02- A EXPERIÊNCIA – OS ACONTECIMENTOS -2ª Parte

4970 Words
Avaliando os relatos contidos na bíblia, é fácil concluir que muitas pessoas têm a “sensibilidade espiritual” e alguns passam por experiências parecidas, atualmente, contudo, não querem aceitar e não confessam pela trave da ignorância que ainda impera, pois, ainda há um preconceito de chamar os “sensitivos” de endemoniados ou de loucos. Eu removi essa trave da hipocrisia do meu entendimento e passei a encarar o fato com entendimento e sem medo de ser excluído socialmente falando. Você acha-se preparado para batalhas espirituais? Ainda age como os moradores de Genesaré e fica atemorizado com tudo isso e pede que, quem fala disso, pare e saia de perto de você? 5 Assim diz Jeová, o único e verdadeiro Deus, que criou e estendeu os céus, que formou a terra e tudo que ela produz, fonte de vida para todos os seus habitantes e dá o espírito que sustenta toda a forma de vida que caminha na terra: (ISAÍAS 42:5) 6 Eu sou Jeová, que mantém você em segurança, protegendo-o e chamando-o em justiça para ser o mediador da aliança com o meu povo e luz para as nações, 7 para tirar as traves dos olhos dos cegos, e os libertar da escuridão onde estão sentados e aprisionados. (ISAÍAS 42:6-7) Vejo que muitas pessoas perderam o medo e conversam mais abertamente sobre as experiências espirituais que passam e buscam ajuda para tentar compreender e controlar emocionalmente. Conforme a bíblia narra, os servos do rei israelita Saul perceber uma mudança emocional do rei, e com base nisso perceberam que são atacados por espíritos malignos. 6 Espalhou-se a notícia, por todo o território israelita, que Davi havia derrotado o temido Golias e encorajado o exército israelita a lutar e livrar as cidades de Israel do domínio dos filisteus. O rei Saul e todo o exército israelita, ao retornarem da batalha, foram saudados pelas mulheres, que ao som de instrumentos musicais cantavam e dançavam com muita alegria. 7 Enquanto dançavam, comentavam entre si: Saul matou milhares e Davi matou dez milhares. 8 Isso indignou o rei Saul, que muito aborrecido retrucou: atribuem a Davi uma vitória sobre dez milhares, enquanto a mim dão apenas milhares! O que mais lhe falta ser dado, a não ser o reinado! 9 Nos dias seguintes, o rei Saul passou a ver Davi com olhos da inimizade. (1 SAMUEL 18:6-9) Saul começou a aborrecer-se sem motivos aparentemente lógicos, pois, conforme se observa no caso, irritou-se com os comentários das mulheres que enalteceram a conquista de Davi e “desprezaram” a dele. Nesse caso os servos mais próximos de Saul deveriam acompanhar a dedicação e fidelidade de Davi para com o rei, e por entender que estaria dominado pelo sentimento maligno da “inveja”, do egocentrismo, da vaidade, da soberba, dentre outros, que cegava o entendimento e tornou-se ponto de desequilíbrio espiritual que o afetava. 5 Davi realizava com eficiência todas as ordens de Saul, sendo todo o esforço reconhecido pelo rei, que o condecorou com elevada patente no exército. Esta honraria concedida a Davi agradou o povo e os conselheiro do rei Saul. (1 SAMUEL 18:5) Alguns podem levar que seria um “egoísmo” desencadeado pela “insegurança” que fazia com que buscasse uma “aceitação” do povo, para consolidar o seu reinado. No entanto, independentemente dos pontos avaliados pelos servos do rei, percebe-se um “excesso”, que facilmente levou ao diagnóstico de o rei estar “subjugado” por algum espírito maligno, por conta dos sentimentos malignos demonstrados. 14 Um espírito obsessor que tudo observava, percebeu que Saul saiu da proteção de Deus, e logo apressou-se para subjugá-lo com tormentos que duraram até a sua morte. 15 Os servos do rei Saul, constatando a mudança comportamental, informaram-lhe: Oh rei, meu senhor! Você é atormentado pelos espíritos obsessores que te cercam, por ver que saíste da presença e proteção de Deus. 16 Permita que os teus servos procurarem um homem hábil em tocar harpa para ser possível acalmar o teu espírito, com a melodia produzida pelo instrumento musical, quando os obsessores tentarem inquietar-te. (1 SAMUEL 16:14-16) Alguém pode até afirmar que seria um diagnóstico precipitado, contudo, a história mostra que, antes de ser rei, Saul era um homem simples pertencente a uma família humilde e amado pelos servos do seu pai que o acompanhavam. O acontecimento relacionado com a procura das mulas que sumiram, mostram que o próprio pai de Saul e alguns servos mais próximos ficaram apreensivo quando ele demorou em retornar para casa (1 Samuel 9). Ao ver como Saul era e ver como se tornou, fica cristalino que estaria sob a “dominação” de espíritos possessivos malignos, visto que inclusive tentou matar o próprio filho Jônatas. 30 Demonstrando está furioso com Jônatas, Saul disse-lhe: filho de vagabunda! Acha que eu não sei que você ajuda o filho de Jessé [Davi] para a tua vergonha e da tua genitora? 31 Entenda que, enquanto o filho de Jessé viver, nem você, nem o teu reino estará seguro. Agora vá chamá-lo para vir a mim, pois, certamente ele foi condenado a morte! 32 No entanto, Jônatas perguntou a seu pai: qual o motivo para a condenação dele a morte? O que ele fez? 33 Indignado com os questionamentos do seu filho Jônatas, Saul atirou a sua lança com o fim de matá-lo. Com isso Jônatas entendeu que o seu pai estava decidido para matar Davi. 34 Contrariado com a atitude do pai, Jônatas levantou-se da mesa, nesse segundo dia da festa da lua nova, sem comer nada, por estar dominado pela ira e pela tristeza, pelo fato de o seu pai ter humilhado Davi. (1 SAMUEL 20:30-34) Observa-se que não podemos nos enganar e considerar que os casos parecidos atualmente são “fatos isolados”, visto que, antes poderíamos culpar a família afligida por causa disso, contudo, o fato bem tomando proporções desagradáveis para a sociedade, quando estes “casos isolados” começam a invadir escolas, cinemas e locais com grande aglomeração e tentam se vingar de uma coletividade que não conhecem. Até quando vamos ignorar isso? É evidente que pela forma como os servos narram o ocorrido (1 Samuel 16:14-16), fica cristalino que entre eles havia algum “sensitivo” que conseguia acompanhar a movimentação dos espíritos. Descobri com o aprofundar estudo nos textos bíblicos, que os espíritos obsessores podem se apresentar coma forma que desejarem, e no meu caso, usaram uma forma de um “extraterreste”, como chamava, para me amedrontar com a forma monstruosa e eu não mais desejasse ver isso. Para alguns, é comum o relato de falarem que veem algumas sombras de olhos vermelhos escalando as paredes e teto da casa. Eles não vão se apresentar igualmente para as pessoas, sendo que para algumas, apresentam-se na forma de um ente desencarnado, ou anjo de luz, ou medo escondido na mente, ou na forma de monstro. Quanto não viram o homem de canelas compridas ou de chapéu longo? Reconheço que o caso é complicado de ser avaliado, sendo é necessário maiores estudos sobre o caso para que se possa tirar uma conclusão mais certa, sendo que não seria ideal misturar ciências que negam a existência do plano espiritual com quem tem essa sensibilidade espiritual, pois, isso não propiciará um verdadeiro alívio para os afligidos, que narrarão algo que veem e serão contrariados por aqueles que, por desconhecimento o recriminarão. Com o tempo entendi que, a resposta dada por minha mãe, naquele momento quando narrei o acontecido, objetivava proteger-me e os meus irmãos, que ficaram tensos no início, e após a sensata resposta, mantiveram a calma. Tudo nesse mundo tem o tempo certo, e naquela hora não estava preparado para conhecer, pois, nem ouvir a palavra de Deus eu fazia de forma adequada. Todavia, um questionamento surge: quando será o momento certo? 14 Assustados com o acontecimento os porqueiros fugiram e relataram os fatos presenciados na cidade e nos vilarejos próximos, fazendo os incrédulos moradores saírem para conferir a veracidade daquilo que os cuidadores de porcos falavam. 15 Quando se aproximaram de Jesus, viram o homem, que antes era subjugado por uma legião de espíritos malignos, sentado próximo aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo, contudo, diante do presenciado, ficaram apavorados. 16 Quem testemunhou os fatos, relatava o ocorrido a todos os moradores, explicando como o homem atormentado fora liberto da legião de espíritos possessores e, também, como os porcos se arremessavam do penhasco e afogavam-se no mar. 17 Apavorados, os moradores imploraram para Jesus sair das suas terras. (MARCOS 5:14-17) Pelo desconhecimento e imaturidade espiritual, a resposta por um lado tranquiliza, por outro lado, abrem dúvidas na consciência da pessoa que teve esse contato sobrenatural, pois, pode desenvolver o medo de falar isso novamente e ser considerado louco, por exemplo, e se frustrarão em não conseguir as explicações sobre algo que no momento é inexplicável pelo pouco conhecimento. 6 Foi Deus quem ordenou para a luz brilhar nas trevas! Por seu Espírito Santo, Ele brilha na nossa consciência com o fim de abrir o entendimento a respeito da sua glória espelhada na face de Jesus, o Cristo. (2 CORÍNTIOS 4:6) Por muitos anos esse assunto, por não haver uma explicação cientifica, pela limitação dos meios tecnológicos, foi tratado como “oba do acaso” ou “caso isolado”, chegando inclusive a ser enquadrado como loucura ou bruxaria. Entender o caso sem conhecimento bíblico é impossível, e por isso o caminho que leva o entendimento é um pouco longo, e necessita de paciência e perseverança nos estudos bíblicos. 10 Não tenha medo, pois, estou com você. Não te atemorizes, porque sou o Deus que escolhestes. Dar-te-ei forças e serei a tua fortaleza, serás amparado nas minhas justas mãos. (ISAÍAS 41:10) Quando estiver diante de uma situação desta, o ideal é primeiramente se acalmar, para que o nervosismo incite uma inquietação que leve ao desespero, que facilita a “dominação”. Não pense que a dominação se dar apenas por meio do medo, pois, há diversos casos que a manipulação espiritual se dá pela inveja, conforme narrado, ou pela ira excessiva, como o caso de Caim. 6 O Senhor questionou-lhe: Caim! Por que você anda irado? Qual o motivo do semblante fechado? 7 Você não sabe que para ter a Minha aprovação basta que voltes a fazer o que é bom? Todavia, se persistir na maldade, eis que o maligno, nas proximidades, observa tudo que fazes com o desejo ardente de subjugá-lo. É necessário que você o vença o m*l que o subjuga pelos sentimentos que há em você. 8 Ignorando as orientações de Jeová, dias depois, Caim fez um convite a Abel, o seu irmão: vamos ao campo? Estando no campo, Caim atacou e matou Abel, o seu irmão. (GÊNESIS 4:6-8) Segundo ponto muito necessário é não se fechar e nem se importar com os juízos dos tolos zombadores, e nunca desistir de buscar ajuda, mesmo que em alguns casos essas pessoas não saibam o que fazer, te ajudarão a encontrar alguém que possa realmente ajudar. Tentar acalmar com gracejos ou “desaprovação”, pode criar um trauma no subjugado e fazer com que ele se feche, por considerar que é alvo de zombaria, sendo essa mensagem que ele receberá diretamente na sua mente, mesmo que a intensão seja de ajudar. Lembre-se que os espíritos desencarnados são inteligentes e podem usar as suas atitudes para subjugar quem quer se libertar. Antes de falar algo, pondere. Seja mais paciente e apto para ouvir e tardio para julgar (Tiago 1:19). 14 Um espírito obsessor que tudo observava, percebeu que Saul saiu da proteção de Deus, e logo apressou-se para subjugá-lo com tormentos que duraram até a sua morte. 15 Os servos do rei Saul, constatando a mudança comportamental, informaram-lhe: Oh rei, meu senhor! Você é atormentado pelos espíritos obsessores que te cercam, por ver que saíste da presença e proteção de Deus. 16 Permita que os teus servos procurarem um homem hábil em tocar harpa para ser possível acalmar o teu espírito, com a melodia produzida pelo instrumento musical, quando os obsessores tentarem inquietar-te. (1 SAMUEL 16:14-16) Tente ouvir com amor e respeito quem busca ajuda, sem emitir juízo de valor, pois, aquilo que narra não é “coisa da cabeça dele” e nem tampouco se trata de “louco” ou “esquizofrênico”, que deve imediatamente ser submetido a tratamento com drogas tranquilizantes. Ninguém que ser segregado do convívio social castigado com remédios, recebendo o tratamento de “doido”, da mesma forma ser visto como um “filho do d***o” por não ter controle sobre as visões. Precisamos aprender a ajudar e não julgar. Lembre-se que casos parecidos com o sensitivo estão narrados na bíblia, sendo que inclusive há relatos envolvendo o nosso Senhor Jesus, o Cristo de Deus, que conversou com o d***o. 1 Conduzido pelo Espírito Santo, Jesus saiu das margens do Jordão para o deserto, 2 em jornada de caminhada e jejum por quarenta dias seguidos e, ao fim destes dias, sentiu fome. 3 Aproveitando a ocasião, o d***o ao aproximar-se, com palavras de tentação propôs: se você é o filho de Deus como dizem, sacia a tua fome transformando estas pedras em pães. 4 Jesus repreendeu-lhe com o seguinte ensinamento: encontra-se registrado nas escrituras que o ser humano não viverá somente do alimento que consome. (LUCAS 4:1-4) Você diria que Jesus era louco ou “filho do d***o”? Lembre-se que os fariseus usaram termos pejorativos para Jesus, como chamavam de príncipe de belzebu. 22 Depois disso, apresentaram a Jesus certo cego e mudo, que ficou curado quando os espíritos malignos que o subjugavam foram repreendidos, e o homem possesso voltou a falar e ver. 23 Admiradas com a maravilha que presenciaram, as pessoas que testemunharam o fato disseram: não será este o Filho de Davi? 24 Quando os líderes sacerdotais dos fariseus ouviram o testemunho disseram: ele expulsa os demônios por belzebu, o príncipe dos demônios. (MATEUS 12:22-24) Lembre-se que os servos do rei Saul tomaram a postura correta, pois, após informar o que acontece com o rei, mostraram-lhe o que deveria fazer para livrar-se do subjugo maligno (1 Samuel 16:14-16), orientando que contratassem um harpista que o acalmasse. Quem tem a sensibilidade de ver ou é alvo de ataque, não deve ter vergonha de procurar ajuda, conversar com alguém esclarecido que esteja disposto a ouvir, pois, o fato de poder compartilhar isso com alguém que o entenda, já alivia, e mesmo após superar isso, deve compartilhar a experiência com outros, para ajudar aqueles que passam por isso. Conte a sua história sem ter medo. 38 No entanto, o homem liberto da possessão dos espíritos malignos, pedia que Jesus o deixasse entrar no barco e acompanhá-lo, mas Jesus, ao se despedir dele, orientou-lhe: 39 Volta para a tua família e explique-lhes tudo aquilo que Deus fez por você! E assim o homem retornou para sua casa e anunciou aos familiares, bem como em todas as vilas próximas, as obras que Jesus havia realizado na sua vida. (LUCAS 8:38-39) Não tenha medo da reação das pessoas e nem do deboche que pode ouvir, apenas continue firme na busca de entender e encontrar alguém que possa ajudá-lo. Nem todos estão preparados ou dispostos para ajudar, mas muitos aparecerão com a ajuda necessária para o momento. Naquele tempo eu frequentava a igreja, participava das procissões de domingo de Ramos e inclusive trazia, para casa, os galhos das palmeiras “abençoadas”, com água benta, pelo padre. Porém, isso também eram “simbolismo” que não ajudou na ora da dificuldade, pois, o ato da procissão de domingo de Ramos serve para lembrar a história (Mateus 21:8-9; Marcos 11:8-10; Lucas 19:37-38; João 12:14-15). 46 Na aflição clamam com os lábios: Senhor! Senhor! mas não seguem os caminhos que ensino! 47 Para ser possível o clamor chegar até mim, é necessário trilhar os caminhos da retidão que ensino, e assemelhar-se a um homem diligente, 48 que cuidadosamente escava a terra bem fundo para firmar a sua casa sobre a rocha. Por firmar-se sobre base sólida, não se abalará com as enxurradas ou as intempéries que sobrevirão, por mais forte que sejam. 49 No entanto, quem ignora os ensinamentos e não faz as obras da Lei, é comparável ao insensato que firma a sua casa sobre terreno arenoso, que desabará com as primeiras tormentas e grande será a destruição, por não ter sem base sólida. (LUCAS 6:46-49) Não podemos colocar a nossa fé nos simbolismos como palhas abençoadas, crucifixos de metais ou madeiras, água/azeite benzidos por homens, imagens esculpidas por mãos humanas e quaisquer outras formas de amuletos e ídolos domésticos, visto que a respeito deles Jeová adverte para não colocarmos neles a nossa fé e nem a eles seja atribuída a glória por uma bênção recebida. A nossa fé tem que ser única em Deus, e não por meio de objetos inanimados. 8 Meu nome é Jeová! Não deem glória e nem louvor a qualquer imagem esculpida que os homens endeusam, como se fizessem algo para mim. 9 Prestem atenção nos eventos passados que antecipadamente foram anunciados pelos profetas e que se cumpriram em seguida. E agora, antecipo as coisas que acontecerão, para crerem ao verem acontecer. (ISAÍAS 42:8-9) Eu me questionava, como poderia isto acontecer comigo, visto que, adorava a diversos santos e era devoto de outros, possuindo inclusive imagens de santos na minha casa e usava crucifixo de ouro pendurado numa corrente e, na hora dos acontecimentos, o uso desses objetos não conseguiram impedir o ataque dos irmãos que habitam nas trevas. Eu seguia doutrinas enganadores que me fizeram acreditar na “força” desses objetos. 9 Assim o grande dragão, a serpente original, o chamado d***o e Satanás, com os seus anjos seguidores foram lançados na terra e enganam as pessoas que nela habitam. (APOCALIPSE 12:9) É evidente que depositava a minha fé mais nesses objetos e achava que fazendo isso estaria seguia as orientações de Jeová, quando, na verdade, seguia as tradições baseadas em doutrinas tortuosas que aprendi ouvindo determinadas pessoas, e nunca realmente fui atrás da verdadeira fonte da vida, a palavra de Deus. 13 Se rigorosamente seguir as orientações de Jeová, transmitidas por Moisés (e os profetas), você será abençoado em tudo que se dispuser a fazer. Mantenha-se firme na fé e corajosamente enfrente todos os males que os cercam, para não ser afligido e nem amedrontado. (1 CRÔNICAS 22:13) É certo que, pela forma, como agia, ficavam evidentes que os meus conhecimentos sobre Deus eram superficiais, sem ter raiz profunda na palavra contida nos versos bíblicos, sendo guiado como uma folha ao vento, onde um sopro da aflição conseguia abalar a frágil fé, erguida em terreno arenoso de doutrinas tortuosas. Os meus conhecimentos estavam firmados em frágeis pilastras de expectativas, que confundia como sendo de esperança, as quais foram despedaçadas pelo desespero e a ansiedade que se apresentavam diante de qualquer ataque. PROVÉRBIOS 1:27-33. 27 A calamidade, a dificuldade os alcançarão como uma tempestade, e o sofrimento e aflições como um vendaval. 28 Não responderei quando clamarem amedrontados e nem me encontrarão quando me buscarem com as suas orações. 29 Porque desprezam os ensinamentos e desrespeitarem Jeová com as suas transgressões. 30 Os ensinamentos abandonaram, as repreensões ignoraram, 31 e nos próprios entendimentos perderam-se, e fartar-se-ão nos frutos gerados por suas transgressões. 32 O falso bem-estar dos tolos o fará cair pela soberba e rebeldia que carregam. 33 Quem ouvir a instrução de Deus viverá tranquilamente, em segurança, sem se amedrontar com as investidas do maligno. (PROVÉRBIOS 1:27-33) 2.2- A MORTE DA TIA CLAIR. Nesse mesmo período, uma tia, chamada Clair, que morava conosco e estava muito doente, teve um surto epilético que a deixou temporariamente muda. Gostava muito dela, pois, ela ficava conosco quando os meus pais saiam para trabalhar, criando assim um vínculo forte. Após ser medicada, mas ainda muda, fui ao quarto dela, e ela me apontava a uma imagem de Iemanjá, que tinha no quarto onde ela dormia. Apontava e aos poucos a língua dela se soltou e ela, com dificuldade ainda de falar, soletrou que uma pessoa saiu da imagem e avisou-lhe que morreria em 3 (três) dias. Estava nesse momento apenas eu e ela. Mais uma vez, narrei o fato para a minha mãe, após pensar um pouco, falou com uma voz suave, que a minha tia ainda delirava pela medicação recebida e que ela ainda não sabia o que dizia. Quando voltou a falar e já estava melhor, a minha tia falou-me que a mulher haver saído do quadro usava uma roupa longa, branca e brilhava muito. Essa mulher apontou na sua direção dizendo que certamente morreria em 3 dias. Ela baixou a cabeça pela luz forte e quando levantou a cabeça já não a viu mais. Acontece que, um dia após a data aprazada, numa manhã de agosto acordei cedo, como de costume, para ir à escola, pois, teria prova. Levantei-me e fui em direção ao banheiro, cuja porta ficava entre a porta do quarto onde dormia com outros irmãos e o quarto onde dormia a minha tia com o meu primo Sant’Clair. Ao sair do quarto deparei-me com a presença de um médico na entrada da porta do quarto da minha tia, sendo que o meu pai me informou, com a voz trêmula, que a minha tia morria. Alguns minutos depois, o médico afirmou que ela havia morrido e não poderia fazer mais nada. Nesse dia não fomos a escola e lembrando-me daquilo que a minha tia Clair havia dito, questionei mais uma vez a minha mãe sobre a visão que anunciava a o falecimento em 3 (três) dias, e aquele era o quarto dia, mas se excluíssemos o dia do acontecimento, seria o terceiro dia. Fazia isso, contando nos dedos, excluindo o dia do acontecimento. A minha mãe não me respondeu, acredito que pelo ocorrido e por todos estarem abalados. Preferi não falar mais sobre o assunto e calar-me, mas guardei na lembrança até a presente data, e após investigar na bíblia encontrei a resposta, que anjos podem conversar conosco pessoalmente como aconteceu com Abraão (Gênesis 18:1-3), com Moisés (Êxodo 3:1-6), com Manoá e a sua esposa, pais de Sansão (Juízes 13:13-14), com Gedeão (Juízes 6:12-14), com Daniel (Daniel 6:22-23), com o sacerdote Zacarias, pais de João o Batista (Lucas 1:13-20) com Maria, mãe carnal de Jesus (Lucas 1:26-38), e com Jesus, quando falou com Moisés e Elias (Lucas 9:28-36). 4 Elias caminhou no deserto por jornada equivalente a um dia, e encontrou um arbusto, debaixo do qual se sentou e pediu para morrer, dizendo: oh Senhor Jeová! Já vivi o suficiente, agora tira a minha vida, pois, não sou melhor que os meus ascendentes. 5 Depois disto, deitou-se e adormeceu a sombra do arbusto. Um anjo enviado por Jeová despertou-lhe dizendo: levanta-te e coma. 6 Elias olhou e viu que próximo à cabeça havia um pão assado, sobre pedras quentes, e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e voltou a dormir. 7 Novamente o anjo, enviado por Jeová, despertou-lhe e disse: levante-te e coma, para aguentar a longa viagem pela frente. 8 Elias levantou-se, comeu, bebeu e fortalecido pelo alimento, andou no deserto por 40 dias e 40 noites até chegar ao monte Horebe, o monte do soberano Jeová Deus. (1 REIS 19:4-8) 2.3- OS ACONTECIMENTOS COM O IRMÃO MAIS NOVO. Após a morte da minha tia Clair, meu irmão, o caçula dos homens, passou a ter visões constantes com ela e outros espíritos desconhecidos, inclusive fazia alusão a existência de buracos negros e uma mão vindo de dentro com o fim de pegá-lo. Como ainda não sabia do que se tratava, por ser muito novo, toda vez que tinha essas experiências, que se concentravam mais pela parte da noite, dizia que viu um ladrão, por tratar-se de pessoas com características estranhas. Quando eu o ouvia narrar as “visões” que tinha, levava na brincadeira e na zombaria, afinal éramos sete irmãos. Não entendia o que seria aquilo que ele “via”, os pavores noturnos que passava, acreditando que não passavam de pesadelos, apesar de ver o semblante apreensivo dele. Nesses momentos, mesmo já tendo passado por algo parecido, agia com um hipócrita e o chamava medroso. 1 Fé é a certeza de receberemos aquilo que esperamos, mesmo que esteja fora do nosso campo de compreensão, onde a realização esperada não se condiciona ao que é visto. 2 Pela fé aqueles que nos antecederam obtiveram a bênção de Deus. (HEBREUS 11:1-2) 3 Pela fé, conseguimos compreender que tudo veio à existência pela autoridade que há na palavra de Deus, que não é visível, porém, deu vida àquilo que não existia. (HEBREUS 11:3) Sei que a minha mãe intercedeu de alguma forma para que aquelas visões parassem e, inclusive, nos obrigava que frequentássemos a igreja e ler uns livros que contavam histórias bíblicas, coisa que nunca levei a sério e achava chato. A calmaria que se sucedeu era apenas um tempo para que se reunissem e lançassem um ataque, concentrado e brutal, que eclodiu após a morte do meu pai, quando todos estavam abalados. Para não ser afligido com as visões, eu fugia com as “brincadeiras”, contudo, não entendia que o meu irmão era amedrontado por eles para que ele não contasse o que via, e com isso nos preparássemos para um eminente ataque. 25 pois, tudo aquilo que me apavorava... aconteceu, aquilo que me faziam tremer de medo... afligiu-me. (JÓ 3:25) Se fossemos diligentes, em vez de zombar, nos prepararia para enfrentar a batalha, pois, ignorar não os afastou da nossa casa e nem de andar entre as pessoas. Como um “predador”, esperaram o momento de maior fragilidade para atacarem em grupo, e afligir pessoas negligentes no ouvir na palavra de Deus, e as advertências das pessoas sensitivas. 25 Feliz é quem persevera diligentemente na palavra de Deus colocando-a em prática e produzindo os devidos frutos, não se comportando como um ouvinte negligente que com o tempo tudo esquece. (TIAGO 1:25) 2.4- OS DESESPEROS DIANTE DAS AFLIÇÕES OCORRIDAS APÓS A MORTE DO MEU PAI. Com a morte do meu pai, que se deu no hospital, alguns meses após, começaram as manifestações dos espíritos malignos que atormentaram todos nós, visto que o inimigo, que estava no nosso meio observando tudo, conhecia o fato e o abalo que todos passavam. 7 O maligno esconde debaixo da língua enganos, maldições, ameaças, desgraças e crueldades. 8 Do seu lugar de emboscada, observa atentamente o desatento para vitimá-lo. 9 No seu esconderijo, como um leão no seu covil, ele aguarda o momento certo para lançar a rede e apanhar o distraído. 10 A vítima é derrubada e esmagada. Infeliz será quem cair nas suas garras. (SALMOS 10:7-10) Naquele tempo não estávamos bem unidos, e havia algumas “desavença” entre irmãos e, aproveitando-se do caos, tentaram jogar um contra o outro para nos separar. 14 O espírito que habita no homem consegue sustentá-lo na doença, porém, quando o espírito do homem se abate, quem pode levantá-lo? (PROVÉRBIOS 18:14) Vi as possessões e usando os tortuosos conhecimentos, reconheci ser incapaz de vencer sem o devido conhecimento da palavra de Deus e sem se revestir com a armadura da fé verdadeira e não a fé em coisas inanimadas, objetos feito por mão humanas que servem apenas adornar as casas. 32 O maligno observa atentamente o justo procurando o momento que o conduzirá à morte. (SALMOS 37:32) Em um desses eventos vi um entortar um crucifixo, no qual era depositada uma crença que seria “capaz” de fazer a expulsão de demônios, bem como outros jogar o livro da bíblia, uns fazer movimentos com o corpo que não conseguiam fazer pela limitação física. 1 Jeová reina! Alegrem-se quem habitam a terra, inclusive nas regiões costeiras mais distantes. 2 A base do seu reinado é justiça e retidão, rodeado por nuvens densas e escuras. 3 E um fogo devorador varre a sua frente, consumindo os inimigos que lhe cercam. 4 O mundo é iluminado com o cintilar dos seus relâmpagos, e estremece quem na terra os vê. 5 Diante de Jeová, Senhor de toda a terra, os montes derretem como cera. 6 A Sua justiça pelos céus é anunciada e a Sua glória é testemunhada pelas nações que habitam a terra. 7 Curvem-se diante de Jeová, quem se considera deus e envergonhe-se quem adora imagem esculpida e segue garboso esses deuses sem valor. (SALMOS 97:1-7) Investigando as escrituras bíblicas vi agimos como tolos, pois, a nossa fé estava materializada em imagens de esculturas inanimados e não na verdade contida na bíblia. A força deles era descomunal e investigando li algo a respeito. 1 E assim, atravessaram o mar em direção à região dos gerasenos. 2 Logo que Jesus desembarcou na praia, correu ao seu encontro um homem advindo dos sepulcros, sob a possessão de casta de espíritos malignos, 3 que habitava entre os túmulos e ninguém o mantinha preso, 4 pois, quando alguém conseguia aprisioná-lo com correntes, ele despedaçava-as com a sua força descomunal. 5 Diariamente o possesso caminhava entre os túmulos e nos montes, gritando e cortando-se com pedras. (MARCOS 5:1-5) O livro bíblia para o t**o pode ser apenas um monte de papel e palavras, contudo, não é nada se não conhecemos o seu conteúdo e não entendemos o que se encontra escrito, assim como o crucifixo de nada serve se não sabemos o que ele representa. Estavam nas minhas mãos apenas objetos inanimados que não sabia para que realmente servia. Entendo que naquele momento de desespero agimos igual os filhos de Cevas, que repetiam palavras anunciadas pelo apóstolo Paulo, sem verdadeiramente as compreender.
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