Capítulo 4

1046 Words
Dias depois… Estava saindo para uma operação quando meu celular tocou. Quando o peguei e vi quem era, rolei meus olhos para cima. Ligação: — Mas que merda você quer agora, Henrique? Não tenho tempo para suas gracinhas. — Não estou dizendo, você precisa de férias e uma trepada com uma mulher que te faça esquecer até o seu nome. — Escuta aqui, Henrique, se você não parar de encher minha paciência, eu posso ir ao Brasil só para chutar sua b***a. O i****a riu da minha cara. — Mas Dondom. Que estresse é esse? Sei que você ama meu traseiro. Passei a mão pelos meus cabelos, perdendo a paciência. — Diz o que você quer logo, Henrique. Falei já sabendo do que se trata, a viagem. Desde o dia em que descobriu quem é a mulher misteriosa dos meus pensamentos e como encontrá-la, Henrique não para de encher minha paciência. Ele acha que ela é a mulher da minha vida, não sei se consigo amar mais alguém além da minha família, o medo me domina. — Estou esperando seu, sim, para que eu possa arrumar minhas malas. Já está quase chegando o dia! — Henrique, escuta bem o que vou te dizer, se, eu disse, se, por acaso, tirar férias e viajar, não te direi nada, de bagagem já basta o que levarei. Disse e encerrei a ligação sem esperar resposta. E olhei para Douglas, que estava olhando para mim com um sorriso no rosto de orelha a orelha. Passei por ele e a vontade que tenho é tirar esse sorriso do seu rosto no soco. Sei bem o que ele trama com o Henrique pelas minhas costas. O caminho todo, fiquei pensando na pequena mulher. Até que a f***r não seria uma má ideia. Não seria como se eu fosse me apaixonar, admito que ela mexeu bastante comigo. Cada vez que fecho meus olhos, vejo os dela. Dou um soco no volante do meu carro, fazendo Douglas dar um sobressalto com o susto. — Droga, Dominic! O que você tem? Ele pergunta, levando a mão ao peito. — Nada, já você… Dou um sorriso sarcástico. Está se assustando à toa! Ele não diz, mas nada e seguimos em silêncio para a nossa operação. [...] Jovânna: Os dias foram se passando e a data da minha viagem estava se aproximando. Comprei mais algumas coisas para mim, organizei a pequena mala da minha filha, da minha irmã e do meu pai, deixei a minha para depois, afinal, eles iriam cada um para seu destino primeiro que eu. Levei a minha irmã para a sua última consulta do ano com a sua psiquiatra. No caminho, ela foi dizendo: — E se ela disser que eu não posso ir, Jovânna? Ela pergunta e faz cara de choro. — Ela não vai dizer, gê. Respondi de um jeito carinhoso. — Mas se tu disseres a ela que conversei um pouquinho sozinha e chorei, ela vai aumentar a dose do meu remédio e dirá que não posso viajar. — Tá vendo, você tem que se esforçar, tentar. Parar de falar sozinha e chorar. — Eu sei, Jovânna, mas sinto falta de mainha. E fico lembrando dela às vezes. — Vai passar, mas tem que esforçar e tentar parar de falar sozinha. Ela assentiu com a cabeça que sim. Chegamos ao consultório, elas conversaram por um longo tempo e, por fim, ela está liberada para viajar. A médica disse que será bom para ela. Na volta para casa, do nada ela solta: — Jovânna, quando tu vai se casar para eu comer bolo de casamento? Dei risada. — Tu quer que eu me case só para tu comeres bolo de casamento? Devolvi a pergunta a ela e ri. — Não, Jô… para tu ser feliz também. Mas comer um bolinho é bom! Eu ri alto da palhaçada desculpa dela. Viemos o caminho todo conversando, passamos na farmácia, compramos os seus remédios, já eram quase onze horas da manhã quando seguimos para casa. Assim que chegamos em casa e adentramos, avistei logo a minha irmã Graziella, e o marido, com nosso pai e minha filha conversando. Não gosto do marido dela, ele tem cara de terrorista. Pensei comigo mesma e acabei rindo do meu pensamento. Dei bom dia a todos, conversei uns 5 minutos e subi para tomar um banho. Desci depois de dez minutos para preparar o almoço. Mas a minha irmã já tinha preparado! Então começamos a conversar sobre a viagem: — Jovânna, após meio-dia iremos viajar. Voltarei para casa hoje, porque minha mãe está sozinha em casa. Apenas assenti com a cabeça, ficamos conversando sobre coisas aleatórias. Depois que almoçamos, fui ver as coisas de papai, porque ele tem mania de bagunçar tudo. Tudo pronto, dei o dinheiro a ele, passei no quarto da irmã e descemos! Nos despedimos e eles seguiram viagem no carro da minha irmã. Só ficamos eu e minha pequena serelepe. — Mamãe, que dia vou para casa do papai? Ela pergunta ansiosa e eu revirei meus olhos. — A semana que vem. Respondi pegando as chaves, ainda iria trabalhar essa tarde. Passei na casa da minha prima, deixei Gabrielle e segui para o meu trabalho. Cheguei no consultório e tinha apenas 5 pacientes, todos com sequelas do COVID. Nesse período de pandemia, nós fisioterapeutas trabalhamos muito com pacientes que tiveram COVID, principalmente na parte respiratória. Terminei meu trabalho, conversei com minha chefe e enfim, consegui dois meses de férias devido a ter trabalhado muito na pandemia. Poderia ter escolhido não trabalhar e tirado férias e os meus dias de folga. Mas, preferir ajudar, afinal, antes de minha mãe morrer, vi o tanto que ela sofreu por falta de ar. Agora que está, mas aliviado, posso tirar minhas férias. Cheguei em casa e são cinco e meia da tarde. Subi, tomei um banho, coloquei um vestido folgado e peguei o celular. Abri o ** e vejo que a pessoa que comentou minhas fotos, não perde um story meu. Quem merda é esse DC? Me perguntei mentalmente. A minha vontade é de bloquear, mas deixarei. Quero saber qual é dessa pessoa. Se for ex, mandarei voltar para o quinto dos infernos. Desci para preparar algo para a janta. Preparei tudo e busquei minha filha.
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