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Flames Hodrison - As chamas lúgubres

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Blurb

Este livro é uma fantasia medieval que conta a história de como um jovem fraco se torna um grande homem, neste o protagonista “Flames” vem de uma rotina cansativa e solitária e se envolve em uma série de acontecimentos que acabam “sacodindo” de vez a sua vida, lhe dando propósitos e motivos para evoluir, em sua jornada Flames enfrenta os mais diversos perigos e inimigos, incluindo a si próprio, também faz amizades verdadeiras, alianças poderosas e acaba descobrindo muito sobre os mistérios do mundo em que vive e principalmente sobre si e sobre seu propósito.

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Capítulo 1 – O garoto sem pais.
Prólogo:  Idade média, ou  para muito idade das trevas, uma época cheia de mistérios por si própria, o conhecimento sobre o mundo é algo muito abstrato, a comunicação é limitada e por isso a verdade e mentira se confundem com frequência.  Em uma época tão conturbada e confusa nasce um garoto chamado Flames que poucos minutos após seu nascimento coloca fogo em seu berço e em si próprio, porém permanece intacto após as chamas serem apagadas, confusos sobre o mistério por trás do acontecimento muitos o acusam de uma ligação com seres malignos e coisas semelhantes, Flames então cresce sem amigos apenas com a companhia da mãe que também era jugada por ser solteira, o que em uma sociedade repleta de ignorâncias era um pecado por si só.   A vida de Flames piora bastante quando aos doze anos sua mãe vem a falecer por uma doença desconhecida, em uma época onde a média de vida era trinta e cinco anos as crianças viravam homens aos treze anos, Flames já tinha quase idade para se virar sozinho e por não conhecer nenhum dos seus parentes ele acaba passando então a morar sozinho e a sustentar a si mesmo, com sua habilidade natural e a ajuda de alguns caçadores da região Flames aprende a caçar e passa a viver disso.    Incidentes com fogo foram recorrentes em sua infância, até que aos quatorze anos Flames descobre que consegue produzir chamas a partir do seu próprio corpo mesmo que em baixíssima quantidade, sem entender a origem do seu poder ele toma isso para si como uma maldição que apenas o atrapalha.    Nesses tempos os reinos estão em ascensão, cada um com característica e culturas diferentes, por esse motivo todos tentam mostrar que sua cultura e maneira de governar é melhor que a maneira do outro, Flames nasce em uma vila pequena no interior de um reino chamado Obrehim, famoso por seus cavaleiros fortes e corajosos e por sua arquitetura moderna.   Aos dezesseis anos Flames se torna um caçador famoso em sua vila que já é famosa por ter bons caçadores, mesmo assim os preconceitos sobre ele continuam o forçando a afastar-se do convívio com essas pessoas.  Início da aventura:   Flames esgueirava-se pela vegetação nas encostas de uma montanha, bem a sua frente escorria uma bela cachoeira de águas cristalinas que atraia muitos animais sedentos. Justamente no dia que Flames estava caçando um enorme cervo de pelo vermelho apareceu para m***r sua sede, com aqueles enormes chifres mais avantajados que o normal e os músculos saltados ele mataria em segundos qualquer um chegasse perto o ameaçando o que fazia muitos caçadores evitarem esse animal. Flames, no entanto, via todos aqueles músculos como mais carne para vender aos açougueiros e toda aquela galhada que o animal carregava tinha um valor enorme para os mercadores. Procurando o melhor ângulo para o tiro perfeito Flames se abaixou, o sol poente já quase se escondia atrás da linha horizonte, no entanto seus últimos raios de luz o permitia ter uma baixa, porém, suficiente visão do animal, mas essa era sua última chance para acertá-lo, caso errasse o assustaria e não acharia outro animal durante a noite, muito menos tão valioso quanto aquele.   O cervo de pelo vermelho ficou conhecido pelo delicioso sabor de sua carne, seu porte majestoso o diferenciava de todos os outros animais que Flames já havia visto naquele lugar, os bandos corriam livres pelos campos perto de Kings Town, a capital de Obrehim, mas naquele lugar tão longe da capital era raro ver qualquer animal daquele.   Se caso Flames o acertasse ele tiraria a sorte grande, sua enorme galhada aliada a sua pele já lhe renderiam um bom dinheiro, e sua carne o alimentaria por várias semanas se ele decidisse não vendê-la.   Finamente ele colocou-se uma boa posição, perfeita, então ele sacou uma flecha afiada com uma ponta de metal prateado e penas rochas de pavão d'água, era sua melhor flecha, ele a usava apenas para caçar animais grandes e resistentes. Ele puxou o arco o máximo que podia fazendo a ponta da flecha quase tocar o arco, suavemente ele esticou o dedo indicador da mão que segurava o arco e tocou a ponta da flecha que estava melada de querosene a fazendo brilha em chamas tremulantes alaranjadas. Flames era um mago, mas não um mago qualquer com uma vareta mágica ou objetos do tipo. Ele era um mago elemental, um mago de fogo pra ser mais exato, poder herdado de sua falecida mãe Fabianne, que por esse motivo o chamou de Flames.   Com a ponta da flecha em chamas e o cervo bem em sua mira ele a soltou, e antes mesmo dela acertar o animal ele teve a certeza do tiro perfeito, a flecha flamejante acertou o animal bem na barriga e penetrou tão fundo que apenas as penas ficaram de fora. O animal tombou no chão no mesmo instante dando um berro forte que ecoou pelas montanhas em volta deles.   Flames correu por entre a vegetação para impedir que o animal levantasse e fugisse. Ele sacou um punhal de lâmina curva de sua cintura e o matou rapidamente, embora fosse um caçador ele odiava deixar um animal agonizando antes da morte.   O cervo era pesado e Flames tinha dificuldades para arrastá-lo sobre grama molhada e por onde passava ele manchava o chão com um rastro vermelho do sangue do animal. Ele apressava-se, temendo ter sua presa roubada por algum urso pardo, o que já o aconteceu outras vezes e ele era esperto o suficiente para saber que era melhor entregar do que lutar.   Flames esforçava-se em seu limite para alcançar sua vila a tempo, o breu da noite já tinha caído sobre aquela região e o canto dos grilos e dos sapos ecoavam por toda aquela escuridão, no entanto sua magia de fogo permitia que ele fizesse uma pequena tocha, pois seu poder era limitado e ele não conseguia fazer nada além de cobrir suas mãos com chamas curtas.   Magos eram de raridade extrema ao ponto de virar lendas, Flames mesmo nunca tinha visto mago algum em sua vida além de sua mãe que manifestava seu poder muito raramente. Mesmo possuindo magia a vida de Flames não era regada de elogios, admiração, nem tão pouco era nada especial, sua magia o tornava motivo de piadas e insultos entre os garotos de sua idade, pois diziam que seus poderes eram uma abominação e uma ofensa aos deuses, todavia ele não os dava muita atenção já que os garotos que diziam isso eram tão idiotas que m*l sabiam amarrar seus sapatos, muito menos a verdade sobre o mundo e a magia. Flames ansiava em entrar no exército até virar cavaleiro, pois possuía grande habilidade com espadas e arcos. Ele não tinha muitos amigos em sua vila, na verdade nenhum, todos de sua vila o ignoravam e evitavam sua presença por causa de alguns incidentes que ele causou com sua magia indomada quando ainda era criança. Flames não costumava dar atenção para esses boatos, nunca desejou a amizade de nenhuma daquelas pessoas rabugentas, ele vivia da caça, algo que ele foi obrigado a aprimorar para sustentar-se depois da morte de sua mãe que havia feito quatro anos, aos dezesseis anos Flames nunca conhecera o pai, pois este abandonou sua mãe ainda grávida e isso era tudo que Flames sabia sobre ele. ...   Após tanto esforço ele chegou em vila, exausto, logo se deparou com os portões fechados, por sorte Grongy o guarda que fazia a patrulha havia bebido, o que o tornava extremamente amigável, fazendo-o permitir a entrada de Flames mesmo após o cair da noite.  - Cuidado Flames, você não sabe com que tipo de criatura você pode se deparar andando por essas florestas durante a noite. - Avisou o guarda, ele era um bom homem, mas costumava ficar meio aluado quando bebia, certa vez ele contou para Flames que fora pego por um "guardião da floresta" quando caçava durante a noite, Flames não acreditava muito nas histórias dele pois ele sempre saia para caçar sozinho e bêbado e não dava para confiar em suas memórias.   Ele finalmente chegou em sua casa, era um lugar simples, porém aconchegante, bastante arrumada pois havia pegado o costume da sua mãe de sempre deixar tudo bem limpo. Ele vivia sozinho ali desde a morte dela que foi causada por uma doença quando ele tinha apenas doze anos. Flames havia se acostumado a viver sozinho e a se cuidar, orgulhava-se de não precisar de ninguém e da sua independência, ele não tivera nenhum parente próximo para criá-lo pois sua mãe não havia nascido naquele lugar, ela dizia que a muito tempo ela tinha vindo com seus pais de um lugar do mundo que nem Flames fazia ideia, ele muito menos podia contar com a boa vontade dos vizinhos, então aprendeu a se virar sozinho, mas volte meia a saudade de sua mãe apertava seu peito enquanto ele fantasiava que seu pai um dia viria buscá-lo.   Ele deveria apressar-se para tratar o animal, o que tomou dele o resto da noite, não gostava de mexer em animais mortos, mas depois de um tempo ele ficou bom nisso, pagar um açougueiro para fazer aquilo custava caro e muita das vezes os espertinhos roubavam uma parte da carne. Ele foi dormir exausto logo pela manhã quando finalmente havia terminado.   Horas se passaram quando ele acordou com batidas apressadas na sua porta. - Já estou indo. - Gritou ele levantando-se com tanto sono que não sabia distinguir se tudo aquilo era parte de um sonho ou a realidade. - Olha só essa bagunça, parece que não tem ninguém morando aqui! - Reclamou uma mulher entrando porta adentro. Era Dammy, uma amiga da mãe dele. Flames havia deixado algumas coisas jogadas no dia anterior e ela recolheu resmungando, apesar de sua dureza, ela era a única pessoa que realmente se importava com Flames e também a pessoa mais próxima que ele tinha, após a morte de sua mãe ela sentia-se responsável por cuidar dele como podia afinal ela tinha sua própria família, Dammy era a típica dona de casa, cuidava do marido e dos filhos como se fossem seus bens mais preciosos. Ela possuía longos cabelos dourados, que combinavam perfeitamente com seus olhos cor de mel, e mesmo já tendo quase quarenta anos ela tinha uma beleza impar que dava inveja a qualquer adolescente de sua vila. - Eu ia arrumar tudo quando eu acordasse - Defendeu-se Flames. - Passei a madrugada toda ocupado e cai na cama exausto logo pela manhã. - Sei... - Disse ela duvidando, já que todas as outras vezes que ele disse isso deixou tudo do mesmo jeito. - Você quer um pouco de carne? - Perguntou limpando os olhos com a parte de trás da mão. - Eu matei um cervo enorme ontem e tem muita carne, eu não vou comer tudo sozinho antes que estrague, então ser quiser pode ficar com um pouco. - Quero sim - Aceitou ela. - Eu adoro cervo. - Eu sei que não é o melhor momento, mas eu venho pensando em te perguntar isso desde que minha mãe morreu... - Ele deu um suspiro profundo, ela o olhou assustada, como se já soubesse sobre o que ele falaria. - Quem é o meu pai? - Ele perguntou, o silêncio tomou o ambiente, Ele já tinha perguntado isso diversas vezes a sua mãe, no entanto de maneira esperta ela mudava de assunto e ele não percebia, sua pouca idade o fazia se conformar com qualquer resposta, mas dessa vez ele estava determinado a ouvir uma resposta convincente, resposta essa que sua mãe não o deu e que talvez Dammy fosse a única que a tivesse. - Você não precisa saber sobre ele, é melhor assim. - Afirmou ela, querendo sair daquela situação, ela não era muito boa em inventar desculpas e sabia que falar isso não seria o suficiente para convencê-lo, mas não parecia confortável em tocar no assunto. - Melhor para quem? - Questionou ele virando o rosto um pouco enfurecido enquanto tentava disfarçar sua tristeza.   Dammy era gentil e tinha um coração bondoso embora escondesse isso atrás de sua pose rígida, mas Flames a conhecia bem, ela sempre percebeu a dor e as lutas que ele enfrentou sozinho depois da morte de sua mãe, ela sabia que desde o seu nascimento ele era diferente das outras crianças. Quando ele se machucava ou estava triste ele nunca derramava uma lágrima ou se quer se queixava para alguém, ele suportava tudo em silêncio fazendo sua mãe ter quer perguntar várias vezes o que aconteceu quando os meninos batiam nele na rua e ele voltava com algum ferimento. Vê-lo tentando esconder suas lágrimas daquela maneira partiu seu coração, a ponto de fazê-la querer falar tudo o que sabia, ela aproximou-se dele, pôs as mãos em seus ombros e o olhou em seus olhos. - Alguns assuntos são delicados demais até para os adultos, sua mãe não queria falar do seu pai e ela tinha um motivo, ela se decepcionou tanto com ele que decidiu que seria melhor para vocês não o ter por perto, acho que você deveria respeitar a decisão dela. - decerto o comportamento de Flames o diferenciava demais dos outros garotos, ele aprendia as coisas sozinho e rápido, como se compensasse todas as suas adversidades com esforço e talento, sempre estava aprendendo coisas novas e mostrando para Dammy, golpes de espada, tiro de arco a distância, aprendia tudo sozinho, com um mínimo incentivo da parte dela, ele estava deixando de ser uma criança e Dammy estava percebendo isso, então ela suspirou e pensou bem... - Mas também acho que é um direito seu saber sobre seu próprio pai, então vou te contar tudo o que sei sobre ele.    Continua...

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