Capítulo 6

1639 Words
Enquanto isso… Ligação… — Stive, posso saber o que está acontecendo com seu irmão? Ele não atende minhas ligações e nem responde minhas mensagens. Aliás, o celular dele só dá desligado. Ele ficou mudo por um instante e diz: — Achei que ele estivesse na sua casa. Quando fui à cobertura dele, vi as malas prontas. Ele disse estar de ida para o Brasil para resolver um assunto. Hum… então ele veio para o Brasil. Pensei comigo mesmo. E respondi para o, Stive: — O assunto dele se chama, Jovânna. Ele está caído por essa garota e não quer admitir. Seu irmão se encantou por uma brasileira. Ele fica mudo novamente, depois de alguns minutos diz: — Meu irmão, Dominic? Não posso acreditar, ele saiu de Londres atrás de uma mulher? Preciso saber quem é ela e vê com os meus próprios olhos. — Pois acredite, Dominic nesse exato momento está no mesmo lugar em que ela foi passar suas férias, eu quem descobrir. Ri orgulhoso! E disse: — E pior, seu irmão tem uma paixão platônica por ela, a garota nem sequer sabe quem é o seu irmão. — Henrique, vamos até lá, preciso saber quem é esta heroína que causou tal efeito em meu irmão, aponto dele sair de Londres e ir até ela. Gargalhei e disse: — Não perderia isso por nada. Combinamos a nossa viagem e encerramos a ligação. — Amanhã Dominic terá uma surpresa. Disse para mim mesmo em voz alta! […] Horas depois… Acordei e peguei meu celular para ver às horas, são quase sete da noite, me espreguiço, levanto e tomarei um banho. Antes de entrar para o banheiro, ouço leves batidas em minha porta. Tomara que não seja aquele ogro. Abri a porta e dei de cara com o menino que havia visto pela manhã. Ele diz: — Boa noite, senhorita! Só vim avisar que mais tarde terá uma roda de viola, se tiver interesse, dá uma chegadinha lá. — Boa noite, tá bom! Terá alguma coisa para comer? Perguntei porque não sou nem boba. — Sim, a mesa será posta na área para todos os hóspedes. Ele sorriu, simpático! — Ok, obrigada! Fechei a porta, indo direto para o meu banho. De banho tomado, saí do banheiro e fui escolher uma roupa. Peguei uma calça legging preta, uma blusa de frio e uma botinha de cano pequeno. — Aqui é muito frio… Disse comigo mesma. Ainda bem que trouxe bastante, agasalhos. Arrumei meus cabelos, cabelo fazendo um coque frouxo e passei um batom. Saí trancando a porta e vou para a tal roda de viola. Vou caminhando e admirando o lugar, lindo, lindo. Parei para olhar um campo cheio de flores, que coisa linda! Quando me virei, trombei com uma parede de dois metros, quase me estabaquei no chão, mas o ogro me segurou pela cintura. Ele olha no fundo dos meus olhos, sem esperar, ele cheirou o meu pescoço e roçou a barba em mim. Confesso que fiquei arrepiada, fiquei estática, paralisada e sem reação. Então, ele falou algo em um idioma que não é inglês e foi embora. Fiquei olhando ele ir, sem conseguir sair do lugar. Depois de cinco minutos, consegui dizer: — Mas que merda foi essa? Quem deu autorização para ele me tocar, aquela lagartixa? E ainda fala em um idioma para que eu não possa responder à altura. Quem ele pensa que é? Saí retada pisando duro e cafangando. Cheguei na roda de viola e vejo que tem muita gente, todo mundo respeitando o distanciamento. Olhei para um lado e outro, tentando encontrar a mesa de comida, logo avistei com muitas coisas gostosas. Fiz um pratinho e me sentei. Fiquei concentrada em meu prato e ouvindo às lindas músicas. De repente, alguém sentou ao meu lado, um homem de mais ou menos 36 anos, moreno, cabelos pretos cortados baixo, cacheados e olhos cor de mel quase verde. — Oi, boa noite! Ele fala. — Boa noite! Respondi. — Está gostando do lugar? Ele pergunta. — Sim, é bem tranquilo aqui e transmite uma paz. — É minha segunda vez aqui, gosto muito, principalmente o clima, é bem agradável! — Confesso que o frio não agrada muito aos baianos. Disse ele, rindo e me fazendo rir também. — Você é baiana, amo a Bahia, lugar de praias lindas. Já estou acostumado com o frio, sou russo, vai por mim, não está frio aqui. Moro aqui no Brasil desde os meus 15 anos, aprendi a falar português fluente por isso e pelos negócios que meu pai tem aqui. Olhei para ele com os olhos arregalados e espantada, ele não tem cara de russo. Misericórdia, o povo Russo é perigoso. Disse para mim mesma em pensamento. — Você não tem cara de russo. Falei e ele me olhou divertido. — Todo mundo diz isso. Ele riu… — Acho até engraçado, minha mãe é brasileira e meu pai Russo. Ele para de falar e voltamos a ouvir a música. Com cinco minuto depois, ele diz: — A propósito, meu nome é Erick. Só não pegarei em sua mão, devido às regras de distanciamento. Oh, meu filho, para quem quase foi tragada pelo nariz de um ogro hoje. O que é pegar em uma mão? Pensei comigo mesma, dei risada e me apresentei para ele. — Meu nome é, Jovânna. Dei um sorriso simpático para ele. Que no mesmo instante morre, quando olhei para frente e vi aquele ogro soltando faísca pelos olhos e olhando para Erick. Ele estreitou os olhos e nos encarou o tempo todo. Fiquei ali conversando com Erick, mas um pouco, dei boa noite e voltei para o meu chalé, dormir. A caminho do meu chalé, senti um perfume forte e gostoso. Olhei para trás e vi aquela parede de dois metros vindo logo atrás de mim. Me deu vontade de perguntar o que ele quer comigo, mas, deixei para lá. E o, mais engraçado, é que eu não tenho medo dele. Chegando no chalé, abri a porta, entrei e esperei ele olhar. Quando ele olhou, bati a porta na cara dele. Agora estamos quites, o desgraçado riu da minha cara, que ódio! Entrei no banheiro, lavei minhas mãos, escovei meus dentes, coloquei uma meia e deitei na cama. Fiquei pensando no que aconteceu, mas cedo. Não posso me apaixonar, não quero sofrer. Até que peguei no sono! Dominic: Após chegar de viagem, descansei. Bati a porta mesmo na cara daquela pequena atrevida, fiquei com muita raiva dela, distribuí simpatia para todos, que ódio. Mas que p***a está acontecendo comigo, não posso estar sentindo ciúmes e sentimento de posse por uma pessoa que m*l conheço. Apesar de já ter tido um relacionamento sério, isso nunca aconteceu. Me apaixonei por uma colega de faculdade, mas não deu muito certo, ela queria uma coisa e eu outra. Então, optamos por terminar, mas nunca senti isso. E após perder o papai e o vovô, não quis muito me envolver com ninguém, além de sexo. Após descansar, saí para dar uma caminhada e me exercitar um pouco, preciso gastar energia. Fiz minha caminhada em volta do lago, fiquei admirando o lugar, vou observando cada canto. Se esse estivesse à venda, eu compraria. Pensei comigo mesmo! Vejo que já está caindo a noite e volto. Quando cheguei no meio do caminho, o menino da recepção avisa sobre a roda de viola. Confesso que fiquei curioso para saber o que é, já que em Londres não tem dessas coisas. Venho correndo e parei quando sentir o cheiro dela, aquele cheiro de morango com leite. Já estou ficando até doido. Falei comigo mesmo e balancei a cabeça. Mas, de repente, vejo uma pequena coisinha parada em frente a um campo cheio de flores. Fui me aproximando, chegando perto, ela se virou e esbarrou em mim, quase caindo. Segurei pela cintura dela, impedindo que fosse ao chão, e, fiquei perto o suficiente para sentir aquele maldito cheiro invadir minhas narinas. Olhei bem, no fundo dos seus olhos, não resistir e cheirei seu pescoço, roçando minha barba nela, a mesma se arrepiou toda. Ela ficou tensa e sem reação nenhuma. Então a soltei e falei em escocês: — Está linda e cheirosa. E segui meu caminho para o chalé, enquanto ela continua parada sem reação nenhuma, até quando saí resmungando e eu rindo. Cheguei no chalé, tomei meu banho e fiz minha higiene, coloquei uma calça moletom preta, um suéter branco e calço uma bota. Devido aqui ser muito frio. E fui para essa tal roda de viola, confesso que fiquei curioso. Quando cheguei, vi um filho da p**a quase em cima dela e ela só sorrisos para ele. Me subiu uma raiva, fiquei nervoso, então fiz meu prato e me sentei à sua frente, estreitei meus olhos para ele, pude sentir sair até faísca deles. O filho da p**a nem percebeu que eu estava o encarando de tão entretido que estava comendo ela com os olhos. Ela dá boa noite para ele e se levanta, indo para seu chalé. Fuzilei o cara mais uma vez e saí seguindo ela. Ela vai caminhando distraída, de repente olhou para trás e colocou as mãos na cintura, abriu a boca e fechou umas 3 vezes querendo dizer algo, mas desistiu. Eu apenas a olhei com vontade de rir. Ela abriu a porta do chalé, entrou e ficou me olhando. Quando cheguei perto, que olhei para ela, a atrevida bateu a porta na minha cara. Gargalhei com vontade da ousadia. Hum… gosto das atrevidas e ousadas. Falei comigo mesmo e entrei no meu chalé, indo direto para o banheiro, fiz minha higiene e deitei na cama. Fiquei pensando na loucura que fiz em cheirar o pescoço dela e fazer aquela pequena carícia com a minha barba. Quase cometi a loucura de beijá-la. Pensei naqueles olhos, até adormecer.
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