Liz Narrando A lancha foi cortando a água num silêncio estranho, como se até o mar estivesse esperando o que ia acontecer. Eu ficava olhando o horizonte, tentando controlar a respiração, mas meu coração tava tão acelerado que parecia que ia rasgar meu peito. Quando chegamos bem longe da costa, ele reduziu a velocidade até a lancha praticamente flutuar. PH apertou uns botões, virou alavancas, fez uns movimentos que eu nem entendi e então a lancha parou completamente. Ancorada. Sozinhos. Só o barulho da água e do vento ao redor. Ele ficou de costas por dois segundos… Dois. Quando virou, veio direto na minha direção como se nada, nem o mar inteiro, pudesse segurar ele. Meu corpo travou. Não teve para onde fugir. PH chegou tão perto que eu senti o calor dele antes mesmo de ele me toca

