007

1775 Words
Achei que a Navÿlla fosse dar show depois da briga — jurava que ela ia querer ir pra casa dela, fazer drama, ficar de bico. Mas não. Ela veio comigo. E assim que entrou na minha casa, a mulher já grudou na minha boca como se estivesse faminta. Encostei a pistola na mesinha e ela aproveitou pra me puxar pela camisa, subindo a mão por dentro dela, roçando a unha na minha pele. Peguei ela no colo e levei direto pro quarto, chutando a porta pra fechar. Sentei na cama com ela no meu colo, sentindo o corpo dela quente, pulsando, cheio de raiva e t***o misturado. Puxei o cabelo da nuca dela, inclinando a cabeça dela pra trás pra beijar o pescoço, sabendo exatamente o ponto que faz ela estremecer. Ela rebolou em cima de mim, lenta, provocando, me testando. Meu corpo respondeu na hora, sem esforço. Navÿlla se ajoelhou na minha frente com aquele sorriso de quem sabe o próprio poder. Ela passou a mão pela minha coxa, subindo devagar, me olhando de baixo pra cima — um olhar que sozinha já valia por todas as provocações da noite inteira. Me fez gemer sem nem precisar tocar direito. A língua dela era sacana, estudada, e o jeito que ela me segurava deixava claro que ela queria me ver perder o controle. — Filha da p**a… — murmurei, puxando o rosto dela pra perto, quase perdendo o fôlego. — Assim tu acaba comigo. Quando sentiu que eu tava no limite, ela levantou como se fosse nada, tirando a roupa devagar, com a calma c***l de quem gosta de torturar. Ficou só de lingerie vermelha, a pele brilhando por causa do calor. Eu quase avancei nela. Ela subiu de novo no meu colo, guiando meu corpo contra o dela, encaixando nossas peles com uma precisão que só quem já conhece o outro no limite consegue. Fechei os olhos por um segundo, sentindo ela se ajustar, e tive que segurar firme na cintura dela pra não perder o controle na primeira estocada. Navÿlla começou a se mover do jeito que mais me destrói: lenta, depois rápida, depois lenta de novo — brincando com o próprio poder, sabendo que eu ficava louco com isso. Peguei o pescoço dela com uma mão e dei um t**a na b***a com a outra, ouvindo ela gemer com aquele som manhoso que sempre me faz perder a cabeça. — Vou te sentar tão gostoso… — ela sussurrou no meu ouvido, arrastando a voz — …que tu vai lembrar de mim até amanhã de noite. Ficou impossível me segurar. Virei ela de costas, mandei ficar de quatro. Ela nem discutiu. Se apoiou na cama e empinou, oferecendo tudo como se fosse um presente. Passei a mão pelas costas dela, descendo até a cintura, segurando firme antes de entrar devagar, fazendo ela arfar alto. Cada movimento dela me puxava mais fundo, fazendo meu controle se desfazer aos poucos. Puxei o cabelo dela de novo, trazendo o corpo dela contra o meu. O quarto inteiro parecia pequeno pra quantidade de t***o preso no ar. A cada gemido, ela ficava mais molhada, mais entregue, mais minha. — Quer mais? — perguntei, ofegante. — Quero… — respondeu, manhosa. — Me fode direito. A partir dali perdi a linha. Ritmo, força, pegada — dei tudo. Gemi no ouvido dela, ouvi ela perder o controle primeiro, se contorcendo, tremendo, se desfazendo em mim como sempre acontecia quando eu pegava firme. Quando eu gozei, foi daquele jeito que faz o corpo todo tremer. Caí ao lado dela na cama, respirando pesado, ela ainda ofegante, jogada de bruços, sem forças nem pra xingar. Depois de uns segundos, dei risada, puxando ela pra perto. — Vem tomar banho, p*****a. — Só se for comigo no box — ela rebateu, sem nem abrir os olhos. E foi mesmo. No banheiro, acabamos se pegando de novo — rápido, intenso, molhado, do jeito que ela gosta. Saímos destruídos, exaustos, e dormimos juntos, ela pelada grudada em mim, eu só de cueca. De manhã, acordei com ela me filmando todo largado, babando. — Filha da p**a… — murmurei, levantando pra fugir dela. Joguei água fria no corpo porque o calor tava infernal. Me vesti, peguei o Kenner, e ela foi pro banho. Enquanto a água corria, vi o celular dela destravado na cômoda. Fui olhar. Vasculhei. Nada. Quando ela desligou o chuveiro, deixei tudo exatamente onde tava. Ela saiu vestida. Peguei a pistola, botei na cintura, vesti a blusa e seguimos pra cozinha. Tava silencioso. Dona Ana ainda não tinha acordado. Fiz o café, peguei vinte conto do dinheiro que recebi e fui pra padaria. Comprei pão, presunto, queijo, bolo de formigueiro e uma fanta gelada. Quando voltei, arrumei tudo na mesa. Navÿlla serviu o meu prato, como sempre faz. Comemos tranquilos até que minha mãe apareceu, olhando a mesa cheia, e ergueu a sobrancelha daquele jeito que só ela sabe. Dona Ana parou na porta, o cabelo preso de qualquer jeito, ainda sonolenta, mas com aquele olhar que enxerga tudo. — Bom dia… — ela disse, desconfiada, encarando primeiro a mesa, depois nós dois. — Alguma comemoração que eu não tô sabendo? Navÿlla sorriu com a calma de quem sabe fingir naturalidade. — Ele quis me mimar hoje — ela respondeu, colocando mais café na minha xícara como se fosse a coisa mais normal do mundo. Minha mãe estreitou os olhos, avaliando cada gesto nosso. Era óbvio que ela percebia alguma coisa fora do lugar — ela sempre percebia. Sentou-se devagar, ainda observando. — Uhum. — Ela pegou um pedaço de bolo. — Vocês voltaram juntos ontem? Navÿlla abriu a boca pra inventar alguma desculpa, mas eu respondi antes. — Voltamos. Queria que ela dormisse aqui. A expressão no rosto da minha mãe mudou: ela não gostou, mas também não discutiu. Apenas respirou fundo, aquele suspiro silencioso que ela dava quando preferia evitar briga às sete da manhã. — Certo… — murmurou. — Só espero que vocês dois saibam o que estão fazendo. Navÿlla comeu em silêncio por alguns segundos, depois me olhou de canto de olho, com aquele sorrisinho que sempre esconde alguma coisa. O tipo de sorriso que diz que ela sabe mais do que fala. Terminei meu café e levantei da mesa. — Vou ali na área externa — avisei, pegando a chave. Senti o olhar de Navÿlla nas minhas costas. Observando. Pesando. Quando saí, o vento frio bateu no meu rosto e só então percebi o que realmente me incomodava desde cedo: Ela não perguntou por que mexi no celular. E não comentou nada sobre isso. Como se já soubesse. Uns minutos depois, ela apareceu na porta, encostada no batente, os braços cruzados. — Tá estranho por quê? — perguntou, direto ao ponto. — Eu? Tô normal. — respondi, sem olhar pra ela. — Não mente pra mim — disse, caminhando devagar até onde eu estava. — Eu te conheço. Ela chegou perto o bastante pra eu sentir o perfume ainda misturado com o vapor do banho. Ficou me encarando como se tentasse decifrar alguma coisa. — Se tu quiser falar, fala — ela disse, firme. — Mas não fica me olhando como se eu tivesse feito m***a. Eu virei o rosto pra ela. — Não fiz nada — respondi. Ela ergueu uma sobrancelha. — Então por que tá me medindo tanto? Ficamos em silêncio. Tenso. Pesado. Até que o celular dela vibrou dentro do bolso da calça. Ela olhou a tela rápido demais. Rápido demais. E o sorriso desapareceu. — Quem é? — perguntei. — Ninguém. — respondeu sem pensar. Foi aí que percebi: a noite de ontem resolveu outra coisa entre nós… mas abriu uma nova. E, pela primeira vez, parecia que ela tava com medo do que eu podia descobrir. Dona Ana parou na porta, o cabelo preso de qualquer jeito, ainda sonolenta, mas com aquele olhar que enxerga tudo. — Bom dia… — ela disse, desconfiada, encarando primeiro a mesa, depois nós dois. — Alguma comemoração que eu não tô sabendo? Navÿlla sorriu com a calma de quem sabe fingir naturalidade. — Ele quis me mimar hoje — ela respondeu, colocando mais café na minha xícara como se fosse a coisa mais normal do mundo. Minha mãe estreitou os olhos, avaliando cada gesto nosso. Era óbvio que ela percebia alguma coisa fora do lugar — ela sempre percebia. Sentou-se devagar, ainda observando. — Uhum. — Ela pegou um pedaço de bolo. — Vocês voltaram juntos ontem? Navÿlla abriu a boca pra inventar alguma desculpa, mas eu respondi antes. — Voltamos. Queria que ela dormisse aqui. A expressão no rosto da minha mãe mudou: ela não gostou, mas também não discutiu. Apenas respirou fundo, aquele suspiro silencioso que ela dava quando preferia evitar briga às sete da manhã. — Certo… — murmurou. — Só espero que vocês dois saibam o que estão fazendo. Navÿlla comeu em silêncio por alguns segundos, depois me olhou de canto de olho, com aquele sorrisinho que sempre esconde alguma coisa. O tipo de sorriso que diz que ela sabe mais do que fala. Terminei meu café e levantei da mesa. — Vou ali na área externa — avisei, pegando a chave. Senti o olhar de Navÿlla nas minhas costas. Observando. Pesando. Quando saí, o vento frio bateu no meu rosto e só então percebi o que realmente me incomodava desde cedo: Ela não perguntou por que mexi no celular. E não comentou nada sobre isso. Como se já soubesse. Uns minutos depois, ela apareceu na porta, encostada no batente, os braços cruzados. — Tá estranho por quê? — perguntou, direto ao ponto. — Eu? Tô normal. — respondi, sem olhar pra ela. — Não mente pra mim — disse, caminhando devagar até onde eu estava. — Eu te conheço. Ela chegou perto o bastante pra eu sentir o perfume ainda misturado com o vapor do banho. Ficou me encarando como se tentasse decifrar alguma coisa. — Se tu quiser falar, fala — ela disse, firme. — Mas não fica me olhando como se eu tivesse feito m***a. Eu virei o rosto pra ela. — Não fiz nada — respondi. Ela ergueu uma sobrancelha. — Então por que tá me medindo tanto? Ficamos em silêncio. Tenso. Pesado. Até que o celular dela vibrou dentro do bolso da calça. Ela olhou a tela rápido demais. Rápido demais. E o sorriso desapareceu. — Quem é? — perguntei. — Ninguém. — respondeu sem pensar. Foi aí que percebi: a noite de ontem resolveu outra coisa entre nós… mas abriu uma nova. E, pela primeira vez, parecia que ela tava com medo do que eu podia descobrir.
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