Draco O som da favela à noite era como uma orquestra desordenada — gritos distantes, risadas abafadas, o barulho de garrafas se quebrando em algum canto escuro, a batida pesada do funk vindo de algum barraco onde a festa não tinha hora para acabar. Mas, para mim, tudo isso era apenas um pano de fundo para a tempestade que rugia na minha mente. Eu não conseguia parar de pensar em Luna. Na forma como seus olhos me desafiaram, como sua voz cortou o silêncio entre nós com a força de uma lâmina, recusando a se curvar para mim, se recusando a ser apenas mais uma peça no meu jogo, mais uma marionete para eu controlar. E, ao mesmo tempo, não conseguia tirar da cabeça a imagem de Damon, seu olhar de desprezo, seu tom debochado enquanto a provocava, enquanto a forçava a aceitar algo que ela nunca

