Luna A semana tinha se arrastado como um pesadelo que se repetia a cada dia. Eu me jogava no trabalho da ONG, tentando ocupar minha mente com as crianças, os projetos sociais, as visitas às famílias que precisavam de apoio. Tentava me concentrar nas histórias de superação, nos sorrisos sinceros e nas mãos pequenas que seguravam as minhas com tanta confiança, mas mesmo assim, a imagem de Damon se forçando contra mim, seus lábios esmagando os meus, ainda pairava na minha mente como uma sombra que eu não conseguia dissipar. Eu queria esquecer, queria deixar aquilo para trás, mas o ódio que queimava em meu peito era como uma ferida aberta, impossibilitando qualquer tentativa de seguir em frente. Como ele ousava? Como se atrevia a me tratar como uma qualquer, como se eu fosse apenas mais uma

