Margaret chegou em casa e jogou a pasta em cima da mesa de centro da sala, se sentou no sofá logo depois, apoiando as mãos no joelho.
— Filha? — ouviu a voz de sua mãe e seus passos em sua direção— Como foi? —
— Nada — ela respirou fundo passando as mãos no rosto — Todos dizem que eu preciso de experiência para conseguir o emprego, mas como eu vou conseguir experiência se ninguém me dá um emprego? — perguntou indignada.
Margo tinha acabado de terminar a faculdade e imediatamente, saiu a procura de um trabalho, mas por ser nova e sem experiência, as escolas ficavam meio receosas na hora de contratar a garota.
Ela levantou o olhar e viu que a mãe não estava sozinha. Suas bochechas queimaram ao saber que a amiga de sua mãe ouvira a seu breve desabafo.
— Olá, Patty — acenou para a moça que retribuiu.
— Como está, minha linda? — a menina deu de ombros.
Pelo que havia falado antes, ela deduziu que Patricia já sabia que ela não estava bem.
— Eu pensei que terminar a faculdade adiantada seria mais fácil na hora de começar a dar aulas, mas não está sendo — Ela desabafou mais uma vez, começando a sentir os olhos marejando.
— Você fez qual faculdade? — Patty perguntou se sentando ao seu lado no sofá.
— Letras... — a moça sorriu antes de completar —... Em literatura —
— Bem... Você sabe que a Baylee estuda em casa, certo? — a jovem assentiu — Agora que as matérias dela ficaram mais difíceis, eu estou tendo mais dificuldade pra ensina-la, e estava pensando em contratar alguém pra fazer isso. O que você me diz? —
— Não precisa fazer isso só pra eu me sentir melhor, Patty. Mas eu agradeço —
— Não é por isso, querida — Patricia segurou em suas mãos — Eu ficaria muito feliz se você pudesse me ajudar com Billie. Muito mesmo —
Ela sorriu de forma amigável para a garota em sua frente
— O que me diz? —
— Eu ficaria muito feliz em dar aulas pra Billie — ela se rendeu, tentando segurar a emoção por ter finalmente conseguido um trabalho.
— Tudo bem... Quando você começa? —