Capítulo 05

2695 Words
[06:59AM] Me levantei antes que o Lou pudesse entrar no quarto e me acordar de uma maneira horrível. Em passos lentos aproximei-me da janela, abrindo-a deixando que a brisa da manhã batesse em meu rosto. O sol ainda estava nascendo o que deixava o céu ainda mais bonito. Ouvi a porta sendo aberta, virei-me encontrando o Lou entrando lentamente. Pigarrei fazendo com que seu olhar se virasse para mim. — Em que posso lhe ajudar? — Indaguei cruzando meus braços encarando-o. — Você pode ir em um lugar comigo? — Ele indagou deixando-me surpresa com seu pedido. — Minha irmã teve um pesadelo ontem então só conseguiu dormir três horas da manhã. — Poder, eu posso, mas como? — Arqueei minha sobrancelha indo em sua direção. — Coloca isso! — Ele disse entregando-me uma máscara e uma toca. Concordei com a sua proposta, colocando a toca e em seguida a máscara, seguindo-o. Nós saímos da casa. Pela primeira vez eu vi como era uma casa, não era uma casa, mas sim uma mansão, descuidada, mas ainda uma mansão. Olhei em volta vendo várias outras mansões, porém essa é era a mais diferente. — Ser um gangster tem suas vantagens! — Ele disse me tirando dos pensamentos. — Quais? — Indaguei com uma sobrancelha arqueada. — Se apaixonar e depois ver a sua esposa morrer em sua frente por outros gangsteres... — Mordi meus lábios ao perceber o que eu disse. — Desculpa, estou assistindo filme demais. — Você tem razão, mas nem sempre ela morre, grande parte das vezes ela vai embora e te deixa. — Ele me olhou brevemente. Pela a primeira vez disse algo que tinha acontecido com ele. — Isso foi profundo! — Brinquei com ele tentando acabar o clima que eu mesmo criei. Ele sorriu de canto em minha direção. — Essa escolha é bem sábia também, pois eu não gostaria de ver minha amada chorando com as mãos sujas de meu sangue. — Saímos do condomínio onde ficava as mansões.  — É próximo daqui então não há necessidade de ir de carro. — Quem ouve você falando assim até pensa que é romântico. — Resmunguei baixo ainda olhando-o. — Não passa de um machista! — O que disse? — Ele me encarou colocando as mãos no bolso. Neguei mostrando que tinha dito nada. — Depois que entra nessa vida de gangster não tem mais volta... Ainda mais pra mim. — Fez uma careta despertando a minha curiosidade. — Porque? — Indaguei olhando para o chão, vendo meus pés se movimentando. — Poque eu sou um sequestrador, assassino, líder do grupo extremamente procurado por seus crimes e que é famoso por todo o mundo... Já assaltei vários locais luxuosos, bancos também... Tem várias outras coisas, só não me lembro. — Ele disse com a maior tranquilidade do mundo me deixando boquiaberta. — Caramba, você é um criminoso completo! — Exclamei e ele riu mostrando as suas covinhas. E ser bonito está incluso também. — Então onde é o local? — Vou me encontrar com uns amigos e amigas para resolver algumas coisas. Minha irmã sempre me acompanhava, mas hoje não deu como soube. — Ele disse atravessando a rua. Entramos em um beco e no final desse beco nós viramos para a esquerda, devo admitir que o local era assustador. Era todo descuidado, possuía bitucas de cigarros e de drogas nos cantos, garrafas de bebidas por todo o canto, e em alguns cantos, pessoas desmaiadas totalmente embriagadas. — Merda... — Resmunguei olhando para os lados, ouvindo uma risada do Lou. — Não precisa ter medo. — Ele disse se virando para me olhar, mostrando as suas covinhas para mim. Entramos em uma cafeteria, o que era uma tentativa de ser uma, e em um canto tinha dois meninos e duas meninas que provavelmente deve ser suas namoradas ou não. — Lou, quanto tempo! — Um dos meninos disse assim que o viu da porta da cafeteria. — Oi! — Lou respondeu-o sem nenhuma emoção em sua voz. — Vem, senta-se. — O outro menino disse dando batidas no lugar vago ao seu lado. — Não, valeu. — Ele disse calmamente, encarando-o. — Vim apenas falar que eu não poderei participar do roubo do banco. — COMO NÃO?! — O que chamou o Lou, gritou batendo suas mãos na mesa. — SEU GRUPO É O MELHOR! — É uma pena né? Mas aconteceu algo e eu preciso cuidar dele primeiro! — Respondeu de maneira calma, com certeza despertando uma raiva enorme no homem. — Sem você não podemos fazer nada... — Ele disse passando suas mãos em seus cabelos enquanto eu apenas engolia o seco. — Posso fazer nada... — Lou deu os ombros como se não importasse com nada. — ISSO NÃO É POSSÍVEL! — Ele gritou novamente batendo a mão na mesa irritado. Assustei-me aproximando do Lou, ele percebeu que eu estava um pouco assustada, colocando-me atrás dele. — Quem é ela? — Hm... — Lou me encarou procurando algo para falar. — Amiga da minha irmã, estará se tornando a minha namorada em breve. — Gargalhou para os homens. — Então você não quer participar por causa dessa menina? — Apontou para mim. — Meu querido, você pode ter qualquer uma que quiser e mil vezes mais bonita que ela. — Lou apenas soltou uma gargalhada irônica baixa. — Se você não participar, eu a mato e a sua irmã! — Ele disse se levantando ficando frente a frente com o Lou. Mexeu no ponto fraco dele, sua irmã. — Ouse triscar um dedo nela ou na minha irmã para você ver o que acontece com você e a sua vidinha de merda. — Lou disse aproximando deles batendo na mesa, olhando nos olhos dos homens, deixando-os sem reação. Ele pegou em meu pulso puxando-me para fora da loja. Assim que saímos do beco, ele soltou o meu pulso indo na frente deixando-me completamente para trás. Corri para alcançá-lo, parando em seu lado. — Hm... Está bem? — Indaguei colocando minhas mãos no bolso de trás da minha calça, encarando-o. — Normal! — Respondeu-me em um tom seco, mostrando que não estava bem. Assenti, optando por parar as perguntas. No caminho para a mansão foi um silêncio absoluto e constrangedor, mas finalmente chegamos em casa. Abrimos a sala vendo todo mundo sentado assistindo televisão, ao sentir nossa presença, nós encaramos assustados. — p***a, porque não nos acordou e disse que ia recusar? — Jacob disse se levantando vindo em nossa direção. — Ocorreu tudo bem, não ocorreu? Então isso que importa! — Lou disse ríspido passando por eles saindo da sala.  — O homem meio que mexeu no ponto fraco dele... — Exclamei ao ver que eles me encaravam. — A Liang! — É agora que o Lou odeia esse homem mesmo. — Seth disse fazendo careta enquanto os demais concordavam. — O que ele disse? — Liang indagou curiosa com um sorriso de canto. — O homem disse "Se você não participar eu mato ela e sua irmã". — Comecei a falar fazendo meu melhor para imitar a voz do homem. — No caso "ela" é você? — Jacob indagou apontando pra mim e eu concordei. — Aí o Lou respondeu ele "Ouse triscar o dedo nelas que você vai ver o que vai acontecer com a sua vidinha de merda". — Exclamei imitando a voz do Lou. — O homem arregalou os olhos com medo e nós viemos embora. — Nossa... — Qiao disse surpreso igual aos demais. — Isso vai dar um problema para a gente! — Vou avisar o restante do grupo sobre isso. — Seth disse saindo da sala deixando-me surpresa e confusa se tinha ouvido certo. — Restante do grupo? Ainda tem mais? — Indaguei e os que ficaram na sala concordaram tranquilamente. — Meu Deus!   " — Como se sente está prestes a se casar?! — Liang indagou ao meu lado me assustando e tirando-me dos pensamentos. — Casar? Eu?! Só se for com o meu travesseiro! — Exclamei rindo, mas ao mesmo tempo que meu sorriso apareceu sumiu ao me ver no espelho com um vestido de noiva enorme. — p***a! — Nunca fale isso para meu irmão, ele é dramático. Você terá que aprender isso já que vai viver com ele a partir de agora. — Sorriu pra mim largamente. — Eu estou me casando é com o Lou?! — Indaguei incrédula e ela concordou assustada. — Você está bem?! — Se aproximou de mim preocupada e eu concordei. Mexi-me um pouco sentindo algo em minha coxa, ergui meu enorme vestido vendo uma arma em uma cinta em minha coxa e algumas tatuagens espalhada pela minha perna.  Em passos rápidos fui até a porta, coloquei a mão na maçaneta para girá-la, porém alguém a abriu primeiro. Encarei a pessoa vendo que era o Lou um pouco surpreso e alegre.   — Está linda amor! — Disse ele deixando um selar em minha bochecha fazendo com que meu corpo se arrepia-se. Amor?! — Eu sei que ver antes do casamento dá azar, mas eu não achei minha arma, você a viu?   — Está na coxa dela! — Liang disse sorrindo para mim, o mesmo se aproximou erguendo o vestido pegando-a.  — Espertinha você! - Disse sorrindo para mim, aproximando-o seu rosto do meu para me beijar. Mas, um estrondo enorme e o barulho da janela sendo quebrada parou na hora. Encarei ele vendo que me encarava com os olhos arregalados. Desci meu olhar para meu vestido vendo-o sujo de sangue, logo focando a sua blusa branca sendo manchada por sangue. — LOU! — Exclamei em um tom alto, vendo-o cair no chão.  Agachei-me ao seu lado vendo-o puxando o ar com força. Coloquei minha mão em seu peito tendo para um pouco o sangramento sentindo meus olhos lagrimejarem. Sua mão foi posta sobre a mim, olhei para ele vendo que havia uma lágrima descendo pelo seu olho. — Ei, vai ficar tudo bem. — Ele disse com a voz fraca sorrindo sem mostrar os dentes fazendo com que sua covinha aparecesse. — Isso iria acontecer um dia ou outro! — Não... — Comecei a chorar. — Aguenta, a ajuda vai chegar logo. — Fique bem sem mim... E cuide bem dela. — Colocou a mão em minha barriga. Eu estava grávida. — NÃO, VOCÊ TEM QUE AGUENTAR. — Gritei chorando e muito. — Eu te amo, Jismine... — Ele disse fechando os olhos lentamente. — NÃO FECHA OS OLHOS... NÃO! LOU! — Gritei sentindo sua mão que estava sobre a minha descendo lentamente, a mesma coisa aconteceu com a que estava sobre a minha barriga. — ACORDA, PARA DE BRINCAR COM ISSO, NÃO MORRE... LOOU." Acordei chorando e sentindo um enorme aperto em meu peito, apenas meus soluços do choro podiam ser ouvidos naquele enorme quarto. Limpei as lágrimas que insistiam em descer, levantei-me sentindo minhas pernas fracas, sai do quarto indo à cozinha para beber um pouco de água. Com o copo em minhas mãos dava pequenos gole tentando cessar meu choro, mas nada estava funcionando, a cada segundo eu chorava mais e pequenos flashbacks vinham em minha cabeça. — Jismine? — Uma voz masculina soou atrás de mim, não consegui reconhecê-la então me mantive de costas limpando minhas lágrimas discretamente. — Você está chorando? — Rapidamente um puxão em meus ombros fez com que encarasse a pessoa. Era o Jacob preocupado. — Pesadelo?! — Perguntou e eu assenti em resposta. — Quer contar sobre ele. — Se eu contar eu vou chorar ainda mais. — Murmurei entre os soluços vendo-o sorrir para e puxar-me para a sala colocando-me sentada e se sentando na mesa de centro encarando-me. — Sou todo a ouvidos para você! — Ele disse passando um ar de confiança para mim. Comecei a contar cada detalhe do pesadelo, vendo-o concordar e ouvir cuidadosamente como se dependesse daquilo para viver. Quando terminei eu chorava menos, porém soluçava mais. Ele se sentou ao meu lado puxando-me para encostar minha cabeça em seu ombro, enquanto acariciava meus cabelos com cuidado e delicadeza. [Zhu Yan Tao] Estava encostado na parede que ia para a sala em choque e um pouco incrédulo com o que eu havia ouvido por acaso. Ela sonhando justamente com o que eu tento evitar que aconteça e eu tendo um pesadelo com ela um pouco semelhante ao seu no mesmo dia que o dela.  Baguncei meus cabelos voltando para o meu quarto, deitando-me na cama, cobrindo meu corpo até a cabeça tentando dormir, coisa que aconteceu horas depois de mim deitar. [11:29AM] — Droga... — Resmunguei ouvindo vários barulhos irritantes vindo da cozinha. — Fazendo barulho tão cedo assim! Bufei levantando-me da cama vestindo uma blusa. Sai do quarto, indo à cozinha vendo o motivo de tanto barulho desnecessário assim. Parei na porta vendo a Liang, Jismine e o Qiao cozinhando alguma coisa. — Parece que acordamos a princesa. — Qiao disse encarando-me fazendo meus olhos revirarem. — Estamos tentando fazer um bolo! — Liang disse em um tom divertido me encarando. — Não sabia que para fazer um bolo era necessário tanto barulho. — Exclamei vendo-a mostrar língua para mim. Meu olhar caiu sobre a Jismine que se mantinha de costas mexendo a massa do bolo, rapidamente o sonho veio em minha memória misturando com o dela. Balancei minha cabeça tentando removê-los da minha memória. — Está bem?! — Minha irmã indagou e eu concordei sorrindo torto para ela. Finalmente a Eun Ji se virou, mas não olhou para mim. Ela foi em direção a mesa colocando a massa em cima da mesma dando-me a visão dos seus olhos um pouco inchados, provavelmente de chorar. Não entendia porque me encontrava preocupado com ela, provavelmente porque agora ela seria parte do grupo. — Então... — Desviei o meu olhar dela, pigarrei. — Cadê o restante dos meninos? — Saíram, mas agorinha está de volta. — Liang respondeu-me. — Qiao, vamos ali comigo. Eu vi uma barata em meu quarto e quero que você a mate para mim. — Puxou-o para fora da cozinha, deixando-me sem entender nada, mas não dei muita moral para eles.  Fui até a geladeira pegando uma garrafa de água colocando um pouco em um copo para mim. — V-Você está bem?! — Jismine indagou em um tom baixo, fazendo-me engasgar com a água. — Sim...  — Respondi colocando o copo na pia, ficando de costas para ela. — Você também está bem?! — Sim também, eu acho. — Respondeu-me no mesmo tom que antes. Estralei a língua pensando em algo para falar. — O que houve com os seus olhos! — Indaguei virando-me para encarar ela, afrontando-a para ver se me contaria a verdade. — Por causa do choro... Eu tive um pesadelo ontem e o resultando dele foi olhos inchados. — Me olhou finalmente. — Quer saber com quem foi ele?! - Perguntou e eu meio receoso assenti. — Com você. E você morreu no final dele... Foi só um pesadelo, mas ele mexeu com o meu emocional de uma maneira muito forte. Minha boca se abriu e se fechou várias vezes, mas nenhum som e nenhuma palavra saíram dela. Estava incrédulo dela realmente ter contado para mim a verdade de forma tão direta como aquela. A cada dia que se passava, ela conseguia me surpreender sem qualquer dificuldade. Limpei novamente a garganta olhando para o lado piscando algumas vezes. Virei-me encarando-a vendo que ela estava rindo da minha reação. — Foi só um sonho, não dê moral para eles não. — Exclamei aproximando-me dela bagunçando seus cabelos vendo-a sorrir, saindo da cozinha sem olhar para trás.  — Parece que alguém vai gostar de ter ela aqui. — Qiao disse me assustando assim que entrei em meu quarto. — O que está fazendo aqui? Some do meu quarto! — Exclamei apontando para a porta do quarto aberta. — Pode afirmar que está começando a gostar dela, você está entre amigos. — Ele disse sorrindo para mim. Peguei em seu braço levando-o para fora fechando a porta em sua cara. — O AMOR É LINDO, NÃO É YAN TAO? ELE É MARAVILHOSO!
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