Duvido que haja um homem que atenda aos meus padrões. Tive
várias citações de homens com comportamentos parecidos com o de Dominik, e a maioria deles eram bandeiras vermelhas ou eles fingiram ser o tipo de homem de quem gosto, quando não eram.
Para ser sincera, prefiro ficar enrolado no sofá com o Lucas,
comendo queijo e biscoitos assistindo uma temporada inteira de Bob Esponja Calça Quadrada.
Desisti de encontrar um parceiro há muito tempo, mas Maira não.
Ela me marcou vários encontros às cegas e não parece que vai desistir.
de tentar me conseguir um pretendente logo.
— Não diga isso. Ela balança a cabeça em desaprovação.
— Ninguém é predestinada a ser mãe solteira.
— Talvez sim.
— Talvez você não acredite em si mesmo tanto quanto deveria. Ela apoia o cotovelo na minha mesa de escritório. — Escute, você não vai passar o resto da vida sendo mãe solteira. Você tem apenas vinte e sete anos. O que você fará quando Lucas for para a universidade?
— Vou pensar em algo até lá. Eu protesto.
Sou o tipo de mulher que enfrenta os meus problemas quando precisa.
— Não, você não vai. Ela argumenta, em tom autoritário. — Nós vamos te encontrar um pretendente, enquanto você ainda tem um bumbum firme e sei*os empinados. Fim da discussão.
Eu rio. — Meus sei*os e minha bun*da não são problema. eu posso comprar novos quando eles estiverem caídos.
Ela revira os olhos. — Claro que você pode pagar. Você ganha milhões
e milhões de dólares.
— Olha quem está falando. Maira não é tão rica quanto eu, mas está bem.
Ela tem uma mansão no centro e uma Ferrari que custa milhões.
Os arredores permanecem em silêncio entre nós por um momento enquanto eu me concentro no meu computador.
Quando olho para Maira, percebo que ela está olhando para mim fixamente.
— Que? Eu pergunto, olhando meu reflexo através da tela do
computador para ter certeza de que não tenho um par de chifres.
— Você ainda não superou isso, certo?
Sua pergunta faz o meu estômago revirar. Eu quero mentir para ela e fingir que sim. Que já superei Dominik, mas Maira é a única pessoa em quem confio o suficiente para falar. Ela é a única pessoa que sabe sobre DominiK e o meu relacionamento com ele.
Conheci Dominik em uma viagem em grupo à Itália durante meu primeiro ano na universidade. Nós nos demos bem à primeira vista, mas tentei não ceder a ele.
Relacionamentos à distância nunca foram minha praia, ainda não são, então, tentei não começar nada de que acabasse me arrependendo.
Bem, você pode dizer que o destino tinha outros planos para mim, porque eu encontrei Dominik exatamente dois meses depois de nos conhecermos na Itália. Aparentemente, os negócios o trouxeram para Nova York e ele veio para ficar.
Tivemos alguns encontros, se*xo bom e descobrimos o que sentíamos um pelo outro. Nosso relacionamento era perfeito. Não havia dúvida de que eramos feitos um para o outro.
Após três meses de relacionamento, descobri que estava grávida. Apesar de ser uma estudante universitário com um futuro pela frente, eu estava mais do que animada para compartilhar a notícia com Dominik.
Mas então descobri algo que nunca deveria ter descoberto.
Ele não era apenas um empresário como me disse. Todo o nosso relacionamento tinha sido uma mentira.
Naquela noite, descobri que ele era o chefe da máfia italiana. Aquele homem brutal conhecido como "Morte".
E como eu tinha apenas vinte anos, fiz a única coisa que pude pensar. terminei o nosso relacionamento e eu nunca contei a ele sobre minha gravidez.
Eu tinha ouvido falar o suficiente da máfia para decidir que este não era o tipo de vida que eu queria para o meu filho.
Sete anos se passaram e, embora não possa jurar que tomei a decisão certa naquela noite, não me arrependo.
— Não sei, Maira. Alguns dias, sinto que superei completamente isso.
E outros, quero começar a chorar. Eu me pergunto o que ele está fazendo, se ele pensa em mim ou se ele ficou com outra mulher.
Maira olha para mim por um minuto, com um olhar cheio de pena. Não ela não está, eu sei. Mas eu odeio o jeito que ele está olhando para mim agora.
Isso me faz sentir paté*tica.
Ela se inclina para frente e pega as minhas mãos. — Está tudo bem que você sinta falta dele, Elena. Mas você tem que seguir em frente em algum momento.
Uma dor latejante que me acompanha há anos começa a me apertar o peito. Não consigo dar um nome ao que sinto agora, mas
admito que Maira está certa. Eu tenho que seguir em frente, eu deveria ter feito isso há muito tempo.
Mesmo assim, não consigo me livrar dos meus sentimentos por Dominik.