Minha mente remonta a sete anos, quando eu era apenas um estudante
universitária que m*al conseguia sobreviver.
Perdi a minha mãe quando tinha onze anos e o mundo do meu pai desmoronou.
Ele entrou em colapso rapidamente depois disso. Ele começou a beber e logo o meu pai, a pessoa amorosa que eu conhecia desapareceu e se tornou um monstro. Me criei
praticamente sozinha, aceitando trabalhos braçais e fazendo o que podia para terminar os meus estudos.
Um ano depois de terminar os meus estudos, fui admitida numa prestigiada Universidade de Nova York. A vida era boa e tudo parecia dar certo.
Até que eu o conheci. O homem que eu amei de todo o coração, e o homem que agora odeio mais do que tudo.
Domingos Romano.
— A senhora tem um produto muito interessante, dona Marconi. Ele me elogia. — Estou impressionado. No entanto, estou preocupado com a grande demanda por seus produtos. Você acha que sua empresa será capaz de atender a demanda prevista?
Uso a minha confiança como um casaco Balmain.
— Investimos muito na produção antes de lançar o produto no mercado. Nossas instalações estão bem equipadas para lidar com o
crescimento previsto na demanda e fizemos parceria com os melhores
fornecedores do país para garantir que a demanda por distribuição sem comprometer a qualidade dos nossos produtos.
Prossigo com uma explicação detalhada sobre o nosso plano estratégico, o domínio do mercado, a possível expansão da nossa
empresa para fora da Europa e a diversificação dos nossos produtos.
Meu estômago está embrulhado, a ansiedade sobe pela minha espinha a cada segundo, mas não deixo transparecer. Trabalhar com o Sr. Peterson é um sonho que tenho há muito tempo e não vou deixar meus nervos estragarem tudo.
Quando comecei o meu negócio, há quatro anos, não planejei que isso acontecesse. Torna-se uma empresa multimilionária. Comecei a fazer cremes á preços acessíveis para colocar comida na minha mesa. Como num passe de mágica, cada vez mais mães me apoiavam, e seu incentivo era o incentivo de que eu precisava para abrir uma empresa de produtos para bebês.
Embora eu seja grata pelo quão longe cheguei, acredito que não há limite
até onde posso ir.
— Impressionante. Diz o Sr. Peterson quando termino a minha apresentação.
— Me dê um minuto. Ele se volta para sua equipe e mantém uma pequena
conversa privada.
Minhas mãos estão suadas e cerro os dedos em volta da pasta aguardando a sua decisão. Meu coração dispara e juro que estou morrendo de expectativa.
Por favor, aprove o contrato. Por favor, aprove o contrato.
Sr. Peterson volta a sua atenção para mim depois do que parece ser uma eternidade.
— Senhorita Marconi. Estou muito impressionado com sua visão e sua motivação. Você é uma força que deve ser reconhecida e estou mais do que feliz em investir na sua empresa.
Meu coração salta para a garganta. A felicidade sacode o meu interior e é difícil para mim evitar pular de excitação.
— Obrigado pela sua decisão de investir em nossa empresa, Sr. Peterson. Eu digo, e a calma da minha voz não combina com os gritos de felicidade dentro da minha cabeça. — Não vamos desapontá-lo.
Ele sorri para mim. — Certamente não.
Volto para o meu lugar e passamos a próxima hora redigindo o contrato e
chegando a um acordo. Sr. Peterson sai quando nós dois estamos
satisfeitos com as condições do seu investimento.
Assim que ele sai pela porta, eu tenho um sorriso de orelha a orelha que mistura-se com a emoção dos outros rostos na sala.
— Conseguimos. Diz a minha melhor amiga, Maira.
Ela é alta, magra, loira e tem olhos azuis escuros. Conheci Maira alguns meses antes de dar à luz ao Lucas, e ela tem sido o maior apoio que já tive.
Ela é madrinha do Lucas e também representante legal da minha empresa.
— Conseguimos. Respondo vibrando com a euforia do meu sucesso.
— Senhor Peterson é um dos meus investidores. Não acredito.
— Eu também não acredito. Diz ela, com os seus olhos azuis brilhando intensamente de emoção. — A propósito, você não acha que deveria aumentar meu salário? Quero dizer, agora você é uma vad*ia rica.
— Deveria? Brinco, rindo. — Envie-me uma solicitação e veremos o que podemos fazer.
Maira cobre a boca com a mão para silenciar o grito. — De verdade?
Eu pisco para ela. — Com certeza.
Ele coloca os braços em volta de mim e me dá um grande abraço. — Você é tão doce, Elena. Você é a melhor amiga do mundo. Não me arrependo do dia em que te conheci.
— Você vai, se não me soltar agora. Não consigo respirar. Eu brinco.
Maira é uma beleza de um metro e oitenta. Ele vai à academia cinco vezes por semana e faz aulas de caratê. Depois tem eu, uma deusa de um metro e setenta que vai para a academia apenas nos dias que consigo, o que é raro. Maira pode literalmente me fazer mingau com o meu corpo.
Ela ri enquanto se afasta. — O que você acha se comemorarmos, talvez sair, tomar uma bebida ou algo assim?
— Acredite, eu adoraria. Mas ser mãe significa que tenho que sacrificar uma noite de garotas para jantar com o meu filho. Esta noite eu fico em casa com o Lucas. Prometi a ele que assistiríamos um filme juntos.
Maira balança a cabeça.
— Não acredito que vou perder a minha melhor amiga para um menino de sete anos.
Ela revira os olhos e depois faz beicinho. — Estou com ciúmes.
Dou um tapinha no ombro dela confortavelmente. — Eu prometo.
Vou compensar outra hora, ok?
— Ok, mas você tem que me prometer de dedinho. Ela insiste, apontando a mão para mim.
Entrelaço o meu dedinho com o dela e digo as palavras que ela quer ouvir.
— Eu prometo.
Suas risadas ecoam pelo corredor enquanto caminhamos para meu escritório.
Inalo profundamente o aroma do óleo essencial de lavanda assim que
entramos no escritório.
Sou obcecada por aromas e decorações agradáveis preto e branco minimalista. Acredito que menos é sempre mais.
Maira puxa uma cadeira de malha branca na frente da minha mesa preta e se senta.
— Que tal irmos a um encontro às cegas um dia desses? Vamos ver se conseguimos encontrar um homem que atenda aos seus requisitos.
Sento-me em frente a ela e coloco meu iPad e minha pasta na mesa.
— Não tenho certeza disso, Maira. Não acho que essa coisa de amor seja para mim.