Capítulo 14 – O que não se controla

1532 Words

Luna Tentei ficar longe. De verdade. Tentei voltar a ser a Luna que anda sozinha, que não olha pros lados, que não sente o calor de um olhar queimar a pele. Mas a cada passo que eu dava, era como se o morro inteiro me puxasse de volta. Como se ele estivesse em todos os becos. Em todos os cantos escuros. Em todos os sussurros que correm pelas vielas. Draco. Até o nome dele soava errado na minha cabeça. Como algo que eu devia evitar, mas que eu não conseguia. Como vício. Como veneno. *** No terceiro dia sem vê-lo, a saudade começou a pesar. Odiava admitir. Mas era verdade. Eu esperava ouvir a voz dele a cada esquina. Sentia o cheiro dele em cada esquina. Procurava os passos dele em cada sombra. Mas ele não aparecia. E isso me corroía mais do que eu queria admitir. Célia

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