Gustavo
Era um dia normal. Fui para faculdade e depois para casa da gostosa da Débora. E você me pergunta e o trabalho? Não, eu não trabalho eu faço questão de deixar tudo nas costas do meu pai. Aquele homem já me fez sofrer demais e grande parte do que me tornei hoje foi graças a tudo o que ele fez com a minha mãe e destruiu a minha família. Nada mais justo de que ele com todo seu dinheiro me pague tudo o que eu quero. Faço questão de torrar cada centavo.
Débora é uma loira gostosa que faz faculdade direito ela vive se oferecendo para mim e hoje eu decidi que precisava experimentar. Eu não sou de me apegar a ninguém, muito menos me apaixonar. Os únicos que realmente me importo são meus amigos.
— Delícia, vou indo — falo já pegando as minhas coisas.
— Mas já? Poxa! — falou Débora em uma voz tão melosa que dava para adoçar uns 10 litros de café.
Deus me livre.
— Não estamos namorando Débora e você sabe bem disso .
Ela faz um beicinho ainda me puxando para si . Deixo a loira gostosa se esfregar mais um pouco mais em mim .
— Agora eu realmente tenho que ir , se continuar aqui terei que jogar naquela cama novamente.
Ela dá um sorriso e continua beijando meu pescoço.
— Não seria incomodo nenhum sentar um pouco mais em você , gostoso .
Meu celular toca e vejo a mensagem de Marcelo brilhando na tela .
— Eu realmente preciso ir agora gata .
Pego meu carro e vou em direção ao meu apartamento, quando viro a chave em minha porta é que vejo a mensagem que Marcelo mandou dizendo que estavam na casa da nossa vizinha Lívia .Vira e mexe estamos lá fazendo nossas bagunças. Entro no apê e vejo Lívia, Marcelo, Nanda e Felipe.
— E aí galera. —Cumprimento a todos
— Fala Gustavo.
— Oi Liv. — Beijo o topo de sua cabeça.
— Vamos pedir pizza, fica?
— Opa! Claro. Vou só ao banheiro e já volto.
Passei para o corredor do apartamento ainda rindo das bobeiras de Marcelo quando esbarrei em alguém. Ela tinha cabelos negros e usava uns shorts jeans que deixavam suas coxas a mostra, não era magra da forma que eu sempre pegava , mas era gostosa. p***a. O que está acontecendo aqui? Logo lembrei que a prima de Lívia viria para morar com ela, mas ela não comentou que ela havia chegado.
— Hey Liv, você não disse que a priminha chegava hoje. — falei com cinismo olhando para ela. Ela revirou os olhos
— A priminha tem nome!
Eita que essa é braba!
— Calma baixinha! — Ela saiu pisando duro para sala.
Não pude deixar de sorrir por ter deixado ela bravinha. Chego na cozinha onde Lívia está pegando os talheres para levar a sala e ela me olhava de braços cruzados .
- Tire seu cavalinho da chuva Gustavo !
- Hey Liv , eu nem pensei em fazer nada - Estou sendo sarcástico e ela me conhece o bastante para saber disso .
- Quem não te conhece que te compre viu .
Voltei para sala depois e encontrei-a sorrindo e entretida em algo que o Marcelo lhe dizia, fiquei quieto apenas contemplando-a alguma coisa em mim queria que ela prestasse a atenção em mim e isso era ridículo por que nunca precisei chamar a atenção de mulher algumas . Não consegui tirar os olhos delas a noite toda. Mas que p***a! Só conseguia olhar para suas curvas naquele short , eu sei que pode soar pervertido da minha parte . Mas é difícil descolar os olhos dessa mulher .
Ana
Acordo cedo, o sol entrando por minha janela, aquela brisa fresca da manhã atingindo minha pele. Hoje é o primeiro dia na faculdade. Levanto-me, tomo meu banho, coloco minha calça jeans e uma blusa simples saio do meu quarto e vejo que as meninas já tomavam café na bancada da cozinha. Liv sorri e me entrega uma caneca fumegante de café.
— Bom dia Ana.
— Bom dia meninas!
— E aí ... Ansiosa? — Liv fala.
— Não muito. — Mentira, eu sei. — Sorrio internamente.
— É normal ficar assim nos primeiros dias , depois quando você chega perto dos semestres finais vai até de pijama pro campus . — As duas gargalham
— Vocês são duas malucas .
Despeço-me das meninas ainda rindo e vou para o quarto dou uma última olhada no espelho.
— Melhor que está não fica.
Pego o ônibus, a faculdade não fica tão longe assim do apartamento. Chegando lá avisto aquela construção imponente. Toda vez que entro em lugares assim, antigos eu imagino toda a história por trás, todas as pessoas que já passaram por ali e cada uma deixou seu legado de uma forma diferente. Bem bobo eu sei, mas essa sou eu. Tive várias aulas, as matérias eram extensas e cansativas e trabalhos já foram passados. Na hora do intervalo encontro com as meninas no pátio Liv estava deitada no colo de Felipe enquanto Marcelo ria de alguma palhaçada que Nanda estava fazendo.
— E aí pessoal! — digo.
— Oi Ana! Como foi tudo hoje? — fala Marcelo sorrindo.
— Nossa ! tantas coisas ao mesmo tempo que não sei se darei conta! — bufo cansada
— Imagino, mas você é inteligente, vai conseguir — diz Liv.
— Espero que sim viu.
Avisto de longe Gustavo com uma loira peituda e uma outra menina com o cabelo bem curto preto. Ele estava encostado em sua moto com um cigarro na mão, claramente um bad boy, me peguei olhando para ele quando Liv me cutucou.
— Ele é assim mesmo Ana pega todas, gosta de baderna — falou Liv.
— Quem fala baderna hoje em dia meu Deus! — gargalhou Nanda.
— Argh! — Liv revirou os olhos.
Deixo as duas com suas brincadeiras e continuo olhando para ele . Ele chama a atenção com as suas tatuagens e seu jeito , só uma louca não sentiria atração por um cara como Gustavo. A verdade é que com tudo o que eles me diziam de Gustavo, existia algo nele que me atraia e eu não sabia explicar e sei que eu não gostaria de ser mais uma. Então sem cogitação pensar em sentir alguma atração.
Pego meus livros e vou para mais uma aula , deixando esses meus pensamentos de lado . Tinha muita coisa para estudar e precisava focar para começar o semestre bem .
Passaram- se horas e eu ainda estava sentada naquela cadeira olhando o professor falar sobre alguma coisa que Freud disse , eu me sentia cansada e doida por um banho e minha cama e hoje era apenas o primeiro dia . Minha mente vaga para longe e anda em águas perigosas imaginando Gustavo com aqueles olhos verdes intensos em mim , isso fazia que todo o meu corpo se arrepiasse . O professor me tira de meus devaneios quando diz que a aula tinha chegado ao final .