Luna Tem coisa que a gente tenta enterrar, mas que não se deixa. Sentimento é uma delas. E no morro, sentir é quase um crime. Porque quem sente, fraqueja. E quem fraqueja… sangra. Mas eu já tava ferida. E a culpa era dele. De Draco. Do homem que eu devia ter evitado, mas que me prendeu com o olhar. Do homem que me puxou pra perto quando eu devia ter me afastado. Do homem que me beijou como quem marca território — e depois se afastou como quem foge de uma bomba prestes a explodir. E eu era a bomba. E ele… a faísca que me acendeu. Desde que ele desapareceu de novo, as coisas mudaram. O morro voltou a murmurar. Os olhares voltaram a pesar. As vielas voltaram a sussurrar meu nome. Mas, dessa vez, não era de respeito. Era de aviso. De ameaça. As crianças pareciam mais quiet

