Capítulo 3

1087 Words
Jovânna: Na volta da casa do Àlex, fiquei pensando no quanto o seu amigo é estranho e o porquê me encarava tanto. Assim que cheguei em casa e adentrei, avistei o meu pai, minha filha e irmã assistindo. — Ó, vida boa. Disse para eles rirem. — Não tem nada de melhora. Responde, meu pai. — Né, vô! Diz minha filha e a minha irmã rir. Passei direto para a cozinha, fazer uma boquinha. Tomei meu café e subi para o meu quarto. Entrei e fui para o banheiro, fiz minha higiene, deitei na cama e peguei meu celular. Vejo uma notificação do **, abri para olhar quem era. Entrei no perfil da pessoa, não tem amigos e nem postagens. Somente a foto de perfil, sendo de uma praia, não tem nome, apenas a abreviação "DC". Aceitei a solicitação e fiquei olhando os Stories do povo. Recebi novamente uma notificação, a pessoa curtiu e comentou duas fotos minhas. Uma, eu estou deitada no sofá com a minha filha em meus braços e rostos colados, e a outra, eu estava na cozinha. Mas não é isso que está chamando minha atenção, e sim, a forma com que está escrito. — Mas que merda de língua é essa? Perguntei a mim mesma… — Será que é algum terrorista? Continuo pensando. Se não fosse o tradutor do **, nunca saberia que está escrito: linda e perfeita! Mesmo assim, curti os comentários e fui dormir. Dominic: Acordei com o barulho do meu celular tocando insistentemente, passei a mão sobre o criado mudo e peguei, vendo que ainda são exatamente (1:30) da manhã, e quem me liga é o sem-vergonha do meu amigo, Henrique. Ligação: — Isso é hora de ligar para alguém? Perguntei irritado. Henrique — Sim, ainda são exatamente dez e meia da noite. Ele riu. — Henrique, você é i****a ou se finge, só pode. Você sabe que são três horas de diferença entre os horários do Brasil e Londres… — Espero que realmente seja algo importante. Henrique —Claro que é importante, as suas férias estão chegando, você esqueceu? Dominic, você precisa descansar, pegar umas gatinhas e dar umas fodas maneiras. Ele fala e dá uma risada maliciosa. — Claro que não esqueci, i****a, só não quero tirar férias… — Henrique, você me ligou a essa hora para isso? Perguntei, mas sei bem o motivo da sua ligação, a foto. Ele quer confirmar se de fato é realmente ela! Henrique — Sim e não! Ele responde e ri cínico… — Dominic, descobrir sem querer onde sua morena desconhecida mora. E melhor ainda, descobrir também que ela está de viagem marcada para uma cidade aqui no Brasil que fica no Sul. Escutei tudo atento com a boca aberta em formato de “O”. Ele continuou falando… — Você viu a foto e sabe que é ela. Nem venha me dizer que não! Viajei em pensamentos para o dia em que a vi. Lembranças: Estava saindo para uma caminhada com meu amigo Henrique, em frente ao seu prédio em uma orla. Que cidade linda, pensei comigo mesmo! Enquanto caminhava pela orla com meu amigo, as mulheres me olhavam atentas. Acho que estou chamando atenção por ser ruivo, alto, forte, olhos verdes quase no tom azul, com barba por fazer e cabelos lisos cortados em estilo militar. Apenas ri da maneira com que elas me olhavam e encaravam. De repente, olhei de relance e vi uma mulher parada no meio da orla. Ela é n***a, cabelos negros, crespos, cacheados, baixinha e os olhos puxadinhos. A calça e a blusa branca de botões na frente caíram bem em seu corpo. Ela não é gorda, tem as pernas grossas, cintura fina e quadril um pouco largo. Que mulher!!! Reparei que ela estava brava com alguém, seus olhos transmitiam irritação. — Gostou em!?! Disse meu amigo Henrique. Sem perceber, ela esbarrou em mim sem querer e disse: — Desculpa, machucou? Balancei a cabeça em negativa, querendo rir dela, perguntar se tinha me machucado. Como uma coisinha tão pequena e delicada dessa iria me machucar? Pensei comigo mesmo. Ela se desculpou, mas uma vez e seguiu seu caminho. Voltamos para o apartamento, e ainda continuo pensando na mulher, mas cedo. Às horas passam e à noite temos que ir ao Congresso da polícia federal. Chegando lá, entramos e vamos andando até o salão reservado. Quando me deparei novamente com a pequena mulher, ela estava linda com um vestido preto colado em seu corpo, um salto alto e cabelos soltos. Henrique me cutucou com o braço e perguntou: — Não é ela, ali, a mulher que esbarrou em você hoje de manhã? Ele pergunta. Eu apenas balancei a cabeça dizendo que sim. Quando me virei para olhá-la novamente, a mesma já tinha sumido. Estava havendo dois congressos nesse mesmo dia, um da polícia federal e outro de medicina. Saio dos meus pensamentos com a voz do Henrique perguntando: Henrique — Você vai tirar férias sim ou não? — O quê? Perguntei sem entender. Henrique —Caramba, Dominic, você nem está prestando atenção na nossa conversa. Ele fala dramático e ri. —Como você descobriu tudo isso sobre ela? Perguntei sem dar importância ao seu drama. Henrique —Sou investigador, esqueceu? Diz ele, me fazendo rolar meus olhos para cima. Mas, foram apenas coincidências. Estou na casa do Àlex, estamos fazendo um trabalho investigativo juntos na cidade onde ele mora, aqui no interior. E eles moram praticamente perto um do outro, pelo que entendi, e são amigos. — Ela foi fazer o que na casa desse talzinho aí? Perguntei sem conter meus ciúmes. O i****a riu da minha cara. Henrique —Elas vieram pedir auxílio a ele porque não estavam conseguindo mudar as datas das passagens, do voo, fiquei totalmente surpreso quando a vi, ela é brava. — Hum… disse apenas! Henrique —Vamos tirar umas férias com o papai aqui, pensa com carinho. Eu só quero seu bem, Dominic. Painho aguarda ansiosamente a sua resposta, porque nosso destino você já sabe. Acabei rindo da palhaçada de Henrique. Analisei um pouco as suas palavras, não que eu fosse perder a oportunidade de conhecer minha pequena. Ri porque é a segunda vez que a chamo assim. — Você é cheio de palhaçada e drama, Henrique. Pensarei e depois eu digo! Henrique —Pense rápido; ela viajará dia 27 de dezembro. E hoje já é 30 de novembro! — Sim, Henrique. Disse e encerrei a ligação. Fiquei pensando até pegar no sono!
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