosso redor se voltam.
— Não olhe agora, mas ele está vindo para cá— Carrie sussurra.
Com certeza George Vedder está caminhando em nossa direção. Vestido com uma camisa preta, jeans e uma jaqueta de couro, ele parece ter acabado de sair de uma revista de moda. A curva de seus lábios me faz pensar que ele sabe que estava sendo admirado e adora isso.
— Oi— ele nos diz. — Eu estava sentado no bar e não conseguia tirar os olhos de você— Eu percebo que tanto Carrie quanto Madonna estão olhando para mim. Finalmente me dou conta de que ele está falando comigo. Tento suspirar e começo a falar sem parecer tímida.
— Você não conseguia tirar os olhos de mim, hein? Para quantas mulheres você diz isso?— pergunto na esperança de deixá-lo saber que não estou interessada, mas ele apenas sorri.
— Você está pensando que eu sou um daqueles babacas que usam frases prontas, mas não isso. Eu sou um homem que aprecia a beleza ao seu redor, o que no momento é você. Eu não estou pedindo seu número ou para conseguir um quarto. Eu só quero pagar bebidas para você e suas amigas. Qual é o m*l nisso? A menos que... — Ele se interrompe.
— A menos que o quê?— sibilo.
— A menos que você esteja com medo de se apaixonar por mim depois de uma bebida... Vai que uma gota de álcool te dá a coragem necessária.
— Eu lhe asseguro que não é o caso. Eu não estou procurando por amor ou sexo...
— Lindsay, vamos lá e deixa o cara nos pagar uma bebida— Carrie diz enquanto Madonna acena com entusiasmo.
— Ah, Lindsay, que nome lindo para uma mulher gostosa — o Sr. Pomposo me encara e sorri.
— E eu sou Madonna, e esta é Carrie— Madonna diz a ele. — Sente-se e junte-se a nós!
— Uau. Ele só queria nos pagar bebidas. Ninguém disse nada sobre ele se juntar a nós— Eu zombo dos meus amigos que estão me olhando com olhos de cachorrinho. — Não vai funcionar— Eles transformam as coisas colocando seus lábios para fora em beicinhos. — Tudo bem. Você pode sentar com a gente, mas a primeira vez que você sair da linha, você será convidado a nos deixar em paz.
Uma vez que nossas bebidas estão na mesa, eu resolvo beber a minha o mais rápido que puder para que George Vedder possa se afastar de nossa mesa e de nós. Carrie e Madonna estão de olho em dois caras na pista de dança, enquanto George não tira os olhos de mim.
— Lindsay, nós vamos dançar. Vem com a gente— Carrie diz, levantando-se e pegando minha mão.
— Não, obrigada. Vou terminar minha bebida. Vão vocês, e se divirtam... — Ela e Madonna saltam da mesa para a pista de dança, onde logo estão rebolando ao som da música.
— Você poderia parar de olhar para mim— eu assobio para George. Ele ri sobre sua bebida. — Porque é que isso é engraçado?
— Como você sabe que eu estou olhando para você? Talvez seja você quem está olhando para mim. Por que você não foi lá e dançou com suas amigas? Está apreciando a minha presença?
— Eu não sou muito de dançar, e sua presença é insignificante.
— Eu não acredito nisso. Acho que você ficou para trás porque não queria ficar longe de mim — O bastardo arrogante realmente pensa que eu quero algo com ele.
— Você é tão seguro de si mesmo, hein?— eu zombo. Ele inclina a cabeça e lambe os lábios. Um pequeno pedaço de eletricidade ocorre entre minhas pernas. Entendo pela primeira vez o que as nuvens Vedder significam.
— Eu sou simplesmente um homem que vê uma mulher que está interessada em mim tanto quanto eu estou interessado nela— ele dá de ombros enquanto eu dou mais um golinho de leve na minha bebida. — Diga-me que você não está excitada agora?
— Eu não estou excitada agora— Pelo menos não muito.
— Eu não acredito em você. Você está se mexendo um pouco na cadeira, o que me leva a pensar que você está com o mesmo desejo que eu sinto. Não é nada para se envergonhar.
— Sr. Vedder, eu temo que você está muito m*l com a leitura do meu corpo. Eu não estou excitada por você, não tenho culpa que você está sentindo isso por mim — Ele está prestes a abrir a boca quando Carrie e Madonna voltam para a mesa.
— Lindsay, você vem com a gente?— Madonna pergunta.
— Claro, mas por que você parece estar com pressa?— Ela olha por cima do ombro para a pista de dança onde Lance, um de seus ex, está dançando com uma ruiva seminua. — Ah. Sim! Vamos embora agora — Pego minha bolsa e pulo do banco. — Sr. Vedder, espero que tenha um bom resto de noite e obrigada pela bebida.
— Você também— ele sorri.
— Sobre o que você e George conversaram?— Carrie me pergunta assim que saímos do clube.
— Nada interessante— eu respondo, percebendo o olhar que meus dois melhores amigos trocam. — O que?
— Carrie e eu vimos como ele estava olhando para você. O cara estava praticamente te despindo com os olhos. Ele estava claramente interessado em você— diz Madonna. — Você deveria ter dado a ele seu número, ou pedido o dele.
— E por que eu faria isso?— dou de ombros.
— Porque você precisa de pelo menos um o*****o que não seja alimentado por um vibrador — Carrie ri. — Você não faz s**o desde que você e Hastings terminaram.
O Hastings é um b****a e também meu ex-namorado com quem namorei por três anos, o único cara com quem já dormi.
— Eu não sou o tipo de garota que tem encontros aleatórios com caras. Eu sou aquela que só fica dá para alguém quando eu estou namorando, o que não é algo que eu estou querendo no momento. Quanto ao comentário sobre o meu lindo vibrador, não há nada de errado em liberar minha frustração reprimida com ele, ele é grande, gostoso e sabe como eu gosto, todas as vezes eu g**o, o que nem mesmo Hastings era capaz de fazer— Paramos na calçada e começamos a chamar um táxi.
— A Lindsay tem razão— Madonna diz. — Pelo menos você não precisa se preocupar com um vibrador deixando o assento do vaso para cima ou traindo você com alguém que mora no mesmo andar que você e te olha com empáfia.
— Sinto muito que você teve que ver Lance e aquela garota. Ele estava completamente louco por trair você. Um dia ele vai acordar e perceber que cometeu um erro ao deixar você ir. E você vai estar curada, e não vai ligar pra isso.
— Certo— Carrie acena com a cabeça. — Eu não tenho certeza se vamos conseguir um táxi. Madonna, levante um pouco a saia e mostre a perna.
— Hum... não. Por que você não abaixa sua blusa para que um motorista de táxi possa ver seu decote? Olha essas t***s, capaz de irmos de graça.
— O motorista poderia estar tão distraído que iria bater, e eu não quero isso— o frio está intenso naquela hora da madrugada, nós três então nos abraçamos em um esforço para nos mantermos aquecidas. — Eu deveria ter usado uma blusa mais quentinha.
— Senhoras, vocês precisam de uma carona?— pergunta uma voz que eu esperava nunca mais ouvir. Nós giramos ao redor e vemos George.
— Sim— Carrie e Madonna deixam escapar, mas eu balancei a cabeça repetidamente.
— Não— eu respondo. — Estamos esperando um táxi!
— Você pode esperar por horas, às três da manhã é difícil. Eu estou aqui agora, e não me importo de te levar para casa— Ele está falando com nós três, mas seus olhos estão em mim.
— Lindsay, cala a boca e deixe o cara nos levar para casa— Madonna implora.
— Eu não vou ser louca e entrar em um carro com um completo estranho. Pelo que sabemos, ele pode estar planejando nos levar para sua casa e nos trancar em alguma câmara de tortura. E só Deus sabe o que será de nós.
— Não seja bobo. A câmara está ali e me pegaria — ele sorri. — Isso foi uma piada, a propósito.
— Brincadeira ou não, eu não vou entrar no carro com você e nem minhas amigas — A sorte finalmente está do meu lado quando um táxi finalmente para. — Veja. Nós não precisamos de você. Carrie, Madonna, vamos— Minhas amigas gemem e se enfiam dentro do táxi enquanto eu travo os olhos uma última vez com George Vedder. Depois de entrar no veículo, olho por cima do ombro e o encontro nos observando ir embora. A viagem até o nosso prédio é cheia de barulho, mas vou calada. Carrie e eu dividimos um apartamento no quarto andar, enquanto Madonna mora em um apartamento no terceiro andar com sua irmã Louise, que é dois anos mais nova que nós. O táxi para e eu pago o motorista.
— Obrigada.
— Vou dormir— Carrie diz assim que entramos no apartamento. Tranco a porta e jogo minhas chaves na mesa ao lado da porta.
— Eu vou fazer algumas leituras. Noite— Eu aceno para ela e fecho a porta do meu quarto atrás de mim.
Pego o ebook que baixei na Dreame e me acomodo na cama. A personagem principal do livro é uma jovem que encontra o amor na seção de peixes do supermercado. Ela e o cara marcam um relacionamento turbulento que é testado por ex-namorados ciumentos. Apesar de não acreditar em romances reais, me vejo torcendo pelos personagens. Quero terminar o livro, mas estou achando difícil manter os olhos abertos, então coloco o celular na mesinha de cabeceira e fecho os olhos, sem me preocupar em me despir.
— Com licença, você poderia me dizer onde estão as lulas?— ouço ser perguntado. De pé com uma cesta de compras na mão está ninguém menos que George Vedder.
— Está bem atrás de você— eu respondo. Ele pega um saco de lulas e um saco de filés de pescado. — Gostaria de uma paeja?— Ele percorre a distância entre nós e sorri.
— Eu não sei.
— Eu te comeria de sobremesa, lamberia seu corpo inteiro. Eu começaria em seus m*****s e trabalharia meu caminho para baixo— Minha respiração trava. — Ou você pode me dar a sua boca que tal? Eu adoraria ter essa sua boca enrolada em volta do meu p*u.
Eu pulo na cama e sinto gotas de suor escorrendo pelo meu pescoço. Por que diabos eu estaria sonhando com um homem que não conheço?
É o álcool. É isso!
Eu nunca teria um sonho assim se estivesse sóbria.
Me engano sabendo que foram só 3 doses.