02

1022 Words
— Eu vim pedir-te desculpas, eu sei que vacilei feio... — Não quero saber, já acabou não acha sofrido ficar procurado por mim? — Puxo o livro da sua mão e afasto-me dele. Desisto da leitura, porque sei que não seria mais possível ficar aqui em paz. Sou seguida por ele. — Eu só quero que me ouça! — Não Daniel, você não merece ser ouvido. — Por favor. — Não basta o que vi? — Eu sei que eu deveria ter terminado com ela antes, mas tinha as viagens e tudo acontecia simultaneamente e conheci você, e agora tudo que eu quero é beijá-la novamente. — Eu não gosto de você. — Dou um passo para trás para que ele não me alcance. — E aquele amor que sentia por mim, acabou tão rápido assim? — Eu acho que nunca amei você, é mais fácil amar o Greg do que amar você! — Você o quê? — Ouço a voz do Gregório. Ele está bem atrás de mim, viro para encará-lo. — E-eu... nada! — Gaguejo. Oh s**t! Saio correndo, como se a minha vida literalmente dependesse disso. Em nenhuma vez olhei para trás. Chego em casa e vou para o meu quarto para tomar banho e trocar de roupas. Em baixo do chuveiro fico a pensar na expressão do Gregório, ele parecia tão feliz, e o porquê será que ele estava na frente da biblioteca? Depois do banho, deito-me no sofá da sala e ligo a televisão, fico em busca de algo interessante dentre os canais parece que tem um filme passando, uma pipoquinha cairia bem agora. Levanto-me para preparar a pipoca e ouço a campainha tocar. Abro a porta e vejo Gregório sangrando pela boca e o nariz, assusto-me ao vê-lo. — O que aconteceu com você?— Pergunto trémula. — Uma tentativa de assalto. — Ele diz. — Vou ligar para a ambulância ou para a polícia! — E o puxo para dentro em busca do meu celular. — Não é necessário. — Ele não parece abalado, ele está feliz. — É sim! — Digo confusa. — Eu quero que você cuide de mim. — Gregório, preciso ter certeza que você vai ficar bem. — Digo ao pegar o celular. — Eu ficarei bem quando você cuidar de mim. — Mas temos que ligar para a polícia, fala logo como ele era... — Acho que da minha altura, um metro e oitenta e três, cabelos loiros, olhos azuis, vestia preto... — Daniel? — Fico boquiaberta. — Mas você disse que foi assaltado. — Corrigindo, tentativa de assalto, tinha um Mala querendo roubar a minha garota. — Você é louco? — Por um momento o alívio que eu sinto é reconfortante. — Mesmo que você não admita, eu amo você. — As suas palavras fazem-me ruborizar de imediato. Quero falar que o amo, mas estou travada e encarar as minhas mãos, parece-me certo. Sinto o seu toque no meu queixo me induzindo a encará-lo, ele aproxima-se lentamente então fecho os olhos. E o toque dos seus lábios nos meus é magico. — Seja minha namorada por favor. — Ele sussurra entre o nosso beijo. — Sim. — Respondo de imediato. Encarámo-nos por segundos, vê-lo sorrindo assim tão de perto faz o meu coração aquecer. Eu beijo-o fazendo pequenas caricias no seu rosto. — Acho que preciso limpar você. — Digo arrumando desculpa para soltar-me de algo que eu quero tanto ficar. — Verdade! Depois que o limpo, assistimos ao filme que já passava a algum tempo, não êxito em ficar-lhe abraçada no sofá. Ele fica a dar beijinhos na minha cabeça. — Você não imagina o quanto estou feliz. — Não mesmo! — Digo com sarcasmo. A tarde vem chegando ao fim, que é exatamente a hora que os meus pais chegam e Gregório resolveu que vai falar com eles, em alguns momentos da nossa tarde ele ensaio como falaria com os meus pais. — Sei que não sou o cara mais perfeito do mundo, e sabem também que na nossa infância eu fui mau demais com a Ana Júlia, mas quero dizer uma coisa se eu pudesse voltar no passado eu jamais teria sido tão mau como fui naquele tempo e quero saber se tenho permissão de namorar a sua filha, prometo que serei o mais carinhoso possível e respeitoso com ela, se não deixarem eu entendo. — Espero que estaja sendo sincero rapaz, pois caso contrario vai conhecer as consequências, e quero que vocês se cuidem irei permitir, mas há regras. — Quais? — Nada de sexo sem camisinha... — Pai, pelo amor de Deus! — Repreendo o meu pai. — Falo sério! Sei que em algum momento vai acontecer, sabe que sou psicólogo. Então rapaz, se você fazê-la chorar ou encostar um dedo nela para machucar eu mato-te, e espero está a ser compreendido. — Estou ciente de tudo senhor, muito obrigado por permitir, não irei dececionar o senhor. — E como já é tarde, acho que você deve ir para casa! — Meu pai praticamente expulsa o Greg. — Boa noite a todos! — Ele me encara como se quisesse uma despedida a sós, n**o com a cabeça e dou-lhe um sorriso. — Boa noite! — Meu pai diz e fecha a porta na cara do Greg. — Se ele aprontar com você avise-me. A minha mãe começa a sorrir com o meu pai sobre a situação toda, ela fica a imitar a cara de bobo do Gregório. Depois do jantar subo para o quarto e assusto-me ao ver o Greg deitado na minha cama. — Você é maluco? — Sussurro. — Ainda duvida? — Por que está aqui? — Pergunto de braços cruzados. — Porque somos namorados, e não tivemos tempo de comemorar. — Gregório o que pretende? — Não posso negar que estou feliz em ver ele. — Vamos fugir essa noite! — E o que acabou de prometer para os meus pais? — Eles não irão descobrir, partiremos assim que tudo ficar em silêncio, daqui à uma hora e meia. — Você é maluco, daqui a uma hora e meia será meia-noite.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD