Terror Narrando Voltamos pro morro num silêncio estranho, Sofia parecia meio triste, olhando a paisagem pela janela, com aquele olhar perdido que ela faz quando tá cheia de coisa na cabeça. Eu só fiquei quieto, dirigindo, mas botei a mão na coxa dela, alisando devagar, só pra ver se arrancava um sorriso. — Safädo — ela falou rindo de canto, olhando pra mim de lado. — Pode chamar do que quiser, bebê, tu sorrindo assim pra mim já fez meu dia. Ela balançou a cabeça, tentando disfarçar o riso, e eu segui com a mão ali, só curtindo aquele momento, só nós dois no carro, morro se aproximando, e a vida voltando pro normal. Chegamos em casa, minha mãe já veio na porta, toda alegre, abraçando a Sofia. Minha irmã também desceu, puxou ela pelo braço e já foi levando pra dentro, dizendo que vai a

