Capítulo 3

3143 Words
Luídi Narrando —Cê tá perfeito cara. —bate em meus ombros parabenizando-me. —É outro homem, e o melhor, sem nenhum rastro de fragmentos de bebida. Duvido que minha irmã não volte para você. —sorrio. —Ah... Agora sim. Não quis cortar os cabelos, amarrei em um coque samurai. Tenho ele por conta de uma promessa por Allisson. Era um sábado, véspera do feriado do dia das mães, para mim, um dia qualquer. Sentei ao chão da sala, contemplei a vista da cidade grande, movimentada e perturbada como sempre. Meu apartamento estilo cinquenta tons de cinza, espelhava o meu interior. Morto, se apagando aos poucos. O entregador insistia em apertar a campanhia. Já dissera que não queria sua presença aqui, da próxima vez o expulsaria. Ele vinha mandado. Minha mãe pagava todos os dias, entregadores de comidas diferentes, para afrontar meu juízo. Havia consórcio com quase todos os restaurantes da Itália. E tudo isso, por não respeitar minha decisão de não querer comer. Merda de autoridade de mãe, e eu ao contrário, nunca fui de desrrespeita-la. Esfreguei os olhos ouvindo seu décimo quarto toque. Filho da p**a! Vasculhei a carteira, tentando achar as maiores quantias em nota. Minha intenção é suborna-lo, dando mais dinheiro que minha mãe, se é que possível, meu capital havia caído consideravelmente. Ao caminho disto, um papel, parecia, pulou do objeto n***o a mão. Agachei e rapidamente o peguei. Virei o lado oposto. Era uma imagem de nossa senhora. Não sei quem pusera, nunca havia visto, porém bastou pôr meus olhos nela, e ter a certeza que a santa ajudaria-me. Minha promessa estava feita. Sobre meu cabelo, só cortarei quando Alli parar de teimosia e voltar para mim. Depois, está decidido, doarei para alguma instituição, ou algo parecido, afim de beneficiar quem precise. Pierri diz que é coisa de maluco. Estou nem aí para o que pensa, ou sua crença. Acredito e tenho fé na minha promessa. Toco meu queixo. Aparei minha barba de papai Noel, deixei bem ralinha como era antes. Apesar de um leve cheiro de mofo, por estar jogado ao fundo do armário há meses, pus o terno azul alinhado, que ainda compunha os trajes arcaicos. Observo o homem de porte grande. Parado a expressura antiga, de um espelho a moldura contemporânea. Sinto-me novo. Tudo pela minha princesa. —Bora cara. —Impaciente como sempre, verifica as horas ao relógio ao pulso. Eu não estou diferente, o nervosismo está me consumindo. —Falta pouco para o casamento, temos que nos apressar. —Nem me fale dessa merda, que eu tenho vontade de esfolar a cara daquele p***a. —endireito a gravata, sobre o reflexo do espelho. Perfeita. —Ele que não venha tirar satisfações comigo. —Melhor mesmo, estou por aqui também. Saímos apressados do prédio. Faltava 1 hora para estragar o "matrimônio" do ano. Assim diziam as capas de revistas e jornais, espalhados por toda cidade. Nem em meu casamento foi tão noticiado, Allisson não curtia exposição, vejo que mudou de opinião. Pierri ligou correndo para uma concessionária aqui perto, pedindo o mesmo modelo de limousine que minha esposa faria o trajeto até a igreja. A coloração despunha de Branco e rosa, bem a cara dela. Seguimos com ele até a casa da pequena, alguns minutos mais cedo. Não poderíamos correr perigo, por descuido nosso, do chofer levá-la. Ao chegar paraliso o olhar, não há criatura mais linda. Deparo-me com a mulher que amo, vestida como nunca antes, parecida com uma princesa, utopia de tão irreal. Como foi possível ficar mais bonita ainda? Seus cabelos negros estão maiores e mais cheios, caindo um pouco abaixo do peito, encaracolados ao efeito quente do babyliss. Seu corpo que já era bem definido, ganhou mais massa magra, sei bem, por meus anos a academia. Ela, bom, parece não sair de lá. Gostosa da p***a. Na postura, identificarmos um pouco das pessoas, a sua, demonstra estar mais segura de sí. Olhar penetrante, sensual em cada gesto que faz. Não sei se é coisa da minha mente, mas só com essa jogada de cabelo meu p*u já deu sinal de vida. É a p***a da saudade. —Ela está linda. Digo todo bobo, não deixando a atenção sobre minha boneca. Endireito minha ereção a calça. —Eu sei, é de família. —Pierri dá de ombros. —Só eu e ela é claro, aquela bruxa ficou com a parte r**m, por isso que somos os melhores. —Para de falar merda. Allisson é a única bonita, sempre foi. Lembro quando a vi pela primeira vez. Caralho... Já estava apaixonado e não sabia. —Não é difícil se apaixonar por ela. É muito doce, agradável, mas não a única bonita. Respeita minha história. —Haha. Você Pierri? Se enxerga. —Ô c*****o, pergunta pra tua irmã, na época do colégio. Bem que pagava um p*u, para o feio aqui. —bate ao peito todo orgulhoso. Me armo para lhe dar um belo soco. Sabe que não gosto quando fala sobre minha irmã. Somos distantes, estamos há um bom tempo nos tratando como dois estranhos. Ainda assim, a amo, e estou a protegendo, seja como for. —Ou! Tô brincando. Abaixo o punho. —Cunhadinho. Ri sarcástico e salta do carro. Corre em direção ao outro lado da rua, mais medroso que um cachorro em dia de fogos do ano novo. Filho da p**a. Volto a prestar atenção na minha mulher. Pelo que parece, tudo está dando certo. Pierri deu um longo abraço e cochichou algo no ouvido dela, provavelmente que esse seria o carro que a levaria em direção a igreja. Meu peito encheu quando olhou ligeiramente para mim, pelo menos eu queria que fosse para mim. Ela deu um sorriso de leve, e assentiu com a cabeça. Afago as mãos uma a outra, deslizando as luvas brancas que também arranjei de última hora. Estou nervoso como nunca antes, como se fosse a primeira vez quando nos conhecemos. Percebi também que minha irmã está junto, lindíssima com seus cabelos loiros longos e um vestido rosa claro cintilante. Provavelmente é a madrinha do casamento armado de minha esposa. São amigas a muito tempo, viraram inseparáveis desde nossa separação de corpos. O que aconteceu, foi que Pâmela deixou de falar comigo, todos ficaram na verdade. Uma delas foi minha mãe, que só voltou depois de um ano quando soube que eu havia ficado doente, e que não abria a casa para ninguém. Uma depressão, seguida de anemia. Cuidou de mim durante um mês inteiro, achando que eu estava melhor, era puro disfarce. Odiava vê-la chorando pelos cantos, ouvir suas orações pela noite em busca da minha melhora, uma delas era para que eu voltasse a engordar, perdi 20 kls ao todo. Ela implorava para que eu voltasse a ser ativo como era antes. Eu simplismente não conseguia. Foi muito doloroso, foram tempos difíceis. Aos poucos fui melhorando. Alimentei a possibilidade de um dia obter o perdão da única mulher que amei. Bastou isso para tentar recuperar o mínimo de possibilidade de vida. Saio do transe ao sentir aquele mesmo perfume quando a conheci na balada. O perfume que procurei em todo o país, enchendo vários frascos pelo meu apartamento, o que não fazia mais sentido não estando em sua pele. Não podê-lo sentir em seu pescoço. Vê sua cara tímida, e seus pelos da nuca arrepiados ao meu toque. A emoção vem grande, todas as lembranças chegam sem serem convidadas, fazendo-me ficar com olhos encharcados. Trato de limpar rapidamente. Não quero que desconfie, está tudo indo bem até agora. Espio o retrovisor fitando meus olhos vermelhos, desvio para o seu rosto. Ela está com a cabeça encostada no vidro. Parece distante, perdida em seus próprios pensamentos. Apesar de parecer mais madura, continua serena e transmitindo a mesma tranquilidade de anos atrás. O ar fica em paz, seja onde ela estiver. Essa é minha garota. Ligo o som, colocando na mesma música tema de nossa relação. Algo que estava aos planos. É a mesma que tocava naquela noite, onde nos vimos pela primeira vez. É um tanto antiga, mas nós amamos. A vejo abrir um pequeno sorriso, com certeza lembrou de mim. Seus lábios fecham rapidamente, sem exitar. As sobrancelhas se encostam, a postura muda e o ar se corrompe. Solta um suspiro pesado, parace se punir por ter recordado de algo, eu sei de quem. Um tanto frustrado, acelero o carro, disperçando sua visão. Sigo onde contenho uma casa de Praia localizada em Veneza, há anos não a utilizo. O intuito, quando a comprei, era relaxar, saindo um pouco da movimentação da cidade grande, na época, afastar-me se Allisson. Fecho os olhos rapidamente culpando-me por ser tão burro. Eu tinha completamente tudo, não soube aproveitar. Como Pierre armou esse plano a algumas semanas atrás, ela está pronta para uso, totalmente limpa, com meus funcionários antigos e recém contratados. Ele estava cansado de vê nossa infelicidade e acredita nesse amor que sentimos um pelo outro. Assim espero, que ela ainda possa me amar. Allisson Narrando Essa música, impossível de ser esquecida... Maldito seja aquele dia. Eu era tão burra, uma pamonha que se deixou ser seduzida por umas palavras malandras e um sorriso molhador de calcinhas. Que vergonha! Desço o vidro do carro avistando a cidade onde escolhi para ser minha, Itália, tão receptiva e acolhedora. Nunca pensei um dia, sair do Brasil, e olhe só, mesmo tendo os piores momentos da minha vida nesse país, não me arrependo nem um só minuto, de ter largado tudo para me casar com um homem que pensei me amar. Apesar de todo o m*l cometido, eu o agradeço imensamente pelo meu anjinho. Lui é tudo que mais amo nessa vida. A minha luz na escuridão. Saio de meus pensamentos e começo a cantar pequenos trechos da música me lembrando de quem eu quero esquecer. "Quanto mais perto chego de você Mais você me faz ver Ao me dar tudo que você conseguiu O seu amor me capturou De novo e de novo Eu vou tentar dizer a mim mesmo que nós Não podíamos nunca ser mais que amigos E todo esse tempo lá dentro Eu sabia que era real O jeito que você me faz sentir Deitada aqui do seu lado O tempo apenas parece voar Preciso de você mais e mais Vamos dar uma chance ao amor" Bom, endireito-me no banco, um pouco desconcertada. Começo a achar estranho o caminho que estamos a seguir. Lembro-me bem, de algumas semanas atrás, ter ido a igreja para acertar todas as pendências do casamento, e esse percurso não tem nada haver com o que eu fiz. —Ei motorista. —pronuncio pela primeira vez, após um longo período, certificando-me estar certa que essa não é a direção correta. —Acho que você está indo pelo caminho errado. O homem de terno alinhado e cabelos loiros sedosos, continua seu caminho sem ao menos me dar atenção. Cagou literalmente, para o que eu falei. Conto 3 2 1, mantra que não me ajuda. Volto a tentar educadamente, não obtendo resposta como outrora. Começo a me irritar. Odeio que me ignorem. —Ou cara! Eu estou falando com você! Continuo sem resposta. —Ô seu filho da p**a! Dá a volta agora! —a baixaria toma conta de mim. —Meu noivo está me esperando ao altar, lindo e maravilhoso, e não sou o tipo de chegar atrasada! Grito histérica. Odeio falar assim com as pessoas, ele pediu. Minha mãe me deu toda a educação, sei me comportar ao outro, agora, quando eu me espalho, ninguém me junta. —Não. —diz seco. Somente, firme e duro. —Não? Estranho sua voz grossa. Me lembra alguém. Procuro em minha mente, quem tem essa tonalidade grave e gostosa ao mesmo tempo. Parece tanto com o meu ex... ah não! O estalo em minha mente, liga uma história a outra. Meu motorista era pra ter chego, meia hora depois, como combinado. As noivas se atrasam, não é mesmo? Eu chegaria na hora. Como boba que sou, nem ao menos questionei. —Você é minha Allisson, sempre será. —mantenho a boca aberta, o vendo passar a terceira marcha. —Eu vim buscá-la, vamos para nossa casa. Se vira totalmente, cessando minhas dúvidas ao mesmo instante. O que esse desgraçado está fazendo aqui!? Será que não cansou de arruinar minha vida, e agora aparece assim do nada. Meu peito sobe e desce descompassado. Faz tanto tempo que não o vejo. Está super diferente. Seu olhar está sereno, a feição mudada, parece outro homem, com outra postura. —Oi, Alli. Ele para o carro ao acostamento. Tira o cap e solta os cabelos, caem brilhantes por toda a extensão de suas costas. Meu coração para por um segundo. Não me preparei para reencontra-lo depois de tanto tempo, e não sei o que estou a sentir. É um misto de surpresa, raiva, repulsa e... Saudade, não n**o, ele está mais lindo do que nunca. —Ei amor. —seus olhos fitam-me preocupados. —Querida, você está pálida, tá passando m*l? Saio do meu transe e o ódio vem com tudo. Como pode me chamar de amor depois de ter me trocado pela v***a da minha irmã? Vivido imensamente feliz com ela pela Europa, e ter tido um filho fora do casamento, como a p**a mesmo escreveu pelas cartas. Conto a mente, sua série de delitos cometidos. Número um: Do nada resolve aparecer. Número dois: Tem a cara de p*u de me sequestrar. Número três: Ainda ter a audácia de me chamar de amor? É brincadeira, só pode. —Não me chame de amor. Eu não sou seu amor. Travamos uma batalha de olhares, como se nos conhecêssemos nesse instante. Buscando descobrir cada pedaço diferente de nossos corpos, desvendar todos os sentimentos ocultos que guardamos um pelo outro. Ele não cede, muito menos eu. Quero saber até onde vai seu teatro e******o, por isso permaneço o olhar o encarando de frente. —Allisson, não sabe quanta saudade eu estava a sentir de você pequena. Quanto esperei para ter esse encontro e dizer tudo que eu descobri há muito tempo. —cerro os olhos. —Não sabe o quanto eu sofri com sua partida e até hoje sofro meu amor. Você se foi levando um pedaço de mim que eu nunca consegui recuperar. —engole a seco. —A minha felicidade. —Não estou entendendo. —firme, junto as sobrancelhas, relaxando as mãos ao colo. Ele aparenta ser muito sincero, só que não me engana, não mais. Luídi sai da porta do motorista e saio junto, dando graças de não estar trancada. Quase caio para trás com o que vejo. Pelo amor de Deus! Esse homem não fica feio nunca! Dou uma pequena analisada na embalagem, minha boca saliva a camiseta envelopada pelo terno azul escuro, marcando seus músculos recém descobertos. Desgraçado! Não n**o, Luídi é um Deus grego, sempre foi como vinho, só melhora com o tempo. Caio na real, estou fazendo o papel de i****a, como ele mesmo afirmava. Rapidamente, desvio meu olhar de seu corpo, em um jeito de fuga, fitando a rua deserta. Cruzo os braços pela corrente fria passageira, o tempo mudou drasticamente. Empino meu nariz, soberba, como sempre faço quando estou desconfortável como agora. —Quer meu terno, amor? —Nem se atreva. —resmungo pelo canto da boca. Um suspiro fundo toma o espaço. —Sei que deve estar chateada. A princípio, não está a compreeder meu ato, entenda, não fiz para te zangar, nem nada disso. —tenta tocar meu braço, o qual desvio. —Allisson, eu só quero dizer que... —Que... O incentivo a continuar. Quero vê até onde vai essa farsa de marido arrependido, tentando ludibriar a ex boba apaixonada. Não importa o que fizer. Se ajoelhar ao chão, beijar meus pés, implorar pelo perdão, fará efeito algum. Nosso romance está acabado, não quero devolução de traste. Ele faz uma pausa fitando as mãos, respira fundo e me olha com aqueles bolas azuis que tanto me apaixonei um dia. —Eu te amo. Dou um meio sorriso negando com a cabeça. Boto as mãos no rosto e respiro fundo. Tento me controlar lembrando das sessões de terapia que fiz um bom tempo para deixar-me mais calma. Estou me segurando para não dizer tudo que está engasgado há anos pra ele, e que nesse momento se embolam em minha garganta. —Porque isso? Minha voz falha pela dor que me impõe. Tudo que eu fiz, tudo que me dediquei para ouvi-lo falar tais palavras, agora saem tão fáceis em sua boca. Todas as vezes que disse, e que cheguei a implorar para que se apaixonasse por mim. Até que chegado a um ponto, jogou ao vento, que eu era uma miserável i****a! Que amor não existia, e que fazê-lo falar, seria perca de tempo, afinal, nunca amaria alguém tão sem graça como eu. Sem querer as lágrimas começam a sair. Continuo com as mãos ao rosto, não quero que veja o quanto ainda me abala. —Porque o que, Alisson? Não estou mentindo quando afirmo pra você que me arrependi de tudo que te fiz. Eu quero seu amor de volta. Foi só quando... —Para... —peço baixinho. Aos saltos, um toque leve ao chão. O nervosismo é evidente. Emana, transmitindo a todo o corpo, tremido e enfraquecido. —Você foi embora... —Chega! —grito tirando as mãos do rosto, obviamente, o demonstrando vermelho e inchado. —Basta de mentir! Pra que você tá fazendo isso comigo? O que eu te fiz? Não cansa de me humilhar? —descanso as mãos ao peito, massageio como forma de aliviar a dor. —Eu sei que você não me ama, nunca me amou. Fica me torturando com esse divórcio litigioso, para sempre me lembrar que você comanda tudo. Que nada acontece sem seu consentimento. Eu tô farta! Farta de tudo que me fez, de todos esses anos não me deixar em paz! Eu só queria me afastar, eu só queria ter minha vida de volta, mas você só quer me fazer m*l. Quer saber Luídi Castellamari! Sai da minha vida! Espalhando meus cabelos ao ar, empurro seu corpo com toda a força que ainda resta. —Eu te odeio desgraçado! Começo a bater em seu peito repetidas vezes, o que não surte efeito algum. p****s de concreto! Eu odeio esse homem. Ele segura minha mãos. —Para Alli! —Eu te odeio. Só quer me fazer m*l, fica longe de mim. —paro por um instante. —Eu tenho nojo de você! —cuspo as palavras mais que verdadeiras. Pesco a mágoa em seu olhar —Solta, solta, solta! —Para Allisson! —manda firme. Como se estivesse corrigindo uma criança de 5 anos. Eu não pareço uma criança de 5 anos, só as vezes. —Chega! —Me solta! —penso em morde-lo, não consigo. Tento mais uma tentativa estúpida de me soltar. —Me larga babaca, seu monte de bosta! Me sol... Tudo fica zonzo, milhares de estrelinhas ao ar. Tento pegá-las. Só lembro de Luídi me segurando em seus braços, e a escuridão me abraçando com tudo.
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