Capítulo 1

2495 Words
George — Desculpa, estou atrasado— Corro para a sala de jantar da casa dos meus pais e abraço minha mãe e meu pai que estão de pé ao lado da grande mesa de carvalho. Já sentados à mesa estão meu irmão Cesar e minha irmã Emma. — Está tudo bem, mas teria sido bom se você tivesse me ligado para me avisar que ia se atrasar. Eu me preocupo— minha mãe suspira enquanto se senta em uma ponta da mesa já meu pai se senta na outra. Meu trabalho me mantém muito ocupado, mas sempre tento o meu melhor para ir ao brunch de domingo na casa dos meus pais. Philips e Agatha Vedder não são apenas meus pais; eles também são meus salvadores. Eu tinha menos de quatro anos quando eles me adotaram, me salvando de uma infância difícil que até hoje me dá arrepios só de pensar. Eles haviam adotado Cesar no ano anterior e adotaram Emma alguns anos depois. Embora eles não sejam biologicamente relacionados a nós, eles são nossos pais em todos os sentidos. — Eu não quero fazer você se preocupar, mãe... — Eu estaria correto em supor que você se atrasou por causa de uma mulher?— Cesar sorri. Ele toma um gole de seu suco de laranja e espera pela minha resposta. — Ah, seu silêncio fala muito... — Se você quer saber, eu tive uma teleconferência para Londres. Foi por isso que me atrasei. Não tinha nada a ver com uma mulher— Não posso dizer que acordar sozinho na cama não foi uma decepção. Parte de mim estava esperando que eu tivesse a deslumbrante deusa de cabelos dourados e olhos negros Lindsay enrolada ao meu lado, mas eu falhei. Eu não era de insistir depois de um não, além de quase nunca o receber, nenhuma mulher merecia minha insistência, mas havia algo sobre Lindsay que me fez considerar que fosse certo tentar alguma coisa mais de uma vez. Ela parecia teimosa e obstinada, mas também tinha p****s pequenos e uma b***a redonda. Apesar de me dizer mais de uma vez que ela não estava interessada, eu podia ver a forma como seu corpo reagia a mim. — Cesar, deixe George em paz— Emma diz. — Afinal, você é o único que está vestindo a mesma camisa de ontem— Cesar olha para sua camisa e franze o nariz. — Diga-me que estou errada. — Você está errada— Cesar murmura. — A camisa que eu usei ontem tinha o símbolo da Sonserina na frente. Essa camisa tem uma estampa anti Lufa-Lufa— Cesar zomba, mostrando a língua para Emma. — Realmente algo muito adulto. — Encontrei Jones na loja ontem— minha mãe me conta. — Ela me disse que Jeff está noivo e esperando um bebê— Encho meu copo com mais suco e continuo ouvindo. — Ela passou a perguntar se eu já sou avó. — Mãe, por favor, me diga que você não vai se transformar em uma daquelas mães que implora continuamente por netos— eu rio. — Eu não vou ser uma dessas, embora eu goste da ideia de ser avó um dia e se esse dia fosse breve eu agradeceria. — Não há nada de errado com isso— meu pai acrescenta. — Às vezes penso em ter netos que posso mimar, gostamos de crianças... — Enquanto isso você pode me mimar— Emma brinca. — Eu vou me lembrar disso. Sua mãe e eu vamos ao cinema esta tarde. Faz uma eternidade desde que vimos um filme fora de casa. Eu disse a ela que até compraria doces para acompanhar sua pipoca. O que meus queridos filhos planejaram? — Vou voltar para minha casa e tirar uma soneca— Cesar responde. — Eu provavelmente vou acordar e assistir ao jogo de futebol antes de cochilar um pouco mais. Emma justifica a ausência enquanto bebe um gole de suco. — Eu estou com um compromisso marcado com Louise, e ela parece ser uma garota legal, então pensei em convidá-la para um dia de compras no shopping. Terapia é um compromisso inadiável — Os olhos de todos se voltam para mim quando termino minha comida. — Eu? Eu vou estar resolvendo alguns contratos que deveriam ter sido assinados ontem, e provavelmente vai demorar o resto do meu dia... — É seu dia de folga, e você ainda está trabalhando— minha mãe murmura. — Você vai se desgastar. Não estou dizendo que você deve sair e começar a festejar o tempo todo. Você é jovem e precisa aproveitar a vida! — Eu gosto da vida dessa forma mamãe — Senhor, o novo escalado está programado para começar amanhã — Cullens, meu chefe de segurança me informa. Eu fecho meu e-mail e olho para ele. — Todos os recursos extras de segurança que você solicitou foram adicionados. — Bom— Estou prestes a voltar para o meu trabalho quando meu telefone toca. A pessoa que está ligando é alguém com quem eu prefiro não falar, mas sei que se eu não atender ela vai continuar ligando. Rebecca Williams é uma mulher que conheço há vários anos graças a sua mãe e padrasto Marilyn e Richard Lincoln serem amigos de meus pais. Minha mãe e Marilyn tinham esperanças de que Rebecca e eu nos apaixonaríamos e viveríamos felizes para sempre. Embora Rebecca seja uma das poucas mulheres com quem passei mais de uma noite, nunca se tornou mais. Ela queria algo sério, mas eu não. — George— Rebecca ronrona. — Estou ligando para convidá-lo para a festa que minha mãe está dando para o aniversário de Richard. É no próximo sábado à noite e começa às sete. Posso contar com você para estar lá, não posso? — Temo que não. Estou partindo na próxima sexta-feira para uma viagem a Londres, e não estarei de volta até a semana seguinte. — Ah não, George. Eu estava esperando que você dissesse sim e me acompanhasse como amigos, é claro— Ela diz amigos, mas eu sei o contrário. — A festa não será a mesma sem você. — A festa não é sobre mim. É sobre Richard, e tenho certeza que será um grande sucesso, você é uma excelente anfitriã — Eu bato minha caneta contra a mesa e a escuto soltar um longo suspiro. — Eu acho que você está certo. Talvez possamos jantar uma noite antes de você sair. Eu posso fazer aquele risoto que você gostou tanto daquela vez. É claro que a maior parte foi para o chão quando começamos a f***r ali mesmo. Sobre a mesa. Tenho certeza de que você se lembra daquela noite? — Eu lembro— eu murmuro. — Rebecca, o jantar seria bom, mas vou estar ocupado colocando tudo em ordem antes da minha viagem. Talvez possamos nos encontrar quando eu voltar à cidade, o que acha? — Gostaria muito— ela responde com um tom de excitação na voz. Meu encontro envolve apenas jantar enquanto ela provavelmente está secretamente esperando por mais. — Bem, eu tenho um compromisso, até logo. — Tchau— Estou prestes a desligar o telefone quando ele toca novamente. Desta vez é Emma ligando. — Emma, oi.. — George, eu tenho que te dizer uma coisa, mas você não precisa surtar— Normalmente, quando alguém diz a outra pessoa para não surtar, há motivo para surtar. — Eu não posso fazer essa promessa. Me diga— eu murmuro, cansado. — Eu estava fazendo compras com Regina e Louise, e as coisas estavam indo bem até sairmos do shopping, um cara não respeitou o sinal de pare e bateu na gente. O impacto fez o airbag de Regina ser acionado. Ela pode ter um pulso quebrado. Louise e eu tínhamos alguns cortes de vidro, mas nós três estamos no hospital. Não liguei para mamãe e papai porque eles estão se divertindo, e não quero interrompê-los. Ouvir que minha irmã sofreu um acidente faz minha cabeça girar. Eu salto da minha cadeira e me levanto. — Emma, você vai ter que contar para mamãe e papai. Em qual hospital você está? — Noroeste— ela suspira. — Onde ela está?— minha mãe me pergunta quando ela e meu pai chegam ao hospital. Emma pode não querer contar aos meus pais sobre seu acidente, mas eu não iria mantê-los no escuro. Liguei para eles assim que ela me disse em qual hospital estava, e então liguei para Cesar, que estava tão preocupado quanto eu. — Ela está no quarto com a amiga Regina— Cesar responde. Alguns segundos depois, a porta à nossa frente se abre e Emma cambaleia para o corredor. Meus pais a envolvem em seus braços. — Por que você não nos ligou? — Vocês estavam tão empolgados com seu encontro no cinema, e eu não queria estragar o encontro de vocês — Emma dá de ombros. Eu noto os pequenos cortes em seu rosto junto com alguns em seu braço direito. — Eu não ia manter isso em segredo por muito tempo, só até esta noite. — Nada é mais importante que a vida de nossos filhos, Em — meu pai responde. — Você é mais importante que um filme. — Eu sinto muito — Ela pega o lenço que eu entrego e enxuga as lágrimas. — O pulso de Regina está realmente quebrado. Eles vão colocar um gesso. — E a outra garota? Louise?— Cesar pergunta. — Oi— uma pequena voz diz atrás de nós. Nossa família inteira gira ao redor, encontrando uma pequena garota de cabelos loiros. — Esta não é a melhor maneira de conhecer alguém, mas eu sou Louise. Eu estava levando pontos— Ela afasta o cabelo do rosto e aponta para um lugar bem acima do olho esquerdo. — É um prazer conhecê-la Louise. Sinto muito por sua lesão, mas feliz que não seja pior— minha mãe suspira. — Os seus pais e os de Regina foram notificados? — Os pais de Regina estão em Portland, mas foram chamados— Louise responde. — Meus pais morreram, mas liguei para minha irmã— Percebo seus olhos passando pela minha mãe e indo para o outro lado do corredor. — Aqui está minha irmã. — Louise, eu estava com tanto medo— murmura a irmã de Louise. Reconheço a mulher de ontem à noite. O nome dela é Madonna, e ela não está sozinha. Ao lado dela está ninguém menos que Lindsay, que parece tão surpresa ao me ver quanto eu ao vê-la. Madonna se apresenta para Emma, Cesar e meus pais. Ela está prestes a se apresentar para mim quando percebe que não há necessidade. — George, olá! — Oi— eu sorrio. Eu dirijo a atenção para Lindsay. — Nós nos encontramos novamente... — Parece que sim— diz Lindsay com ar de tédio. — Louise me disse que ia fazer compras com algumas amigas, mas eu não fazia ideia de que uma dessas amigas era sua irmã. É um mundo pequeno— Madonna me conta. Ela corta os olhos para Lindsay, que está fazendo o possível para não olhar para mim. — Que tal eu ir ao refeitório tomar uns drinks?— sugere Lindsay. — Quem gostaria de um refrigerante, água ou um pouco de café? — Isso é tão doce de sua parte— Emma responde. — Eu quero uma água com gás... — Eu também— Louise responde. Lindsay gira nos calcanhares e começa a se afastar. — Eu vou ajudá-la— digo antes de correr para alcançá-la. Ela gira a cabeça e revira os olhos quando me vê. — Você está me perseguindo?— Lindsay pergunta. Eu observo o que ela está vestindo, um suéter colorido grande demais para ela e jeans apertados. Meus próprios jeans estão ficando justos em mim graças à protuberância que sinto crescendo sob o tecido. Essa mulher mexe com meu instinto animal. Começo a me ajustar, mas percebo que não deveria ter vergonha. Eu quero que ela veja como ela me afeta. Lendo minha mente, seus olhos focam em meu p*u, exatamente onde eu quero que eles estejam. — Vê algo que você gosta?— Ela me choca quando me empurra contra a parede e coloca a mão no meu p*u. — Nós podemos encontrar um armário de armazenamento vazio e brincar de médico— Ela me acaricia e sorri. — É isso que você quer? Você quer que nós rasguemos as roupas um do outro e fodamos como animais selvagens? — Lindsay querida, não quero mais nada— consigo dizer. Ela diminui a distância, deixando-me sentir sua respiração contra meu pescoço. — Eu não sou sua querida — ela sussurra antes de me soltar. — O que diabos eu deveria fazer sobre isso?— Eu aliso meu p*u sobre a calça e a encaro. — Você pode usar esse seu charme em qualquer outra pessoa ou você pode usar sua mão. O que funcionar melhor para você — Ela vai embora, mais uma vez me deixando querendo mais. — Está acontecendo alguma coisa com você e Lindsay?— Cesar me pergunta. Assim que Emma saiu do hospital, ela foi para casa com meus pais enquanto Cesar parou na minha casa. — Estou perguntando porque notei o jeito que você estava olhando para ela! — Não está acontecendo nada entre nós— murmuro, tomando um gole da minha cerveja. Cesar recebe um olhar familiar em seu rosto. — Isso não lhe dá permissão para ir atrás dela. — Você disse que nada estava acontecendo então ela está livre, muito gostosa... — Isso não significa que algo não vai acontecer. Eu não posso explicar isso, mas há algo sobre ela que me atrai. É como se eu estivesse sob algum maldito feitiço— A boca de Cesar se curva em um largo sorriso. — O que?— — Você está apaixonado à primeira vista? — ele ri. Ele se levanta e caminha até a janela de vidro do teto ao chão na minha sala. — Eu só estou procurando por uma boa f**a, não vou estragar sua paixonite. — Não é uma p***a de uma paixão— eu zombo. — É... é..— Não consigo nem encontrar as palavras para o que estou sentindo. — Eu não sei o que é, mas não é uma paixão— Cesar se recosta em sua cadeira. — O que você planeja fazer com essa coisa de “não é uma paixão”?— Enfio a mão no bolso e tiro um pequeno pedaço de papel. — Ontem à noite, quando conheci a Lindsay no clube, só descobri o nome dela, mas graças a sua amiga Madonna, agora tenho o sobrenome dela. Apple. Ela não me deu o número da Lindsay, mas tudo bem, já que tenho meus modos. — Uma vez que você consiga o número dela, o que você está planejando fazer? — Eu pretendo saciar a minha sede.
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