Luna Tem noites em que a gente se deita, fecha os olhos e espera que o sono apague tudo. Mas tem noites que são piores. Noites em que fechar os olhos só faz o rosto dele ficar mais nítido. O som da voz dele, mais próximo. O calor do toque que não aconteceu, mais real. Eu queria dormir. Queria esquecer. Queria voltar a ser a Luna que descia o morro sem pensar duas vezes, sem olhar por cima do ombro, sem sentir os passos dele me seguindo mesmo quando ele não tá lá. Mas eu não sou mais essa Luna. Draco já entrou na minha pele. E eu odeio isso. Mas também… eu gosto. No dia seguinte, cheguei cedo na ONG. Abri a porta com força, como se o som das dobradiças enferrujadas pudesse espantar os pensamentos que me atormentavam. Célia já estava lá, mexendo nas panelas, cantando uma músic

